terça-feira, 19 de outubro de 2010
sexta-feira, 15 de outubro de 2010
ESCRITARIA 2010 - AGUSTINA BESSA-LUIS
Depois de José Saramago, em 2009 e de Urbano Tavares Rodrigues, em 2008, o Escritaria em Penafiel 2010 é dedicado à escritora Agustina Bessa-Luís que, no dia da abertura, completa 88 anos. Concebido pela Escritaria é novamente organizado pela Câmara Municipal de Penafiel, em parceria com a Escritaria e as Edições Cão Menor, decorrendo entre 15 e 31 de Outubro.
O Escritaria em Penafiel é um projecto multidisciplinar que tem como objectivo viajar pela memória dos nossos escritores mais relevantes, ainda entre nós, e disponíveis para um exercício de partilha, fazendo da ocasião uma oportunidade para produzir trabalhos criativos que sirvam, não apenas como veículos de divulgação mas que tenham um valor artístico, cultural e científico intrínseco, que possam subsistir e ser fruídos, também, autonomamente. Divide-se em várias componentes que se complementam, algumas com carácter de perenidade outras um pouco mais efémeras.
O centro da cidade será novamente receptáculo das intervenções que constituem a contaminação sobre Agustina Bessa-Luís, concebidas por António Castanheira e Rui Martins;
Um colóquio levará ao novo Museu Municipal de Penafiel algumas personalidades relevantes que partilharão com os presentes o seu conhecimento da escritora;
Excepcionalmente, nesta edição, não será produzido o habitual documentário sobre a escritora, sendo substituído por uma exposição interior no Museu - os seis rios - com curadoria, arquitectura, design e videografia de António Castanheira e ilustração de Rui Martins;
Uma obra de arte em torno da obra da convidada - desta vez da responsabilidade dos ilustradores José Miguel Ribeiro, Pedro Zamith e Luís Lázaro- passará a integrar o património cultural de Penafiel;
O teatro marcará presença fora de portas e o cinema chegará pelas mãos de Manoel de Oliveira, que trará pessoalmente o seu Vale Abrão, e por João Botelho, de quem será exibido o filme A Corte do Norte.
Com envolvimentos diversos no projecto, o Escritaria em Penafiel conta este ano com a participação de
Adília Lopes,
Alberto Luís,
António Castanheira,
Diogo Freitas do Amaral,
Fernando Pinto do Amaral,
Filipa Leal,
Inês Pedrosa,
João de Melo,
José Eduardo Agualusa,
José Miguel Ribeiro,
José Luís Peixoto,
Lídia Jorge,
Luís Lázaro,
Manoel de Oliveira,
Maria Barroso,
Maria João Seixas,
Mário Cláudio,
Mário de Carvalho,
Mónica Baldaque,
Patrícia Reis,
Pedro Zamith,
Pilar del Río,
Possidónio Cachapa,
Rui Martins
Urbano Tavares Rodrigues.
http://blog.escritaria.pt/
O Escritaria em Penafiel é um projecto multidisciplinar que tem como objectivo viajar pela memória dos nossos escritores mais relevantes, ainda entre nós, e disponíveis para um exercício de partilha, fazendo da ocasião uma oportunidade para produzir trabalhos criativos que sirvam, não apenas como veículos de divulgação mas que tenham um valor artístico, cultural e científico intrínseco, que possam subsistir e ser fruídos, também, autonomamente. Divide-se em várias componentes que se complementam, algumas com carácter de perenidade outras um pouco mais efémeras.
O centro da cidade será novamente receptáculo das intervenções que constituem a contaminação sobre Agustina Bessa-Luís, concebidas por António Castanheira e Rui Martins;
Um colóquio levará ao novo Museu Municipal de Penafiel algumas personalidades relevantes que partilharão com os presentes o seu conhecimento da escritora;
Excepcionalmente, nesta edição, não será produzido o habitual documentário sobre a escritora, sendo substituído por uma exposição interior no Museu - os seis rios - com curadoria, arquitectura, design e videografia de António Castanheira e ilustração de Rui Martins;
Uma obra de arte em torno da obra da convidada - desta vez da responsabilidade dos ilustradores José Miguel Ribeiro, Pedro Zamith e Luís Lázaro- passará a integrar o património cultural de Penafiel;
O teatro marcará presença fora de portas e o cinema chegará pelas mãos de Manoel de Oliveira, que trará pessoalmente o seu Vale Abrão, e por João Botelho, de quem será exibido o filme A Corte do Norte.
