quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Como é que sentimos a beleza?

Uma história, uma obra de arte, o design de um objeto - como é que sentimos que uma coisa é bela?Porque é que isso nos interessa tanto?
O designer Richard Seymour explora a nossa resposta e as nossas reações à beleza e o poder surpreendente dos objetos que a exibem.

http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=YiXd_9DFCOQ

http://www.ted.com

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Os melhores livros de ciência 201, segundo Carlos Fiolhais

LinkArtigo no n.º 1 da revista "Século XXI. Ter Opinião"
Via http://dererummundi.blogspot.com/

Se houvesse um prémio para o melhor livro português de ciência de 2011 dava-o a Jorge Calado, Jorge Calado, professor de Química do Instituto Superior Técnico, autor de Haja Luz. Uma História da Química Através de Tudo, publicado pela IST-Press . Trata-se de uma extraordinária história cultural da química, ricamente ilustrada, escrita por um homem das duas culturas, que alia um enciclopédico saber científico com a paixão pelas artes (é especialista em ópera e em fotografia). Não podia ser mais oportuno: este ano, por determinação das Nações Unidas, celebra-se em todo o mundo o Ano Mundial da Química. Se houver, como deve haver, edição em inglês de Haja Luz, ela irá correr o mundo, iluminando muitos mais espíritos. Por falar em química e em luz, foi preciso esperar desde 1861 até ao Ano da Química para haver uma edição em Portugal de um dos maiores livros de divulgação científica de sempre, A História Química de uma Vela, do inglês Michael Faraday, que reúne algumas das suas lições populares na Royal Institution de Londres. A tradução, dos químicos Sérgio Rodrigues e Maria Isabel Prata, foi publicada pela Imprensa da Universidade de Coimbra.

Outro grande livro de ciência de 2011 é O Estatuto da Matemática em Portugal nos Séculos XVI e XVII, da autoria de Bernardo Mota, publicado pela Fundação Gulbenkian. Trata-se da sua tese de doutoramento em história da ciência, orientada por Henrique Leitão e Arnaldo do Espírito Santo, que foi distinguida em 2009 pela Academia Internacional de História das Ciências com o prémio Jovem Historiador para a melhor tese na área em causa em todo o mundo Abordando tanto o tempo de Pedro Nunes como o tempo subsequente dos jesuítas em Lisboa, Coimbra e Évora, discute a questão, que já vem da Antiguidade grega, do lugar da matemática no quadro das ciências.

Em 2011 assinalaram-se os 400 anos do nascimento do médico português João Rodrigues de Castelo Branco, mais conhecido por Amato Lusitano, “estrangeirado” em Itália devido à perseguição aos judeus. Em Dezembro de 2010 saiu dos prelos da Ordem dos Médicos uma edição moderna, em dois volumes, das Centúrias de Curas Medicinais, a sua obra maior (traduzida do latim por Firmino Crespo a partir da edição de Bordéus de 1620). Na mesma data e com segunda edição já em 2011 saiu na Gradiva uma biografia notável do nosso único Nobel na área das ciências: Egas Moniz. Uma biografia, do neurogirurgião João Lobo Antunes. E, em 2011, foi reeditado na Temas e Debates, revisto e com novo prefácio, O Erro de Descartes, de António Damásio, neurologista a trabalhar nos Estados Unidos (o original, que teve enorme êxito, tinha saído na Europa-América em 1994).

No oferta de divulgação da ciência são ainda de destacar o segundo livro de João Magueijo, físico do Imperial College, em Londres, O Grande Inquisidor, sobre a misteriosa vida do físico nuclear italiano Ettore Majorana, e a nova obra de Jorge Buescu, matemático da Universidade de Lisboa, Casamentos e Outros Desencontros, expondo de modo escorreito problemas matemáticos, os dois na colecção Ciência Aberta da Gradiva, quase a atingir as duas centenas de volumes.

domingo, 27 de novembro de 2011

Fado reconhecido como Património Imaterial da Humanidade

O fado, o fado que une todos os portugueses, o fado que não tem tradução, o fado que encanta os turistas, o fado que nos leva por todo o mundo, o fado que é fado, agora é também Património Cultural Imaterial da Humanidade.
A decisão foi hoje tomada durante o VI Comité Intergovernamental da UNESCO (Organização da ONU para a Educação, Ciência e Cultura), cuja missão é ajudar a
proteger o património e as tradições que tornam cada país diferente e único no mundo.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Como celebrar o Dia da Filosofia?

