O domuslibrorum recebeu da Rede de Bibliotecas Escolares um postal de Natal com duas partes:
10 boas razões para utilizar a biblioteca: alunos
10 boas razões para utilizar a biblioteca: professores
Porque queremos partilhá-lo com todos aqueles a quem se destina, os utilizadores da Biblioteca/CR da Escola José Estêvão, aqui vai uma dica:
Download do postal RBE PDF
sexta-feira, 21 de dezembro de 2007
sábado, 15 de dezembro de 2007
Concurso de vídeos “BiblioFilmes – Livros, Bibliotecas, Acção!”
No âmbito do Plano Nacional de Leitura lançado pelo Governo de Portugal, um grupo de professores, decidiu criar um concurso que pretende lançar um desafio à comunidade da Língua Portuguesa a fazer um "filme" (em vídeo ou telemóvel) a contar a sua história e provar o quanto gostam da sua biblioteca e/ou de um livro.
página oficial do concurso http://bibliofilmes.com
blogue http://bibliofilmes.blogspot.com/
quarta-feira, 12 de dezembro de 2007
Biblioteca Digital reunirá seis milhões de livros
A Biblioteca Digital Europeia, que em 2011 deverá ter reunido seis milhões de livros, documentos e outros bens culturais de todos os países da União Europeia, poderá facilitar a consulta, em Portugal, de obras de autores portugueses que não existem no país, nem mesmo no depósito da Biblioteca Nacional.
Através do projecto de Biblioteca Digital Europeia, «visa-se o alargamento das colecções digitais disponíveis para consulta», assinalou Helena Patrício, responsável pela Biblioteca Nacional Digital (BND).
A BND é uma secção da Biblioteca Nacional que funciona desde 2002, disponibilizando actualmente mais de 9.500 obras digitalizadas, incluindo livros na área da Arte, da História/Geografia, das Ciências Sociais, das Ciências Aplicadas e da Literatura/Linguística e onde se incluem títulos de Camilo Castelo Branco, António Feliciano de Castilho, Almeida Garrett, Alexandre Herculano ou Eça de Queirós.
Segundo Helena Patrício, a Biblioteca Nacional integra a rede temática da Biblioteca Digital Europeia, estando prevista, para o final de 2008, «a apresentação de um protótipo de portal para pesquisa e consulta de mais de dois milhões de objectos digitais provenientes de bibliotecas, arquivos, museus e arquivos audiovisuais».
A Biblioteca Nacional de Portugal participa igualmente no «The European Library» («A Bibliorteca Europeia»), um serviço a funcionar desde 2005 que propicia, actualmente, o acesso a recursos bibliográficos ou digitais de 47 bibliotecas nacionais de países europeus e que constitui um dos pilares da futura Biblioteca Digital Europeia, que permite um conhecimento e um intercâmbio alargado entre os vários países membros.
Através do projecto de Biblioteca Digital Europeia, «visa-se o alargamento das colecções digitais disponíveis para consulta», assinalou Helena Patrício, responsável pela Biblioteca Nacional Digital (BND).
A BND é uma secção da Biblioteca Nacional que funciona desde 2002, disponibilizando actualmente mais de 9.500 obras digitalizadas, incluindo livros na área da Arte, da História/Geografia, das Ciências Sociais, das Ciências Aplicadas e da Literatura/Linguística e onde se incluem títulos de Camilo Castelo Branco, António Feliciano de Castilho, Almeida Garrett, Alexandre Herculano ou Eça de Queirós.
Segundo Helena Patrício, a Biblioteca Nacional integra a rede temática da Biblioteca Digital Europeia, estando prevista, para o final de 2008, «a apresentação de um protótipo de portal para pesquisa e consulta de mais de dois milhões de objectos digitais provenientes de bibliotecas, arquivos, museus e arquivos audiovisuais».
A Biblioteca Nacional de Portugal participa igualmente no «The European Library» («A Bibliorteca Europeia»), um serviço a funcionar desde 2005 que propicia, actualmente, o acesso a recursos bibliográficos ou digitais de 47 bibliotecas nacionais de países europeus e que constitui um dos pilares da futura Biblioteca Digital Europeia, que permite um conhecimento e um intercâmbio alargado entre os vários países membros.
Fonte:
segunda-feira, 10 de dezembro de 2007
Leitura crítica - Livros para serem furtados
Aqui vai hoje uma provocação:
"Meu pensamento vagabundeava enquanto eu via as figuras de um livro. Foi então que me apareceu uma idéia que nunca tinha visto. Pedagógica. Ela me veio quando me lembrei de uma estória que me contaram.
O agente do governo, desses encarregados de ir pelos campos visitando pequenos sitiantes para dizer-lhes das últimas maravilhas da ciência para assim melhorar suas colheitas e animais, estava desanimado. Visitava sitiantes, conversava, bebia café aguado e doce, contava sobre os porcos melhores que eles poderiam criar, ninguém discordava, mas ninguém fazia nada. Continuavam a criar os porquinhos caruncho, mirrados. Desanimado, ele contou sua tristeza para um velho sábio. E foi isso que ele lhe disse:
"O senhor está usando a pedagogia errada. O povo daqui sabe que ninguém faz nada de graça. São delicados. Não contestam. O senhor fala, eles prestam atenção mas ficam pensando: "O que é que o doutor quer tirar da gente?" O meu conselho é: Pare de visitar e aconselhar. É inútil. Compre uma chacrinha. Cerque com arame farpado, seis fios. E escreva: "Entrada proibida". Aí eles vão perguntar: "O que é que o doutor está escondendo da gente? O que é que a gente pode roubar dele?" Aí, de noite, eles vão assuntar. Vão ver seus porcos grandes e gordos... Agora são eles que vão visitar o senhor. Conversa vai, conversa vem, café com rosquinha, no final eles vão dizer: "Bonita a porcaiada sua. Sadia, grande, gorda..." Então, aos pouquinhos, como quem não quer nada, o senhor vai educando eles..."
Pensei que a filosofia do sábio matuto pode ser aplicada na educação. O roubo é um estímulo poderoso. Santo Agostinho roubava pêras do vizinho só pelo prazer de roubar. Eu mesmo roubei pitangas e, para realizar meu furto, inventei uma maquineta de roubar pitangas. Meu desejo de roubar me fez pensar.Todo pai, mãe e professora fica atormentando as crianças e adolescentes para ler. Comportam-se como o agente do governo tentando ensinar os caipiras. Mas eles não querem ler. Ler é chato.
Livro que se deseja ler são os livros proibidos: precisam ser roubados. Era assim quando eu era pequeno. A gente roubava o livro proibido e ia atrás das passagens mais escabrosas.
Conselho para o pai: compre um livro engraçado e se ponha a ler na presença do filho, durante o "Jornal Nacional". Quando chegar uma passagem engraçada ria, ria muito alto. O menino vai perguntar: "Pai, por que é que você está rindo?" "É esse livro aqui, meu filho." "O que é tão engraçado?" "Agora não posso explicar. Não posso interromper a leitura..." O menino fica intrigado. Seu pai está tendo um prazer que ele não tem. Aí o pai leva o livro para o quarto e o deixa sobre o criado mundo. O menino vai lá assuntar...
Sugiro alguns livros para esse exercício de roubo. As aventuras de Asterix e seu companheiro gordão, Obelix. As tirinhas do Calvin. Ah! Como as crianças e os adolescentes vão se identificar com o que o Calvin sente e pensa sobre a escola e a professora!
