quinta-feira, 16 de maio de 2013

Nuno Júdice: Prémio Rainha Sofia de Poesia Iberoamericana

O poeta português Nuno Júdice foi hoje galardoado com o Prémio Rainha Sofia de Poesia Iberoamericana, que reconhece o conjunto de uma obra de um autor vivo, cujo valor literário constitui uma contribuição relevante ao património cultural Ibero-Americano.
Nuno Júdice, de 64 anos, é autor de 30 livros de poesia, entre os quais A Matéria do Poema e Guia dos Conceitos Básicos, editado em 2010. O autor, que começou a publicar poesia em 1972 – A Noção do Poema e O Pavão Sonoro –, tem escrito também obras de ensaio, teatro e ficção. A Dom Quixote publicou, no passado mês de Fevereiro, a novela A Implosão. Além do universo hispânico, Nuno Júdice tem obras traduzidas em Itália, Inglaterra e França.
Nasceu na Mexilhoeira Grande, Algarve, formou-se em Filologia Românica pela Universidade Clássica de Lisboa e é professor associado da Universidade Nova de Lisboa, onde se doutorou em 1989. Entre 1997 e 2004 desempenhou as funções de conselheiro cultural e director do Instituto Camões em Paris. Tem publicado estudos sobre teoria da literatura e literatura portuguesa.Tem livros traduzidos em várias línguas, destacando-se Espanha, onde tem uma antologia na colecção Visor de poesia, e França, onde está publicado na colecção Poésie/Gallimard. Dirigiu até 1999 a revista Tabacaria, da Casa Fernando Pessoa. Em 2009, assumiu a direcção da revista Colóquio/Letras da Fundação Calouste Gulbenkian.
O escritor  já foi galardoado com vários prémios literários, nomeadamente o Prémio Pen Clube, em 1985, o Prémio Dom Dinis, em 1990, o Prémio da Associação Portuguesa de Escritores, em 1995, e o Prémio Fernando Namora, em 2004.
O Prémio, atribuído anualmente, e que em 2003 distinguiu Sophia de Mello Breyner Andresen, é concedido pelo Património Nacional e pela Universidade de Salamanca, sendo considerado o mais prestigiado deste género no universo Ibero-americano.


https://www.facebook.com/nunojudice

"O ar está cheio de palavras; e
até as que se perdem contra o fundo
de muros, as que caem no outono
como as folhas das árvores, as
que se afogam no pântano das indecisões,
deixam no ar o seu eco."

Nuno Júdice, in " Poesia Reunida"
Dom Quixote
 


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