Uma boa sugestão é, por exemplo, visitar a exposição de trabalhos dos alunos patente na nossa escola; ou ler algum texto de introdução à Filosofia e debater ideias reafirmando o valor desta disciplina.

Sugestão: o texto de Domingos Faria no Público (P3), de 14/11/2011 emhttp://p3.publico.pt/actualidade/educacao/1404/como-celebrar-o-dia-da-filosofia

A UNESCO indicou em 2002 a celebração internacional do Dia da Filosofia na terceira quinta-feira do mês de Novembro. Neste ano de 2011 será celebrado no próximo dia 17 de Novembro. Com este dia a UNESCO pretende promover a importância da reflexão filosófica e destacar o valor da filosofia para as nossas vidas quotidianas.

A filosofia é uma actividade crítica. Ao caracterizar-se a filosofia como crítica não se está a dizer que ela é uma actividade de “bota-abaixo”. Pelo contrário, significa que se procura em filosofia examinar se as ideias que os sujeitos cognitivos veiculam são plausíveis ou não. Com a crítica a filosofia destrói dogmas cristalizados, mostra ignorância onde se supunha um saber indisputável, nada aceita sem uma cuidadosa análise, e obriga constantemente a repensar ideias para as sustentarmos com melhores razões ou argumentos.

Esta actividade encetou-se fundamentalmente com Sócrates, na Grécia Antiga, ao estimular cada cidadão a examinar cuidadosamente as suas crenças em diálogo crítico com os outros, de modo a haver uma maior aproximação da verdade. É também isto que a filosofia nos convida a fazer hoje: a examinar e a discutir criticamente as nossas crenças.

A filosofia critica nomeadamente as crenças mais básicas que o ser humano possui e que dirigem a sua vida. Porém, pode-se levantar aqui uma objecção: a ciência também investiga criticamente crenças básicas, então qual é a relevância da filosofia? É preciso atender a uma diferença peculiar: a ciência trata daqueles problemas que podem ser analisados empiricamente, enquanto que a filosofia trata daqueles outros problemas que não podem ser analisados empiricamente e para os quais não existem métodos formais de prova.

Por exemplo, se nos limitarmos a usar metodologias empíricas nunca conseguiremos responder a problemas como os seguintes: Deve a eutanásia ser legalizada? A sociedade deve estar organizada segundo uma concepção libertarista (como pretende o nosso Governo) ou segundo outras concepções como o liberalismo-igualitário ou o comunitarismo? Será que Deus existe? Estas questões dizem respeito à filosofia, pois só se podem tentar resolver tais problemas recorrendo fundamentalmente ao pensamento, à argumentação cuidadosa e à discussão crítica.

Portanto, a filosofia é essencial pelo seu valor instrumental de facultar ao ser humano um pensamento crítico, mas também pelo seu valor cognitivo intrínseco de procurar encontrar boas respostas para problemas que são fundamentais para os seres humanos e que são insusceptíveis de resolução empírica e formal.

Nada melhor do que percepcionar a filosofia em acção para se compreender melhor a natureza e a relevância desta área do conhecimento humano. Por isso, uma boa sugestão para celebrar o dia internacional da filosofia poderá ser ler algum texto de introdução à filosofia. Que este dia seja, como a UNESCO recomenda, um dia para debater ideias e para reafirmar o verdadeiro valor da filosofia. No entanto, espera-se que a filosofia não fique circunscrita apenas a um dia, mas que seja uma presença constante na vida humana.