Antes de dormir estou me divertindo lendo o livro completo das tirinhas da Mafalda. A figura de que mais gosto é o Manolito, cabelo escovinha, burro, filho de um dono de armazém. Só pensa em ganhar dinheiro. Dá balas para os amigos e depois cobra. Quando o vejo lembro-me do patrão do Fernando Pessoa, o Vasquez. Só largo o livro quando as pálpebras não mais agüentam.Se um livro não provocar o desejo de roubo não merece ser lido."
(Rubem Alves, 21/11/07 - In http://www.brasilquele.com.br
quarta-feira, 5 de dezembro de 2007
"A Bíblia come-se"
No princípio era a palavra. Palavras soltas, nomes de coisas que se comem, que Tolentino Mendonça e Ilda David" recolheram na Bíblia. Depois veio um cozinheiro, Albano Lourenço, e criou 41 receitas. Aconteceu então um primeiro almoço. Vamos comer a Bíblia.(…)
Não é metáfora, é literal.
Para uma refeição bíblica, o P2 do jornal "Público", no dia 17.11.2007, através de um artigo de Alexandra Lucas Coelho, propõe cinco pratos: a entrada, o prato de peixe e a sobremesa do almoço de apresentação do livro, e dois pratos de carne alternativos, uma vitela sugerida por Albano Lourenço, o autor das receitas, e um cabrito sugerido por José Tolentino Mendonça, o padre-poeta que escreveu o prefácio do livro "A Bíblia Contada pelos Sabores - Receitas de Albano Lourenço" apresentado na Quinta das Lágrimas, que a Assírio & Alvim publicou há dias e já deu como esgotado em armazém.
A mesa "é um excelente espelho", disse Tolentino Mendonça ao P2. "Em torno da comida se descobre muito em profundidade o que são as indagações humanas, rituais e interditos. A mesa é um lugar de narrativas, cada comensal estabelece um pacto narrativo. É um lugar de escuta e de palavra, e a comida que se partilha é também a maior parte das vezes metafórica de outros alimentos."
Ver mais em http://revisitaraeducacao.blogspot.com/
segunda-feira, 3 de dezembro de 2007
A BIBLIOTECA ESCOLAR – PASSADO, PRESENTE E FUTURO
De uma Acção de Formação realizada no âmbito das BE's resultou este texto que julgo valer a pena relembrar.
A BIBLIOTECA ESCOLAR – PASSADO, PRESENTE E FUTURO
“Ninguém morre por não saber ler. Pode é, ao ler, descobrir que alberga outras vidas, outros sonhos e outros seres dentro de si.”
(José Jorge Letria, Do Sentimento Mágico da Vida)
Cada biblioteca é um pedaço do universo. Espaço inspirador e vibrante, a B. E. é um ventre enorme, acolhedor, sempre pronto a dar à luz. Essencial à operacionalização do conceito de literacia, tal espaço constitui uma unidade de informação, pesquisa, trabalho, partilha, divulgação, leitura, escrita, aprendizagem continuada… conjugando a curiosidade, o interesse, o prazer, o esforço, o trabalho…
No passado, era o reino do livro, dos depósitos documentais, da “memória vegetal” (Umberto Eco)- do papel. No presente, que já é futuro, o “papel” co-habita com “o pixel”: a actividade cerebral, humana, a ”memória orgânica” inter-age com a “memória mineral”, o computador, a Web2.0; os leitores da geração “Wikis” , Ebooks e blogues já não são só leitores, mas “escrileitores” ou “Wreaders”. Atenta à mudança, a actual B. E. absorve novas e diferentes formas materiais, uma multiplicidade de objectos culturais, uma pluralidade de linguagens.
Portanto, é legítimo perguntar-se: tem de haver espaço para tudo na B.E.?
É certo que ela se deve modernizar, adaptar, visando as necessidades e os interesses dos utentes contemporâneos. À escola, aos alunos e professores, às Bibliotecas em geral, e particularmente às B. E.s são colocados novos desafios. O ensino necessita de ser re-inventado. A quantidade de conhecimentos que as sociedades modernas produzem aumentam progressivamente, as fontes são cada vez mais numerosas, intensifica-se a velocidade a que circulam.
O desenvolvimento das tecnologias de informação e comunicação tem suscitado o questionamento do papel do livro impresso no mundo actual, que seria substituído por novas formas e técnicas de produção, reprodução e difusão de conteúdos. Sobretudo na última década vem-se assistindo ao aparecimento de livros em versão digital e de dispositivos de leitura de livros electrónicos. Há quase um século, Paul Valéry apregoava que “um livro é uma máquina de ler!”… E nunca como hoje isso foi tão verdade. As animações em computador dos poemas construtivistas e experimentalistas de E. de Melo e Castro são tão espectaculares que se pode dizer que esses textos parecem ter estado à espera dos media electrónicos. “Todos estes textos fisicamente movíveis dão-nos a ilusão, como leitores, de uma liberdade absoluta, mas é apenas uma ilusão. A máquina que nos permite construir um texto infinito com um número limitado de letras já existe há muito tempo: é o alfabeto.” (Umberto Eco)
Ora, este mundo mais imediato não deixa de proporcionar novas potencialidades e oportunidades. Por exemplo, a democratização do acesso às TIC pode facilitar o e-Learning, não apenas institucional, mas também o acesso de meros “curiosos” de todos os lugares e idades. E os meios são espantosamente variados e numerosos.
A Internet disponibiliza recursos de forma atraente, por isso ocupa um lugar de destaque nas bibliotecas escolares. Contudo, nem sempre estes recursos são aproveitados e explorados da melhor forma. A net disponibiliza recursos…. Isso já é passado! A Internet é uma ferramenta motivadora no processo de aprendizagem. O sistema educativo, ao integrar as novas tecnologias, renovou as metodologias e práticas; assim transmitir, adquirir, partilhar e pesquisar informação e conhecimentos tornou-se mais acessível a todos. Um novo paradigma chegou: a WEB 2.
Neste paradigma privilegiam-se os ambientes interactivos, a criação e a publicação de conteúdos. Não basta pesquisar! A troca de informação, a colaboração constante entre parceiros e a disponibilização de um conjunto de serviços virtuais é uma realidade. Nós somos parte integrante da Web 2.0. A WEB 2.0 proporciona o renascimento do conceito de Biblioteca: a Biblioteca 2.0. Este é o nome dado às Bibliotecas que recorrem às ideias e aplicações da Web 2.0. Oferecem-se politicas e serviços que promovam uma participação activa da comunidade de utilizadores na criação de conteúdos. A biblioteca apresenta-se aberta, sem limites, universal e apelando à participação.A Biblioteca web2.0 deverá estar assente em quatro pilares:O utilizador – é activo, faz parte do processo, participa na construção dos conteúdos.Oferece uma experiência multimédia – “ colecções e serviços de Biblioteca 2.0, contêm componentes de áudio e vídeo.” (Maness, 2006) A vertente social é valorizada, pois a comunicação torna-se mais rica e diversificada.É comunitariamente inovadora isto é, os serviços estão disponíveis não a alguns indivíduos, mas toda a comunidade pode pesquisar, seleccionar e utilizar a informação. Qual a grande novidade desta nova Biblioteca? - A “ Biblioteca web2.0 é uma comunidade virtual centrada no utilizador.” (Maness, 2006) Agora, o lema é o utilizador procura a biblioteca e a biblioteca procura o utilizador, numa relação cooperativa. Os sítios Web das bibliotecas podem ser locais onde o utilizador pode contribuir, escrever, dar a sua opinião, editar e criar informação. Pode ainda criar uma comunidade temática e criar conexões. Com a web Biblioteca 2.0, a biblioteca de futuro, ter-se-á de repensar a sua missão e a colecção. A missão e a política deverão valorizar a cooperação e um acesso mais abrangente.O valor da colecção reside na acessibilidade e não no número de publicações.