Com envolvimentos diversos no projecto, o Escritaria em Penafiel conta este ano com a participação de
Adília Lopes,
Alberto Luís,
António Castanheira,
Diogo Freitas do Amaral,
Fernando Pinto do Amaral,
Filipa Leal,
Inês Pedrosa,
João de Melo,
José Eduardo Agualusa,
José Miguel Ribeiro,
José Luís Peixoto,
Lídia Jorge,
Luís Lázaro,
Manoel de Oliveira,
Maria Barroso,
Maria João Seixas,
Mário Cláudio,
Mário de Carvalho,
Mónica Baldaque,
Patrícia Reis,
Pedro Zamith,
Pilar del Río,
Possidónio Cachapa,
Rui Martins
Urbano Tavares Rodrigues.
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quinta-feira, 14 de outubro de 2010
LINCE, o conversor para a nova ortografia da Língua Portuguesa
O Lince é uma ferramenta gratuita que permite converter rapidamente documentos inteiros.
Lançado pelo Ministério da Cultura, este conversor para a nova ortografia portuguesa foi produzido por uma equipa do Instituto de Linguística Teórica e Computacional, sob a orientação da Prof. Doutora Margarita Correia. Está disponível no Portal da Língua Portuguesa, em:
http://www.portaldalinguaportuguesa.org/index.php?action=lince
Lançado pelo Ministério da Cultura, este conversor para a nova ortografia portuguesa foi produzido por uma equipa do Instituto de Linguística Teórica e Computacional, sob a orientação da Prof. Doutora Margarita Correia. Está disponível no Portal da Língua Portuguesa, em:
http://www.portaldalinguaportuguesa.org/index.php?action=lince
terça-feira, 12 de outubro de 2010
Mediação familiar
"Os pais educam com um 'sim' a tudo"
? "Muitos pais não sabem ser pais. Educam com um 'sim' a tudo. Fazem o que podem, cansados, e com o pouco tempo que têm, dando tudo às crianças para compensar as suas ausências. Não admira que depois, em adolescentes, estes não tenham o mínimo de regras e de respeito pelos pais." A opinião é de Maria Saldanha Pinto Ribeiro, especialista em mediação familiar, que há muitos anos acompanha os "problemas de autoridade" dos pais em relações aos filhos. "As crianças crescem habituadas a querer e a ter tudo. Não são educadas com valores, mas com idas aos shoppings e com compras. Não crescem em ambientes onde há uma hierarquia e autoridade mas a achar que somos todos iguais", acrescenta a presidente do Instituto Português de Mediação Familiar. Maria Saldanha Pinto Ribeiro considera que ainda mais grave é a falta de autoridade nas escolas. "Ao retirar autoridade aos professores, o Estado só está a deseducar as crianças", acrescenta a mediadora familiar.
in DN, 12.11.2010
quinta-feira, 7 de outubro de 2010
Mário Vargas Llosa, Prémio Nobel da Literatura 2010
«pela sua cartografia das estruturas de poder e pelas suas imagens incisivas da resistência, revolta e derrota dos indivíduos» (Academia Sueca, comunicado de atribuição do prémio)
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Centenário da República
[…] Quatro quintas partes do povo português não sabem ler nem escrever, quer dizer: sabem falar incompletissimamente. A palavra escrita é imprescindível para a vida social moderna. Actualmente ela é o instrumento usual mais importante da sociabilidade. Na complexidade da vida de hoje, o homem que não sabe ler e escrever é um homem incompleto, desarmado para a luta do pão quotidiano. É nestas lastimosas condições de inferioridade social que se encontra a maioria da população portuguesa. Incapaz de receber e transmitir ideias e sentimentos, o cérebro da grande massa da sociedade portuguesa, em virtude daquele impiedoso princípio lamarckiano que condena à morte o órgão que não trabalha, definha-se, atrofia-se, lenhifica-se, e a alma portuguesa estagna na tranquilidade morta das águas paludosas. Acrescente-se a esta lenta agonia do espírito nacional a influência corruptora e secular da educação jesuítica, sinistra e deprimente, e a única coisa que espanta verdadeiramente é a pasmosa resistência deste desgraçado povo que tudo tem sofrido e que ainda não sucumbiu totalmente ao peso do seu mau destino. […]
Manuel Laranjeira, "O Pessimismo Nacional", Lisboa, Frenesi, 2009 (publicado em O Norte, 7 de 1908)
http://www.iplb.pt/sites/DGLB/Portugues/noticiasEventos/Paginas/exposicaorepublica2010.aspx
Manuel Laranjeira, "O Pessimismo Nacional", Lisboa, Frenesi, 2009 (publicado em O Norte, 7 de 1908)
http://www.iplb.pt/sites/DGLB/Portugues/noticiasEventos/Paginas/exposicaorepublica2010.aspx
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quarta-feira, 6 de outubro de 2010
A Educação e o ideário da República
Nas literaturas vivem todos os sonhos e aspirações humanas. Todas as experiências de sentimento aí aparecem: a curiosidade nova, o amor, o enternecimento, a audácia.
