David Aragão ficou todo satisfeito quando abriu, ontem, a sua caixa de correio eletrónico. Tinha uma mensagem de Brian Kobilka, um dos dois norte- americanos a quem a Real Academia das Ciências sueca atribuiu há dias o Prémio Nobel da Química 2012 – o outro foi Robert Lefkowitz. “Logo na quarta- feira, quando foi anunciado o prémio, mandei- lhe um e- mail a dar- lhe os parabéns e nem estava à espera que me respondesse tão depressa, porque deve ter recebido imensas mensagens”, conta o investigador português.
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Atualmente investigador no Australian Synchrotron, em Melburne, David Aragão tem uma história em comum com Brian Kobilka. O jovem português trabalhou de perto com o novo Nobel da Química durante dois anos, e em janeiro de 2011, foi um dos coautores do artigo publicado na revista Nature que o comité Nobel considerou a “cereja no topo do bolo” do trabalho realizado pelo cientista norte- americano na busca dos recetores acoplados à proteína G, como são designados estes recetores celulares, que estão na base de algumas funções básicas do organismo e cuja descodificação foi o motivo do Nobel.
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Já este ano, David Aragão publicou outro artigo na Nature, na sua própria linha de trabalho, e agora, na Austrália, continua a perseguir proteínas de membranas celulares que poderão dar respostas no combate a doenças por bactérias.
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