Parece-nos que a complementaridade livro/documento em formato papel e documento em formato digital será a dominante. No entanto, será que a nível técnico e científico o mundo digital ganhará cada vez mais terreno?
O mundo de hoje, o mundo da sociedade da informação e do conhecimento, não é plano. É antes, um universo atravessado por fluxos contínuos, pautado pela celeridade, a crescente complexidade e inter-acção. A B. E. aproxima-se mais da ideia de um interface, colaborativo, criativo, um espaço atractivo, um nicho de sinergias, quase um ecossistema, “ outras vidas, outros sonhos e outros seres dentro de si” ; e - porque não? - uma montra onde a escola se revê… Afinal, um pequeno pedaço do universo.
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BIBLIOGRAFIA
Bairrão, Margarida; Borges, Luís, (2007). Gestão da Informação na Biblioteca Escolar, Guestknowing
Maness, Jack (2006). Teoria da Biblioteca 2.0: web2.0 e suas implicações para as bibliotecas, disponível em http://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/ies/article/view/831/623, (acedido em 14.06.2007)
http://www.rbe.min-edu.pt/ Manifesto das Bibliotecas Escolares – Dia Internacional das Bibliotecas Escolares
(este ano sob o lema: APRENDER MAIS E MELHOR NA BIBLIOTECA ESCOLAR)
Aveiro, 10-17 de Outubro de 2007
Os formandos:
José Manuel dos Reis Caseiro
Maria Alice Pinho e Silva
Maria Dulcínea Aires
A BIBLIOTECA ESCOLAR – PASSADO, PRESENTE E FUTURO
“Ninguém morre por não saber ler. Pode é, ao ler, descobrir que alberga outras vidas, outros sonhos e outros seres dentro de si.”
(José Jorge Letria, Do Sentimento Mágico da Vida)
Cada biblioteca é um pedaço do universo. Espaço inspirador e vibrante, a B. E. é um ventre enorme, acolhedor, sempre pronto a dar à luz. Essencial à operacionalização do conceito de literacia, tal espaço constitui uma unidade de informação, pesquisa, trabalho, partilha, divulgação, leitura, escrita, aprendizagem continuada… conjugando a curiosidade, o interesse, o prazer, o esforço, o trabalho…
No passado, era o reino do livro, dos depósitos documentais, da “memória vegetal” (Umberto Eco)- do papel. No presente, que já é futuro, o “papel” co-habita com “o pixel”: a actividade cerebral, humana, a ”memória orgânica” inter-age com a “memória mineral”, o computador, a Web2.0; os leitores da geração “Wikis” , Ebooks e blogues já não são só leitores, mas “escrileitores” ou “Wreaders”. Atenta à mudança, a actual B. E. absorve novas e diferentes formas materiais, uma multiplicidade de objectos culturais, uma pluralidade de linguagens.
Portanto, é legítimo perguntar-se: tem de haver espaço para tudo na B.E.?
É certo que ela se deve modernizar, adaptar, visando as necessidades e os interesses dos utentes contemporâneos. À escola, aos alunos e professores, às Bibliotecas em geral, e particularmente às B. E.s são colocados novos desafios. O ensino necessita de ser re-inventado. A quantidade de conhecimentos que as sociedades modernas produzem aumentam progressivamente, as fontes são cada vez mais numerosas, intensifica-se a velocidade a que circulam.
O desenvolvimento das tecnologias de informação e comunicação tem suscitado o questionamento do papel do livro impresso no mundo actual, que seria substituído por novas formas e técnicas de produção, reprodução e difusão de conteúdos. Sobretudo na última década vem-se assistindo ao aparecimento de livros em versão digital e de dispositivos de leitura de livros electrónicos. Há quase um século, Paul Valéry apregoava que “um livro é uma máquina de ler!”… E nunca como hoje isso foi tão verdade. As animações em computador dos poemas construtivistas e experimentalistas de E. de Melo e Castro são tão espectaculares que se pode dizer que esses textos parecem ter estado à espera dos media electrónicos. “Todos estes textos fisicamente movíveis dão-nos a ilusão, como leitores, de uma liberdade absoluta, mas é apenas uma ilusão. A máquina que nos permite construir um texto infinito com um número limitado de letras já existe há muito tempo: é o alfabeto.” (Umberto Eco)
Ora, este mundo mais imediato não deixa de proporcionar novas potencialidades e oportunidades. Por exemplo, a democratização do acesso às TIC pode facilitar o e-Learning, não apenas institucional, mas também o acesso de meros “curiosos” de todos os lugares e idades. E os meios são espantosamente variados e numerosos.
A Internet disponibiliza recursos de forma atraente, por isso ocupa um lugar de destaque nas bibliotecas escolares. Contudo, nem sempre estes recursos são aproveitados e explorados da melhor forma. A net disponibiliza recursos…. Isso já é passado! A Internet é uma ferramenta motivadora no processo de aprendizagem. O sistema educativo, ao integrar as novas tecnologias, renovou as metodologias e práticas; assim transmitir, adquirir, partilhar e pesquisar informação e conhecimentos tornou-se mais acessível a todos. Um novo paradigma chegou: a WEB 2.
Neste paradigma privilegiam-se os ambientes interactivos, a criação e a publicação de conteúdos. Não basta pesquisar! A troca de informação, a colaboração constante entre parceiros e a disponibilização de um conjunto de serviços virtuais é uma realidade. Nós somos parte integrante da Web 2.0. A WEB 2.0 proporciona o renascimento do conceito de Biblioteca: a Biblioteca 2.0. Este é o nome dado às Bibliotecas que recorrem às ideias e aplicações da Web 2.0. Oferecem-se politicas e serviços que promovam uma participação activa da comunidade de utilizadores na criação de conteúdos. A biblioteca apresenta-se aberta, sem limites, universal e apelando à participação.A Biblioteca web2.0 deverá estar assente em quatro pilares:O utilizador – é activo, faz parte do processo, participa na construção dos conteúdos.Oferece uma experiência multimédia – “ colecções e serviços de Biblioteca 2.0, contêm componentes de áudio e vídeo.” (Maness, 2006) A vertente social é valorizada, pois a comunicação torna-se mais rica e diversificada.É comunitariamente inovadora isto é, os serviços estão disponíveis não a alguns indivíduos, mas toda a comunidade pode pesquisar, seleccionar e utilizar a informação. Qual a grande novidade desta nova Biblioteca? - A “ Biblioteca web2.0 é uma comunidade virtual centrada no utilizador.” (Maness, 2006) Agora, o lema é o utilizador procura a biblioteca e a biblioteca procura o utilizador, numa relação cooperativa. Os sítios Web das bibliotecas podem ser locais onde o utilizador pode contribuir, escrever, dar a sua opinião, editar e criar informação. Pode ainda criar uma comunidade temática e criar conexões. Com a web Biblioteca 2.0, a biblioteca de futuro, ter-se-á de repensar a sua missão e a colecção. A missão e a política deverão valorizar a cooperação e um acesso mais abrangente.O valor da colecção reside na acessibilidade e não no número de publicações.