A alma arrastada para a rigidez e secura das abstracções científicas precisa tomar contacto com a vida real, se sorrisos e lágrimas, de amor e sofrimento, de dedicações e heroísmo. Que monstruoso homem esse que aí passa ruminando fórmulas e esquecendo a vida!
Se dá alegria e facilidade intelectual saber classificar uma planta, quanto mais não vale poder sentir-lhe a beleza, o inebriamento de perfume, adivinhar-lhe o sentido oculto, as palpitações intranhas!
E tudo isto é economicamente inútil, mas tudo isto é moralmente sublime.
A educação deve dar o homem a si mesmo, envolvendo-o de claridade interior; dá-lo à família pelo enternecimento, à humanidade pelo amor, ao Universo pelo deslumbramento e pelo sacrifício. Partindo de si, o homem deve abraçar todo o Universo.
Ser boca onde todas as dores venham cantar; olhos onde todos os sofrimentos venham chorar lágrimas de piedade e ternura universais.
Leornardo Coimbra, "Obras Completas", I, tomo I, Lisboa, INCM, 2004 (publicado em A Águia, Porto, ano I, 1ª série, nº1, 1 de Dezembro de 1910).
http://www.iplb.pt/sites/DGLB/Portugues/noticiasEventos/Paginas/exposicaorepublica2010.aspx
A alma arrastada para a rigidez e secura das abstracções científicas precisa tomar contacto com a vida real, se sorrisos e lágrimas, de amor e sofrimento, de dedicações e heroísmo. Que monstruoso homem esse que aí passa ruminando fórmulas e esquecendo a vida!
Se dá alegria e facilidade intelectual saber classificar uma planta, quanto mais não vale poder sentir-lhe a beleza, o inebriamento de perfume, adivinhar-lhe o sentido oculto, as palpitações intranhas!
E tudo isto é economicamente inútil, mas tudo isto é moralmente sublime.
A educação deve dar o homem a si mesmo, envolvendo-o de claridade interior; dá-lo à família pelo enternecimento, à humanidade pelo amor, ao Universo pelo deslumbramento e pelo sacrifício. Partindo de si, o homem deve abraçar todo o Universo.
Ser boca onde todas as dores venham cantar; olhos onde todos os sofrimentos venham chorar lágrimas de piedade e ternura universais.
Leornardo Coimbra, "Obras Completas", I, tomo I, Lisboa, INCM, 2004 (publicado em A Águia, Porto, ano I, 1ª série, nº1, 1 de Dezembro de 1910).
http://www.iplb.pt/sites/DGLB/Portugues/noticiasEventos/Paginas/exposicaorepublica2010.aspx
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terça-feira, 5 de outubro de 2010
http://www.diarioaveiro.pt/
100 anos da República: Aveiro só festejou o acontecimento no dia 7 de Outubro
Maria da Luz Nolasco apela a uma participação dos aveirenses nas acções que a autarquia vai levar a cabo hoje para celebrar os 100 anos da República
“Vivemos uma outra república, com um outro sentido democrático”, disse Maria da Luz Nolasco, vereadora dos Assuntos Culturais da Câmara Municipal de Aveiro, para quem os 100 anos sobre a implantação da república permitem ter uma “maior consciência do papel” de cada um na sociedade.
O município associa-se às Comemorações do I centenário da Implantação da República, hoje, com a realização da actividade “Aveiro nas Páginas da República” durante todo o dia, na Praça da República. Até final do ano estão previstas outras acções evocativas da efeméride.
Maria da Luz Nolasco apela a uma participação activa dos aveirenses nas várias actividades agendadas para hoje. “Queremos que as pessoas venham para a rua, se trajem à época”, disse a autarca que gostaria de ver, em Aveiro, uma alusão sentida à época da primeira república, onde os ideais republicanos eram mais vincados e genuinamente sentidos pela população.