Hoje é o DIA MUNDIAL DA FILOSOFIA

“As nossas crenças mais justificadas não têm qualquer outra garantia sobre a qual assentar, senão um convite permanente ao mundo inteiro para provar que carecem de fundamento.” - John Stuart Mill, Sobre a Liberdade
Ciatção de um blogue a visitar:

duvida-metodica.blogspot.com/

O objectivo deste blogue é partilhar ideias e materiais com alunos, professores e outros eventuais interessados. Ideias e materiais úteis para o estudo e para o ensino da Filosofia no ensino secundário.

O blogue constitui também um instrumento de trabalho que os autores e os seus alunos utilizam, em casa e nas aulas, como complemento dos Manuais adoptados na escola.

Mais raramente, também poderá surgir uma ou outra opinião sobre o estado a que isto chegou.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

POESIA na nossa Biblioteca

Correspondendo à solicitação dos professores de Português, foi já a terceira turma do 8º ano que recebemos no espaço de três semanas.
O "feed back"? Muito positivo e gratificante! Trabalhar assim é sempre um prazer, porque "há dias assim", muito especiais, "dias que ficam para a história"
(lembram-se da leitura inicial de "Um livro para todos os dias"?
)
Espreitem em
http://molharapalavra.wordpress.com/2011/11/11/ida-a-biblioteca/

Só a leitura salva

http://vimeo.com/31603360

(via http://lerebooks.wordpress.com/2011/11/10/manifesto-%e2%80%93-so-a-leitura-salva/)

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

GENOMA HUMANO SEQUENCIADO em Portugal

Arrancou hoje, em Cantanhede, à 11horas e 11 minutos deste dia 11 do mês 11 de 2011; são 11 os cidadãos nacionais cujo genoma vai ser sequenciado - trata-se do projeto PORGENE.

à 11ª hora do 11º dia do 11º mês


de cada ano celebra-se o armistício da primeira guerra mundial.

Este dia é feriado em vários países da Europa.
Em Portugal, e na maioria dos países da Europa continental, chama-se Dia do Armistício. No Reino Unido, é chamado de Remembrance Day ou, também, Poppy Day . Nos EUA e no Canadá é conhecido por Veteran´s Day.
O hábito de usar papoilas (poppies) em homenagem aos mortos de guerra começou com o poema "Nos Campos da Flandres /crescem papoilas entre as cruzes", do oficial médico canadiano John McCrae. A mancha vermelha desta flor simboliza o sangue derramado.

A França comemora hoje os 93 anos do fim do conflito com a inauguração do Museu da Grande Guerra, em Meaux, perto de Paris. O edifício, construído no local onde ocorreu a Batalha do Marne, uma das mais sangrentas da guerra, celebra a paz num espaço futurista.
As homenagens aos combatentes começaram no Arco do Triunfo, na capital francesa. Foi a primeira cerimónia em que não houve a participação de um “poilu” (peludo, como ficaram conhecidos os soldados que lutaram no conflito), agora que todos os combatentes franceses faleceram. Sarkozy preferiu homenagear, então, todos os soldados mortos pela França e lembrou especialmente os 24 mortos do último ano no Afeganistão.
À tarde, o presidente foi ao Museu da Grande Guerra, construído em cimento, aço e vidro e desenhado pelo arquiteto Christophe Lab. Este projeto não é apenas um museu militar como os outros do país, mas aborda as causas e consequências políticas do conflito, que fez 8 milhões de mortos, a vida pessoal dos soldados e a destruição das populações civis atingidas pelos combates.
“Vamos tocar no sentimento do visitante, levando-o para uma trincheira, por exemplo, onde ele vai ver as imagens, o frio, o confinamento, o medo, a noite”, comentou Michel Rouger, diretor do museu.
http://www.portugues.rfi.fr

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Google lembra Marie Curie no seu 144º aniversário

O doodle dá-nos hoje uma ilustração, em estilo pontillista, de Marie Curie, a cientista polaca que ganhou duas vezes o Prémio Nobel: o primeiro foi o da Física, em 1903, dividido com seu marido, Pierre Curie, e Becquerel, pelas suas descobertas no campo da radioatividade; e o segundo Nobel foi o da Química, em 1911, pela descoberta dos elementos químicos rádio e polónio.