Parece-nos que a complementaridade livro/documento em formato papel e documento em formato digital será a dominante. No entanto, será que a nível técnico e científico o mundo digital ganhará cada vez mais terreno?
O mundo de hoje, o mundo da sociedade da informação e do conhecimento, não é plano. É antes, um universo atravessado por fluxos contínuos, pautado pela celeridade, a crescente complexidade e inter-acção. A B. E. aproxima-se mais da ideia de um interface, colaborativo, criativo, um espaço atractivo, um nicho de sinergias, quase um ecossistema, “ outras vidas, outros sonhos e outros seres dentro de si” ; e - porque não? - uma montra onde a escola se revê… Afinal, um pequeno pedaço do universo.
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BIBLIOGRAFIA
Bairrão, Margarida; Borges, Luís, (2007). Gestão da Informação na Biblioteca Escolar, Guestknowing
Maness, Jack (2006). Teoria da Biblioteca 2.0: web2.0 e suas implicações para as bibliotecas, disponível em http://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/ies/article/view/831/623, (acedido em 14.06.2007)
http://www.rbe.min-edu.pt/ Manifesto das Bibliotecas Escolares – Dia Internacional das Bibliotecas Escolares
(este ano sob o lema: APRENDER MAIS E MELHOR NA BIBLIOTECA ESCOLAR)
Aveiro, 10-17 de Outubro de 2007
Os formandos:
José Manuel dos Reis Caseiro
Maria Alice Pinho e Silva
Maria Dulcínea Aires
quarta-feira, 28 de novembro de 2007
MIGUEL TORGA (1907-1995)
Numa actividade conjunta com o clube do Museu da ESJE, sob o tema "Paisagens da Vida, paisagens da Obra", assinalamos hoje, pelas 15h e 30m, na Biblioteca Escolar/CRE o CENTENÁRIO DO NASCIMENTO deste autor que de si próprio disse:
"O meu telurismo é oceânico" ("diário XIV).
Para além de uma exposição temática, haverá leitura de textos do autor; e temos na BE um "jardim marítimo" com... segredos escondidos !
“Ler Torga é pois entrar num universo de criação verbal que remete tanto para a interioridade humana como para o mundo circundante, social (de crítica e de intervenção, de hesitação reflexiva) ou telúrica: serra, cidade, campos do sul, a visão do mar, talvez não tanto pelágica (…) mas de extensão alterada do território.”
Maria Alzira Seixo, in “Jornal de Letras” nº 961
(de 1 a 4 de Agosto de 2007).
"O meu telurismo é oceânico" ("diário XIV).
Para além de uma exposição temática, haverá leitura de textos do autor; e temos na BE um "jardim marítimo" com... segredos escondidos !
“Ler Torga é pois entrar num universo de criação verbal que remete tanto para a interioridade humana como para o mundo circundante, social (de crítica e de intervenção, de hesitação reflexiva) ou telúrica: serra, cidade, campos do sul, a visão do mar, talvez não tanto pelágica (…) mas de extensão alterada do território.”
Maria Alzira Seixo, in “Jornal de Letras” nº 961
(de 1 a 4 de Agosto de 2007).
Etiquetas:
comemorações,
literatura portuguesa
quarta-feira, 21 de novembro de 2007
Literatura: Pedro Tamen vence Prémio Luís Miguel Nava
Lisboa, 20 Nov (Lusa) - O Prémio de Poesia Luís Miguel Nava para livros publicados em 2006 foi atribuído por unanimidade a Pedro Tamen, por "Analogia e Dedos", da editora Oceanos.
O júri era constituído por Carlos Mendes de Sousa, Fernando Pinto do Amaral, Gastão Cruz e Paulo Teixeira, membros da Fundação Luís Miguel Nava, e integrou ainda, como elemento convidado, Pedro Mexia.
Este ano na sua décima edição, o Prémio, no valor de 5.000 euros, distinguiu anteriormente Sophia de Mello Breyner Andresen, Fernando Echevarría, António Franco Alexandre, Armando Silva Carvalho, Manuel Gusmão, Fernando Guimarães, Manuel António Pina, Luís Quintais e António Ramos Rosa.
Nascido em Lisboa em 1934, Tamen é autor de uma já vasta e conceituada obra poética, iniciada em 1956 com "Poema para todos os dias" e continuada com obras como "O sangue, a água e o vinho", "Daniel na cova dos leões", "Poemas a isto", "Escrito de memória", "Dentro de momentos" e "Guião de Caronte", entre outras.
Também tradutor de méritos firmados, Tamen foi director da Editora Moraes, já extinta, e, até 2000, quando se retirou da actividade profissional, administrador da Fundação Calouste Gulbenkian.
Tem poemas traduzidos e publicados em francês, inglês, espanhol, italiano, alemão, neerlandês, sueco, húngaro, romeno, checo, eslovaco, búlgaro e letão.
Várias das suas obras foram distinguidas. Recebeu, entre outros, o Prémio D. Dinis (1981), o Prémio da Crítica (1991), o Grande Prémio Inapa de Poesia (1991), o Prémio Nicola (1997), o Prémio da Imprensa e o Prémio do PEN Clube (2000).
RMM.
Lusa/Fim
© 2007 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.2007-11-20 13:30:02
O júri era constituído por Carlos Mendes de Sousa, Fernando Pinto do Amaral, Gastão Cruz e Paulo Teixeira, membros da Fundação Luís Miguel Nava, e integrou ainda, como elemento convidado, Pedro Mexia.
Este ano na sua décima edição, o Prémio, no valor de 5.000 euros, distinguiu anteriormente Sophia de Mello Breyner Andresen, Fernando Echevarría, António Franco Alexandre, Armando Silva Carvalho, Manuel Gusmão, Fernando Guimarães, Manuel António Pina, Luís Quintais e António Ramos Rosa.
Nascido em Lisboa em 1934, Tamen é autor de uma já vasta e conceituada obra poética, iniciada em 1956 com "Poema para todos os dias" e continuada com obras como "O sangue, a água e o vinho", "Daniel na cova dos leões", "Poemas a isto", "Escrito de memória", "Dentro de momentos" e "Guião de Caronte", entre outras.
Também tradutor de méritos firmados, Tamen foi director da Editora Moraes, já extinta, e, até 2000, quando se retirou da actividade profissional, administrador da Fundação Calouste Gulbenkian.
Tem poemas traduzidos e publicados em francês, inglês, espanhol, italiano, alemão, neerlandês, sueco, húngaro, romeno, checo, eslovaco, búlgaro e letão.
Várias das suas obras foram distinguidas. Recebeu, entre outros, o Prémio D. Dinis (1981), o Prémio da Crítica (1991), o Grande Prémio Inapa de Poesia (1991), o Prémio Nicola (1997), o Prémio da Imprensa e o Prémio do PEN Clube (2000).
RMM.
Lusa/Fim
© 2007 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.2007-11-20 13:30:02
terça-feira, 13 de novembro de 2007
Arsélio Martins, vencedor do Prémio Nacional de Professores
«Sou feliz por se professor no meu país» (AdAM, 13/Nov/07).
E nós estamos felizes também. Parabéns, Professor, colega, amigo Arsélio.
É justo este reconhecimento.
Ver mais em http://www.portugaldiario.iol.pt/noticia.php?id=878943&div_id=291
E vale a pena visitar o Professor Arsélio no seu http://aveiro.blogspot.com
E nós estamos felizes também. Parabéns, Professor, colega, amigo Arsélio.