“Aveiro nas Páginas da República”, um projecto elaborado pelo professor Joaquim Rocha (Jackas), tem como finalidade “trazer à memória dos aveirenses e a todos aqueles que naquele dia visitaram a cidade, excertos do que aconteceu há 100 anos atrás em Aveiro”, refere nota da autarquia.
Meia centena de figurinos
Esta acção envolve a participação de cerca de 30 associações e entidades culturais do concelho de Aveiro, uma adesão que Maria da Luz Nolasco considera “muito positiva” e que envolve mais de meia centenas de figurinos, que procurarão retratar os vários estratos da sociedade portuguesa.
Deste modo, “mergulhados na regular feira que ocorria junto à Capela de S. João (que se encontrava edificada no que hoje conhecemos como Rossio), entre hortaliças, aves, oleiros, ferreiros, batatas, padeiras, circulam ilustres aveirenses entre o povo que buscam incessantemente entre os demais, novas da capital”. Com o intuito de recriar esse momento, será, hoje, apresentada uma feira à moda antiga, onde o povo se concentrará para obter informações sobre a revolução.
Uma vez que, aquando da primeira república, em 1910, a velocidade a que a informação corria era reduzida, Aveiro só festejou o acontecimento no dia 7 de Outubro. Entre muitos actos públicos que surgiram para comemorar o feito, Aveiro hasteou a bandeira nos Paços do Concelho por André dos Reis, aquele que seria nomeado Presidente da Comissão Municipal Administrativa Republicana para Aveiro. Este acto será recriado, hoje, pelas 15.30 horas.
Tal como aconteceu em 1910, a Banda Amizade irá interpretar a Portuguesa após o hastear da Bandeira nos Paços do Concelho, o que ocorrerá por volta das 15.45 horas.
Seguindo algumas das referências que existem sobre a implantação da República e de como se terá manifestado na cidade de Aveiro, os grupos polifónicos do concelho de Aveiro entoarão a “Marselhesa” na sua versão original. Será uma das muitas propostas que a organização tem para as Comemorações do Centenário da República e que ocorrerá a partir dos edifícios contíguos à Praça da República pelas 14.30 horas.
Actividades até final do ano
No âmbito das comemorações do centenário da república, o Museu de Aveiro tem patente, até dia 11 de Outubro, a exposição “Bandeira(s) e Hino(s) Nacional”, uma colecção de bandeiras nacionais do Museu Militar do Porto.
No Museu da Cidade de Aveiro está patente, até dia 31 de Outubro, a exposição “O Museu da Cidade celebra a República – Curiosidades da República”, enquanto que a Biblioteca Municipal de Aveiro dá a conhecer, até 15 de Outubro, a exposição documental “A República e a Imprensa”.
O lançamento do “Roteiro Republicano de Aveiro” da autoria de Flávio Sardo e António Neto Brandão será feito no próximo dia 14 de Outubro, pelas 18.30 horas, no Edifício da Antiga Capitania do Porto de Aveiro, que receberá, ainda, no dia 15 de Outubro, as Jornadas de História Local e Património Documental sobre o centenário da República”.
“A República” é, de resto, tema de um ciclo de palestras que o Museu da Cidade de Aveiro vai receber nos meses de Outubro a Dezembro.l
Programa “Aveiro nas Páginas da República”
n 11 - 17.30 horas - Feira à moda antiga e Exposição Documental no Teatro Aveirense e Escola Secundária Homem Cristo - o Povo concentra-se na Praça para saber informações sobre a Revolução;
n 11 horas – Arruada pelas Fanfarras;
n 14.55 horas – Cantar a “Marselhesa”;
n 15.30 horas - Hastear da Bandeira da República nos Paços do Concelho;
n 15.45 horas – Tocar a “A Portuguesa”;
n 16 horas - Discursos Históricos;
n 16.20 horas - Actuação das Bandas;
n 16.30 horas - Tomada de posse da Comissão Municipal Administrativa;
n 17.30 horas - Cantar da “Portuguesa”
Aveiro contribuiu com grandes valores
n A propósito da celebração dos 100 anos da República, Maria da Luz Nolasco lembrou que, durante este período, Portugal e o mundo viveram momentos de grandes convulsões, entre os quais a I Grande Guerra Mundial, que atirou as pessoas para as trincheiras e lutarem pela liberdade, sem esquecer a fome e a crise financeira dos tempos actuais.
