quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

"A Bíblia come-se"


No princípio era a palavra. Palavras soltas, nomes de coisas que se comem, que Tolentino Mendonça e Ilda David" recolheram na Bíblia. Depois veio um cozinheiro, Albano Lourenço, e criou 41 receitas. Aconteceu então um primeiro almoço. Vamos comer a Bíblia.(…)
Não é metáfora, é literal.
Para uma refeição bíblica, o P2 do jornal "Público", no dia 17.11.2007, através de um artigo de Alexandra Lucas Coelho, propõe cinco pratos: a entrada, o prato de peixe e a sobremesa do almoço de apresentação do livro, e dois pratos de carne alternativos, uma vitela sugerida por Albano Lourenço, o autor das receitas, e um cabrito sugerido por José Tolentino Mendonça, o padre-poeta que escreveu o prefácio do livro "A Bíblia Contada pelos Sabores - Receitas de Albano Lourenço" apresentado na Quinta das Lágrimas, que a Assírio & Alvim publicou há dias e já deu como esgotado em armazém.
A mesa "é um excelente espelho", disse Tolentino Mendonça ao P2. "Em torno da comida se descobre muito em profundidade o que são as indagações humanas, rituais e interditos. A mesa é um lugar de narrativas, cada comensal estabelece um pacto narrativo. É um lugar de escuta e de palavra, e a comida que se partilha é também a maior parte das vezes metafórica de outros alimentos."

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