É justo este reconhecimento.
Ver mais em http://www.portugaldiario.iol.pt/noticia.php?id=878943&div_id=291
E vale a pena visitar o Professor Arsélio no seu http://aveiro.blogspot.com
segunda-feira, 12 de novembro de 2007
LER+ "Onde te leva a imaginação?"
"Onde te leva a imaginação?" - Está em curso a edição 2007/2008 do programa de promoção de leitura e escrita promovido pelos CTT em parceria com o Plano Nacional de Leitura.
Este concurso abrange três níveis de ensino: Pré-escolar, 1º ciclo e 2º ciclo.
As inscrições são válidas até 30 de Novembro de 2007.
Para mais informações: http://www.planonacionaldeleitura.gov.pt/ListaConteudos.aspx?area=494http://www2.ctt.pt/fepnl/jsp/fepnl/public/index.html;jsessionid=6ECBD2D2422F8E0ABB407EBDAF9CBAA5
Este concurso abrange três níveis de ensino: Pré-escolar, 1º ciclo e 2º ciclo.
As inscrições são válidas até 30 de Novembro de 2007.
Para mais informações: http://www.planonacionaldeleitura.gov.pt/ListaConteudos.aspx?area=494http://www2.ctt.pt/fepnl/jsp/fepnl/public/index.html;jsessionid=6ECBD2D2422F8E0ABB407EBDAF9CBAA5
quarta-feira, 7 de novembro de 2007
Tripla comemoração
É o último J.L. que nos lembra, na sua pág. 3: José Saramago festeja o seu 85º aniversário, "Memorial do Convento" assinala 25 anos de edições e o Convento de Mafra, cuja construção é cenário deste romance, comemora os seus 350 anos.
domingo, 28 de outubro de 2007
PRÉMIO JOSÉ SARAMAGO 2007 atribuído a VALTER HUGO MÃE pelo romance "O Remorso de Baltasar Serapião""Com um notável trabalho de linguagem que recria poeticamente a língua arcaica e rude do povo, o remorso de baltazar serapião, de valter hugo mãe — autor, entre outros, de "O Nosso Reino", seleccionado pelo Diário de Notícias como um dos melhores romances portugueses de 2004 — é uma tenebrosa metáfora da violência doméstica e do poder sinistro do amor." ( da contracapa do livro, edição Quidnovi, Matosinhos / Lisboa, 2006)para saber mais sobre o autor consulte o seu "site" http://www.valterhugomae.com e http://casadeosso.blogspot.com/
segunda-feira, 22 de outubro de 2007
Professores a tempo inteiro nas Bibliotecas Escolares
Professores poderão concorrer exclusivamente a lugar de coordenador de biblioteca no concurso de 2009 No concurso de colocação de 2009, os professores poderão concorrer exclusivamente ao lugar de coordenador de biblioteca, segundo a responsável pela Rede de Bibliotecas Escolares, que em 2008 integrará todas as escolas de 2º e 3º ciclo.
"No concurso de professores de 2009 será possível concorrer exclusivamente para coordenador de biblioteca, mas os termos em que esse concurso irá decorrer estão ainda por definir", explicou Teresa Calçada, a propósito do Dia Internacional das Bibliotecas Escolares (RBE), que se assinala amanhã. De acordo com a coordenadora da RBE, existem actualmente 107 professores de 2º e 3º ciclo e cerca de 130 do 1º ciclo que trabalham a tempo inteiro nas bibliotecas dos agrupamentos a que pertencem. in "http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1308234&idCanal=58"
"No concurso de professores de 2009 será possível concorrer exclusivamente para coordenador de biblioteca, mas os termos em que esse concurso irá decorrer estão ainda por definir", explicou Teresa Calçada, a propósito do Dia Internacional das Bibliotecas Escolares (RBE), que se assinala amanhã. De acordo com a coordenadora da RBE, existem actualmente 107 professores de 2º e 3º ciclo e cerca de 130 do 1º ciclo que trabalham a tempo inteiro nas bibliotecas dos agrupamentos a que pertencem. in "http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1308234&idCanal=58"
quinta-feira, 18 de outubro de 2007
Gonçalo M. Tavares conquistou o Prémio Portugal Telecom, o maior prémio literário do Brasil
Gonçalo M. Tavares nasceu em 1970. Foi Bolseiro do Ministério da Cultura — IPLB com uma bolsa de Criação Literária para o ano 2000, na área de poesia.
Em Dezembro de 2001 publicou a sua primeira obra: Livro da dança, na Assírio e Alvim.
Recebeu o Prémio Branquinho da Fonseca da Fundação Calouste Gulbenkian e do jornal Expresso com a obra O Senhor Valéry (publicado na Editorial Caminho em 2002) e o Prémio Revelação de Poesia da Associação Portuguesa de Escritores, com Investigações. Novalis (Difel).
Publicou O homem ou é tonto ou é mulher e A colher de Samuel Beckett e outros textos, ambos na Campo das Letras e adaptados para teatro.
Está representado em antologias de poesia publicadas na Holanda («Hotel Parnassus, Poetry International 2002») e na Bélgica («Het laatste anker» — «O último refúgio — 300 poemas de todo o mundo sobre a morte», Lannoo/Atlas), e editado em revistas inglesas e americanas.
Traduzido para italiano com um conto inserido na antologia «Racconti senza dogana» — «Jovens escritores para a nova Europa» (Gremese Editore).
No grupo OuLIPO (França) foi realizada, em 2003, uma leitura de algumas histórias de O Senhor Valéry (com tradução e leitura de Jacques Roubaud).
Ainda em 2003 publicou O Senhor Henri (Caminho).
O Senhor Valéry foi traduzido para francês, com um prefácio de Jacques Roubaud, e editado em Setembro de 2003 na «Joie de Lire».
O ano de 2004 assitiu ao crescimento do «Bairro» com o lançamento de O Senhor Brecht e O Senhor Juarroz.
Publicou os romances: Um homem: Klaus Klump, em 2003 e A máquina de Joseph Walser (2004) na Caminho.
Em 2005 publica, também na Editorial Caminho, a obra vencedora de dois prémios, Jerusalém.
Texto retirado do site da Editorial Caminho (http://html.editorial-caminho.pt/show_autor__q1obj_--_3D32078__--_3D_area_--_3D__
q236__q30__q41__q5.htm)
A Imagem é do jornal "Público" edição de 19/10/07
Em Dezembro de 2001 publicou a sua primeira obra: Livro da dança, na Assírio e Alvim.
Recebeu o Prémio Branquinho da Fonseca da Fundação Calouste Gulbenkian e do jornal Expresso com a obra O Senhor Valéry (publicado na Editorial Caminho em 2002) e o Prémio Revelação de Poesia da Associação Portuguesa de Escritores, com Investigações. Novalis (Difel).
Publicou O homem ou é tonto ou é mulher e A colher de Samuel Beckett e outros textos, ambos na Campo das Letras e adaptados para teatro.
Está representado em antologias de poesia publicadas na Holanda («Hotel Parnassus, Poetry International 2002») e na Bélgica («Het laatste anker» — «O último refúgio — 300 poemas de todo o mundo sobre a morte», Lannoo/Atlas), e editado em revistas inglesas e americanas.
Traduzido para italiano com um conto inserido na antologia «Racconti senza dogana» — «Jovens escritores para a nova Europa» (Gremese Editore).