Ciberescola da Língua Portuguesa

Lançado oficialmente a 28 de outubro, é um serviço do Ciberdúvidas e já se encontra disponível; trata-se da Ciberescola da Língua Portuguesa, uma plataforma de ensino e apoio ao ensino do português, na componente de língua materna e na componente de língua não materna /estrangeira; contém recursos para professores, exercícios interativos e cursos à distância.

Sítio: www.ciberescola.com


domingo, 6 de novembro de 2011

O poder da matemática - 116 anos para arrumar 10 livros

http://www.youtube.com/watch?v=hVqq3nm0IHs&feature=player_embedded

Quantas seriam as combinações possíveis para arrumar 10 livros numa prateleira? E quanto tempo lhe levaria a concluir essa tarefa? Certamente seriam muitas. A análise combinatória esclarece...

Ler mais em :
http://bibliotequices.blogspot.com/#ixzz1cw9vjqye

sábado, 5 de novembro de 2011

TINTIM E A CIÊNCIA



Carlos Fiolhais, IN jornal "SOL", 4/outubro/2011

Agora, que Tintim saiu das páginas da banda desenhada para entrar, em três dimensões, no grande ecrã, através da câmara do realizador norte-americano Steven Spielberg, é oportuno lembrar que são muitas e variadas as conexões entre o famoso personagem criado pelo desenhador belga Hergé (pseudónimo de Georges Remi) e o mundo da ciência.

O álbum "A Estrela Misteriosa", que foi publicado em 1942, na Bélgica ocupada pela Alemanha nazi, trata da queda na Terra de um meteorito, no qual tinha sido detectado um elemento químico novo. Para o estudar é constituída uma Comissão Internacional de Sábios, que apenas inclui cientistas alemães e de países neutros, como era o caso de Portugal e da Suécia. A expedição, que viaja sob a bandeira de um Fundo Europeu de Pesquisas Científicas, muitos anos antes de haver instituições científicas pan-europeias, inclui um investigador português, o Prof. Pedro João dos Santos, que Hergé designa por “célebre físico da Universidade de Coimbra”. Como o autor de Tintim não raro se inspirava em factos e personagens reais, é curioso referir que na época ensinava em Coimbra o Prof. João de Almeida Santos (1906-1975), que mais tarde seria Director do Laboratório de Física. O rosto de outro membro da expedição, o sueco Erik Björgenskjöld, “autor de notáveis trabalhos sobre as protuberâncias solares”, parece inspirado no do Prof. Auguste Piccard (1884-1982), um notável cientista suíço que trabalhou em Bruxelas e que, conforme o próprio Hergé admitiu, foi o modelo para a criação do Prof. Girassol, personagem que só surgiu em "O Tesouro de Rackham o Terrível", sequela de "O Segredo de Licorne", o livro que deu o título ao filme de Spielberg. O argumento deste filme baseia-se precisamente no conjunto dessas duas obras, respectivamente de 1943 e de 1944, portanto imediatamente subsequentes à "Estrela Misteriosa" (Spielberg também usa O Caranguejo das Tenazes de Ouro). O Prof. Piccard protagonizou descidas submarinas a grande profundidade, a bordo de um batiscafo de sua autoria, e também ascensões à estratosfera, a bordo de balões especiais, pelo que foi, no seu tempo, um dos homens que mais fundo desceu e que mais alto subiu. Um batiscafo em forma de tubarão, pilotado por Tintim, aparece premonitoriamente n’ "O Tesouro de Rackham o Terrível".

A dupla de detectives Dupond e Dupont, divertidas figuras dos livros de Hergé e do filme de Spielberg, também já aparece em "A Estrela Misteriosa", ainda que de relance. Os dois não têm nada, mas mesmo nada, de sábios, embora acompanhem Tintim e o Prof. Girassol na expedição à Lua, representada nos álbuns "Rumo à Lua" e "Explorando a Lua", publicados respectivamente em 1953 e 1954. Esses livros descrevem uma viagem ao nosso satélite natural a bordo de um foguetão aparentado ao V2 germânico, muitos anos antes do voo da Apollo 11.