No grupo OuLIPO (França) foi realizada, em 2003, uma leitura de algumas histórias de O Senhor Valéry (com tradução e leitura de Jacques Roubaud).
Ainda em 2003 publicou O Senhor Henri (Caminho).
O Senhor Valéry foi traduzido para francês, com um prefácio de Jacques Roubaud, e editado em Setembro de 2003 na «Joie de Lire».
O ano de 2004 assitiu ao crescimento do «Bairro» com o lançamento de O Senhor Brecht e O Senhor Juarroz.
Publicou os romances: Um homem: Klaus Klump, em 2003 e A máquina de Joseph Walser (2004) na Caminho.
Em 2005 publica, também na Editorial Caminho, a obra vencedora de dois prémios, Jerusalém.
Texto retirado do site da Editorial Caminho (http://html.editorial-caminho.pt/show_autor__q1obj_--_3D32078__--_3D_area_--_3D__
q236__q30__q41__q5.htm)
A Imagem é do jornal "Público" edição de 19/10/07
quarta-feira, 17 de outubro de 2007
8º Dia Internacional das Bibliotecas Escolares
Na segunda-feira, 22 de Outubro 2007, alunos e responsáveis das Bibliotecas Escolares (BE) de todo o mundo comemorarão pela oitava vez o Dia Internacional das Bibliotecas Escolares.
O objectivo deste dia especial é homenagear as bibliotecas das escolas e destacar a sua importância na formação dos alunos e comunidade escolar.
Esta comemoração tem o apoio de um elevado número de associações de bibliotecas nacionais e internacionais, como a Federação Internacional das Associações das Bibliotecas (IFLA).
A investigação na área das BE mostra que os resultados dos estudantes aumentam e tornam-se melhores leitores quando frequentam as BE de forma assídua e continuada, uma vez que:
- uma larga parte do seu conhecimento provém das leituras em bibliotecas;
- a leitura autónoma potencia a compreensão, o vocabulário, a expressão oral e escrita;
- desenvolve e estimula os níveis de literacia;
-o acesso a livros e revistas contribui para a sua visão e posicionamento num mundo multicultural e globalizado;
-melhora os resultados escolares.
Para o seu sucesso é necessário que as BE possuam fundos documentais variados, actualizados e orientados para os curricula, que trabalhem em colaboração estreita com os professores e a sua prática lectiva, que possuam um Plano de Actividades integrado na política global da Escola e sejam um local agradável e confortável para o trabalho individual.
A formação do pessoal das BE é outro requisito a valorizar uma vez que da sua prática diária em tarefas administrativas e relacionamento com o público deve resultar a mas-valia necessária ao seu correcto funcionamento.
Embora lembradas neste dia especial, as BE contribuem todos os dias para a formação dos seus leitores.
O objectivo deste dia especial é homenagear as bibliotecas das escolas e destacar a sua importância na formação dos alunos e comunidade escolar.
Esta comemoração tem o apoio de um elevado número de associações de bibliotecas nacionais e internacionais, como a Federação Internacional das Associações das Bibliotecas (IFLA).
A investigação na área das BE mostra que os resultados dos estudantes aumentam e tornam-se melhores leitores quando frequentam as BE de forma assídua e continuada, uma vez que:
- uma larga parte do seu conhecimento provém das leituras em bibliotecas;
- a leitura autónoma potencia a compreensão, o vocabulário, a expressão oral e escrita;
- desenvolve e estimula os níveis de literacia;
-o acesso a livros e revistas contribui para a sua visão e posicionamento num mundo multicultural e globalizado;
-melhora os resultados escolares.
Para o seu sucesso é necessário que as BE possuam fundos documentais variados, actualizados e orientados para os curricula, que trabalhem em colaboração estreita com os professores e a sua prática lectiva, que possuam um Plano de Actividades integrado na política global da Escola e sejam um local agradável e confortável para o trabalho individual.
A formação do pessoal das BE é outro requisito a valorizar uma vez que da sua prática diária em tarefas administrativas e relacionamento com o público deve resultar a mas-valia necessária ao seu correcto funcionamento.
Embora lembradas neste dia especial, as BE contribuem todos os dias para a formação dos seus leitores.
segunda-feira, 15 de outubro de 2007
Premio Nobel da Literatura 2007
Prémio Nobel da Literatura 2007 atribuído a DORIS LESSING.
Soubemos a 11 de Outubro que o Prémio Nobel da Literatura 2007 foi atribuído a Doris Lessing, britânica nascida em 1919 em Kermanshah, então Pérsia. O Comité considera-a uma escritora épica da experiência feminina, autora de uma extensa obra de poesia, contos e romances, marcada pelo cepticismo, ardor e poder visionário.Existem vários livros desta autora traduzidos para Português. Para saber mais, consulte http://www.dorislessing.org/
segunda-feira, 1 de outubro de 2007
12º Ano - Área de Projecto
A Biblioteca adquiriu dois dossiers para ajudar os professores a desenvolver a disciplina de Área de Projecto do 12º ano.
A sessão de lançamento destes dossiers decorreu na Universidade de Aveiro. Sala quase cheia, muito interesse e curiosidade por parte dos professores nestas duas ferramentas de trabalho. A autora depois de apresentar os dossiers acentuou o carácter interdisciplinar dos projectos a desenvolver e as oportunidades que geram no relacionamento interpessoal na sala de aula. A avliação nesta área foi também um tema demoradamente exposto pela oradora, que realçou a importância do acompanhamento continuado dos alunos e do projecto.
A sessão de lançamento destes dossiers decorreu na Universidade de Aveiro. Sala quase cheia, muito interesse e curiosidade por parte dos professores nestas duas ferramentas de trabalho. A autora depois de apresentar os dossiers acentuou o carácter interdisciplinar dos projectos a desenvolver e as oportunidades que geram no relacionamento interpessoal na sala de aula. A avliação nesta área foi também um tema demoradamente exposto pela oradora, que realçou a importância do acompanhamento continuado dos alunos e do projecto.
Reunião Concelhia das BE/CRE
Na pasada quarta-feira, dia 26/09, mudámos de Coordenador das BE/CRE para o concelho de Aveiro. Deixámos a coordenação do Prof. José Saro e foi-nos apresentada a nova Coordenadora, Profª Isabel Nina.
A quem saíu desejámos os maiores sucessos na sua vida pessoal e profissional e a quem entrou idênticos votos na sua nova função.
Depois falámos na extensão do Plano Nacional de Leitura aos 3º Ciclo do Ensino Básico e na compatibilidade e partilha de informações entre Bibliotecas. Para tal é necessário dotar as BE/CRE com uma plataforma de catalogação que seja comum ou, no mínimo, capaz de comunicar entre os sistemas existentes. Haverá pois, num futuro que se deseja próximo, uma Gestão Integrada de Bibliotecas (GIB?) com prioridades de instalação: Sede primeiro e depois os Pólos de Leitura, as escolas do Ensino Básico e as Es. Secundárias. Haverá ainda formação nestas plataformas incluido a familiarização com novos programas de gestão informática das BE/CRE.
A quem saíu desejámos os maiores sucessos na sua vida pessoal e profissional e a quem entrou idênticos votos na sua nova função.
Depois falámos na extensão do Plano Nacional de Leitura aos 3º Ciclo do Ensino Básico e na compatibilidade e partilha de informações entre Bibliotecas. Para tal é necessário dotar as BE/CRE com uma plataforma de catalogação que seja comum ou, no mínimo, capaz de comunicar entre os sistemas existentes. Haverá pois, num futuro que se deseja próximo, uma Gestão Integrada de Bibliotecas (GIB?) com prioridades de instalação: Sede primeiro e depois os Pólos de Leitura, as escolas do Ensino Básico e as Es. Secundárias. Haverá ainda formação nestas plataformas incluido a familiarização com novos programas de gestão informática das BE/CRE.
segunda-feira, 24 de setembro de 2007
O Toque
Só faltava o toque. Não um toque personalizado, aquele da dona de casa que pela última e centésima vez alinha o guardanapo da mesa, já noventa e nove vezes alinhado. Também não era o toque do “artista”, aquela pincelada-remate, ou o toque no texto, o sinónimo que evita a confusão, enfim o “toque de mestre”, o que é único, inimitável, sublime. Este era um toque vulgar, banal, que, de tão repetido já nos entrou no ouvido mas, quer queiramos ou não comanda diariamente a nossa vida.As mesas e as cadeiras estão alinhadas. A sala está pronta. Pelas janelas entra a luz pouco definida da manhã e o ruído da cidade. Tudo está no seu lugar, alinhado, limpo e pronto. Há um não-sei-quê no ar que o torna leve, um prenúncio de um acontecimento todos os anos renovado. No corredor há passos e vozes. Finalmente, o toque da campainha marcou o início de mais um ano escolar. A Biblioteca abriu as portas…
terça-feira, 17 de julho de 2007
A biblioteca vai de férias?
Fisicamente a biblioteca está de férias.
Elaborados os relatórios de fim de ano, feito o balanço das utilizações, revista e arrumada a informática, feitas as limpezas, a biblioteca entrou na dormência de Agosto, no merecido repouso...
Olhando as cadeiras vazias, as janelas e os estores corridos, a meia-luz, não é difícil rever os grupos de utilizadores e os seus cantos preferidos: à esquerda os alunos de literatura, à direita os das artes, ao fundo à esquerda os de matemática, ao centro-direita outro grupo que estuda línguas. Afinal, reparo, aproximam-se das prateleiras da sua àrea de estudos.
Viro as costas ao búlício imaginário e rodo a chave da porta. Fecho-a. Férias.
Por um instante penso no Plano de Actividades do próximo ano. Ambicioso mas realizável com a colaboração de todos.
Assim esperamos.
Elaborados os relatórios de fim de ano, feito o balanço das utilizações, revista e arrumada a informática, feitas as limpezas, a biblioteca entrou na dormência de Agosto, no merecido repouso...
Olhando as cadeiras vazias, as janelas e os estores corridos, a meia-luz, não é difícil rever os grupos de utilizadores e os seus cantos preferidos: à esquerda os alunos de literatura, à direita os das artes, ao fundo à esquerda os de matemática, ao centro-direita outro grupo que estuda línguas. Afinal, reparo, aproximam-se das prateleiras da sua àrea de estudos.
Viro as costas ao búlício imaginário e rodo a chave da porta. Fecho-a. Férias.
Por um instante penso no Plano de Actividades do próximo ano. Ambicioso mas realizável com a colaboração de todos.
Assim esperamos.
terça-feira, 26 de junho de 2007
(Re)inventar uma tradição
Li algures que no início da produção massiva de computadores alguém vaticinava mais ou menos enfaticamente que estes eram o princípio do fim do papel. Para quê, portanto, usar resmas de papel, construir extensos arquivos com grandes despesas de manutenção, derrubar florestas, gastar água, poluir os rios e a atmosfera se tudo se poderia guardar numa simples disquete, num cd, um disco duro ou outro suporte de arquivo com reduzido volume mas grande capacidade de armazenamento. Provavelmente, alguém de espírito pessimista previu também o definhar da indústria do papel, o desemprego sequente, o desaparecimento de algumas profissões até ali tradicionais; outro, mais optimista viu as melhorias ambientais e erupção de novas indústrias, tecnicamente avançadas e geradoras de riqueza e emprego, relacionadas com o computador. Parece que em algumas destas previsões os resultados saíram algo trocados. O consumo de papel aumentou, logo não faliu e, de facto, a indústria informática espalhou-se efectivamente um pouco por todo o mundo criando riqueza e emprego, directo e indirecto.
Relembrando um pouco a história da informática, recordamos que no princípio eram apenas o cálculo, o texto e o monocromatismo. A evolução foi rápida e em cerca de uma vintena de anos saltámos para o multimédia interactivo e daí para uma outra forma de relação, onde o computador é parte do quotidiano experienciado -daquilo onde intervimos directamente -, e percepcionado, isto é, naquilo que sabemos funcionar graças ao funcionamento de um computador.
Para lá da funcionalidade prática de armazenamento, cálculo e processamento de texto, o computador alargou a sua utilização à gestão das bases de dados, à computação gráfica e às comunicações, entre outras. Destas, ganhou relevante expressão o entretenimento. O computador como objecto e ferramenta lúdica ocupa uma larga faixa e utilizadores de todas as idades e sustenta uma florescente indústria de conteúdos audiovisuais. Movimento, som digital, imagem fixa e móvel, efeitos gráficos complicados e texto são os ingredientes desta “festa” para os sentidos.
A possibilidade de comunicação entre computadores, local ou distante, síncrona e assíncrona, permitiu outra dimensão no relacionamento interpessoal. Já não se limita à comunicação entre máquinas, mas também entre os utilizadores.
O computador tornou-se assim uma tríade concentradora de uma realidade impensável há poucas décadas: trabalho, prazer, comunicação.
No entanto, em cada uma delas está presente uma das finalidades para qual foi inicialmente concebidas: o armazenamento de conteúdos e a sua apresentação quando solicitado. Um dos vocábulos mais correntes quando se aborda o tema do armazenamento é memória. Capacidade e natureza, velocidade de acesso e de resposta são outros termos do jargão informático. Umberto Eco numa conferência de abertura da nova Biblioteca de Alexandria, fala-nos metaforicamente nos três tipo de memória associadas à actividade humana: a orgânica (cérebro), a vegetal (livro) e a mineral (silício), fazendo corresponder a cada uma delas um material e uma forma de fixação. Ao computador coube a memória mineral, porque essa é, de facto, a sua natureza. Qualquer destes materiais e destas memórias tem pois a mesma função: guardar a informação, torná-la mais ou menos duradoura. A primeira pela tradição oral, a segunda pela tradição escrita e a terceira…
Nesta preservação da memória há lugar para a inter relação de meios, isto é, um registo oral pode passar a escrito ou a informático e qualquer um a qualquer outro. Tomando como exemplo a actividade política poderemos ter, portanto, o registo digital , oral, de um discurso político, o seu projecto escrito digitalizado e as suas imagens de campanha no mesmo formato. Extrapolando para outras profissões chegamos com facilidade ao audiolivro e ao e-book (vindos do livro “vegetal”), rompendo com uma tradição de 500 anos de fixação por caracteres móveis.
Muitas interrogações se levantam a estes relacionamentos. Procuraremos sistematizá-las proximamente…
Relembrando um pouco a história da informática, recordamos que no princípio eram apenas o cálculo, o texto e o monocromatismo. A evolução foi rápida e em cerca de uma vintena de anos saltámos para o multimédia interactivo e daí para uma outra forma de relação, onde o computador é parte do quotidiano experienciado -daquilo onde intervimos directamente -, e percepcionado, isto é, naquilo que sabemos funcionar graças ao funcionamento de um computador.
Para lá da funcionalidade prática de armazenamento, cálculo e processamento de texto, o computador alargou a sua utilização à gestão das bases de dados, à computação gráfica e às comunicações, entre outras. Destas, ganhou relevante expressão o entretenimento. O computador como objecto e ferramenta lúdica ocupa uma larga faixa e utilizadores de todas as idades e sustenta uma florescente indústria de conteúdos audiovisuais. Movimento, som digital, imagem fixa e móvel, efeitos gráficos complicados e texto são os ingredientes desta “festa” para os sentidos.
A possibilidade de comunicação entre computadores, local ou distante, síncrona e assíncrona, permitiu outra dimensão no relacionamento interpessoal. Já não se limita à comunicação entre máquinas, mas também entre os utilizadores.
O computador tornou-se assim uma tríade concentradora de uma realidade impensável há poucas décadas: trabalho, prazer, comunicação.
No entanto, em cada uma delas está presente uma das finalidades para qual foi inicialmente concebidas: o armazenamento de conteúdos e a sua apresentação quando solicitado. Um dos vocábulos mais correntes quando se aborda o tema do armazenamento é memória. Capacidade e natureza, velocidade de acesso e de resposta são outros termos do jargão informático. Umberto Eco numa conferência de abertura da nova Biblioteca de Alexandria, fala-nos metaforicamente nos três tipo de memória associadas à actividade humana: a orgânica (cérebro), a vegetal (livro) e a mineral (silício), fazendo corresponder a cada uma delas um material e uma forma de fixação. Ao computador coube a memória mineral, porque essa é, de facto, a sua natureza. Qualquer destes materiais e destas memórias tem pois a mesma função: guardar a informação, torná-la mais ou menos duradoura. A primeira pela tradição oral, a segunda pela tradição escrita e a terceira…
Nesta preservação da memória há lugar para a inter relação de meios, isto é, um registo oral pode passar a escrito ou a informático e qualquer um a qualquer outro. Tomando como exemplo a actividade política poderemos ter, portanto, o registo digital , oral, de um discurso político, o seu projecto escrito digitalizado e as suas imagens de campanha no mesmo formato. Extrapolando para outras profissões chegamos com facilidade ao audiolivro e ao e-book (vindos do livro “vegetal”), rompendo com uma tradição de 500 anos de fixação por caracteres móveis.
Muitas interrogações se levantam a estes relacionamentos. Procuraremos sistematizá-las proximamente…
quinta-feira, 14 de junho de 2007
O evento tinha sido combinado quase na véspera. Amanhã...
E o amanhã chegou. Dez horas, os alunos, a professora dos alunos, Isabel Gala, o Presidente do CE, o Coordenador da Biblioteca, alguns assistentes. O Coordenador da B/CRE dissertou sobre o valor simbólico de um carimbo, o PCE deu algumas achegas sobre a história recente da ESJE. Por fim, o prémio ao aluno que concebeu e desenhou o novo logotipo da B/CRE e que servirá também para o novo carimbo. Arrecadado o prémio, as devidas palmas e palmadinhas, as fotos da praxe que adiante se verão, encerrou-se uma tradição de 80 anos e iniciou-se uma outra que se propõe tão duradoura quanto esta.
E o amanhã chegou. Dez horas, os alunos, a professora dos alunos, Isabel Gala, o Presidente do CE, o Coordenador da Biblioteca, alguns assistentes. O Coordenador da B/CRE dissertou sobre o valor simbólico de um carimbo, o PCE deu algumas achegas sobre a história recente da ESJE. Por fim, o prémio ao aluno que concebeu e desenhou o novo logotipo da B/CRE e que servirá também para o novo carimbo. Arrecadado o prémio, as devidas palmas e palmadinhas, as fotos da praxe que adiante se verão, encerrou-se uma tradição de 80 anos e iniciou-se uma outra que se propõe tão duradoura quanto esta.
terça-feira, 12 de junho de 2007
Com Alma e História
Olha-se para um objecto e tenta-se descortinar-lhe a alma. E sendo um objecto do quotidiano perguntamo-nos mesmo se a tem, realmente. Este tem.
Tudo tem um passado, próximo ou distante, natural ou moldado pelo homem. Este tem, moldado pelo homem e, provavelmente uma idade, que também tem (dizem-me opiniões fundamentadas, cerca de oitenta anos). Certo. Então recuou oitenta anos e situo-me, em termos de História de Portugal, no início do Estado Novo, 1926/27.
O Conselho Escolar do Liceu Vasco da Gama, Aveiro, propõe ao Ministro da Instrução Pública a alteração da designação para Liceu de José Estêvão, que foi aceite. Far-se-ão, certamente, alterações no instrumental burocrático do "novo" Liceu.
Miro novamente o objecto, rebolo-o nos dedos, acaricio-lhe a patine do tempo, noto o desgaste funcional e não evito alguma nostalgia. Imagino fugazmente o livros, revistas, documentos, folhas de exame, e sei lá quantos outros papéis estampou.
Cumpriu fielmente a sua função.
O velho carimbo da Biblioteca vai ser substituído.
Tudo tem um passado, próximo ou distante, natural ou moldado pelo homem. Este tem, moldado pelo homem e, provavelmente uma idade, que também tem (dizem-me opiniões fundamentadas, cerca de oitenta anos). Certo. Então recuou oitenta anos e situo-me, em termos de História de Portugal, no início do Estado Novo, 1926/27.
O Conselho Escolar do Liceu Vasco da Gama, Aveiro, propõe ao Ministro da Instrução Pública a alteração da designação para Liceu de José Estêvão, que foi aceite. Far-se-ão, certamente, alterações no instrumental burocrático do "novo" Liceu.
Miro novamente o objecto, rebolo-o nos dedos, acaricio-lhe a patine do tempo, noto o desgaste funcional e não evito alguma nostalgia. Imagino fugazmente o livros, revistas, documentos, folhas de exame, e sei lá quantos outros papéis estampou.
Cumpriu fielmente a sua função.
O velho carimbo da Biblioteca vai ser substituído.
quinta-feira, 31 de maio de 2007
quarta-feira, 30 de maio de 2007
Parábola da Quase Realidade
É conhecida a expressão "If it is cool, it´s probably Web 2.0", que é como quem diz: " Se é fixe, provavelmente é Web 2.0".
Observador da frequência dos alunos na Biblioteca e sobretudo nos recursos informáticos ali existentes, noto cada vez mais que a tendência dos alunos se transfere do uso do cd-rom e dvd, quase arcaicos, para outros suportes mais dinâmicos e imediatos como Wikipédia, You Tube, My Space, Face Book, Flickr...Blogs.... Dir-se-ia que o conteúdo existente naqueles se tornou fechado e estático perdendo o lugar para conteúdos em constante movimento. E a constatação é que o "público" adere e participa. E participa porque é novo e é fixe: o acesso é limitado a um simples registo, o carregamento de conteúdos é instantâneo, a resposta é imediata, armazena generosamente velhos conteúdos e propõe outros caminhos de pesquisa. Tudo pronto, tudo feito...acabando com a Web 1.0 e as horas de programação, ferramentas web, etc.
Diria então que a Web 2.0 é um movimento perpétuo, uma comunidade circular, uma fluidez de informação sempre em actualização.
Onde se situa a biblioteca tradicional neste contexto? Que serviços pode prestar a biblioteca escolar nesta dinâmica? Como acompanhar as novas tendências? Como criar uma Biblioteca 2.0?
É o que espero aprender e discutir...
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