A vereadora dos Assuntos Culturais da autarquia aveirense frisou o papel das mulheres na sociedade e no facto de apenas em 1931 uma portuguesa ter conseguido votar. “As mulheres ainda viviam sob algum preconceito e a sua evolução era muito aquém do desejável”, afirmou Maria da Luz, para quem a República foi importante “para uma mudança de mentalidades”, bem como para a “democratização da educação, com a abertura de escolas públicas”.
A autarca frisa o papel de Aveiro durante a república, com a contribuição de uma “plêiade de pessoas”, um conjunto “de valores da cultura, da arte da política”, de “gente eloquente” que são uma referência para os actuais agentes sociais e que reforçam o “despertar político muito aceso” que sempre existiu em Aveiro e que justificam, no seu entender, um centro de estudos políticos.
Maria da Luz Nolasco apela a uma participação dos aveirenses nas acções que a autarquia vai levar a cabo hoje para celebrar os 100 anos da República
“Vivemos uma outra república, com um outro sentido democrático”, disse Maria da Luz Nolasco, vereadora dos Assuntos Culturais da Câmara Municipal de Aveiro, para quem os 100 anos sobre a implantação da república permitem ter uma “maior consciência do papel” de cada um na sociedade.
O município associa-se às Comemorações do I centenário da Implantação da República, hoje, com a realização da actividade “Aveiro nas Páginas da República” durante todo o dia, na Praça da República. Até final do ano estão previstas outras acções evocativas da efeméride.
Maria da Luz Nolasco apela a uma participação activa dos aveirenses nas várias actividades agendadas para hoje. “Queremos que as pessoas venham para a rua, se trajem à época”, disse a autarca que gostaria de ver, em Aveiro, uma alusão sentida à época da primeira república, onde os ideais republicanos eram mais vincados e genuinamente sentidos pela população.
“Aveiro nas Páginas da República”, um projecto elaborado pelo professor Joaquim Rocha (Jackas), tem como finalidade “trazer à memória dos aveirenses e a todos aqueles que naquele dia visitaram a cidade, excertos do que aconteceu há 100 anos atrás em Aveiro”, refere nota da autarquia.
Meia centena de figurinos
Esta acção envolve a participação de cerca de 30 associações e entidades culturais do concelho de Aveiro, uma adesão que Maria da Luz Nolasco considera “muito positiva” e que envolve mais de meia centenas de figurinos, que procurarão retratar os vários estratos da sociedade portuguesa.
Deste modo, “mergulhados na regular feira que ocorria junto à Capela de S. João (que se encontrava edificada no que hoje conhecemos como Rossio), entre hortaliças, aves, oleiros, ferreiros, batatas, padeiras, circulam ilustres aveirenses entre o povo que buscam incessantemente entre os demais, novas da capital”. Com o intuito de recriar esse momento, será, hoje, apresentada uma feira à moda antiga, onde o povo se concentrará para obter informações sobre a revolução.
Uma vez que, aquando da primeira república, em 1910, a velocidade a que a informação corria era reduzida, Aveiro só festejou o acontecimento no dia 7 de Outubro. Entre muitos actos públicos que surgiram para comemorar o feito, Aveiro hasteou a bandeira nos Paços do Concelho por André dos Reis, aquele que seria nomeado Presidente da Comissão Municipal Administrativa Republicana para Aveiro. Este acto será recriado, hoje, pelas 15.30 horas.
Tal como aconteceu em 1910, a Banda Amizade irá interpretar a Portuguesa após o hastear da Bandeira nos Paços do Concelho, o que ocorrerá por volta das 15.45 horas.
Seguindo algumas das referências que existem sobre a implantação da República e de como se terá manifestado na cidade de Aveiro, os grupos polifónicos do concelho de Aveiro entoarão a “Marselhesa” na sua versão original. Será uma das muitas propostas que a organização tem para as Comemorações do Centenário da República e que ocorrerá a partir dos edifícios contíguos à Praça da República pelas 14.30 horas.
Actividades até final do ano
No âmbito das comemorações do centenário da república, o Museu de Aveiro tem patente, até dia 11 de Outubro, a exposição “Bandeira(s) e Hino(s) Nacional”, uma colecção de bandeiras nacionais do Museu Militar do Porto.
No Museu da Cidade de Aveiro está patente, até dia 31 de Outubro, a exposição “O Museu da Cidade celebra a República – Curiosidades da República”, enquanto que a Biblioteca Municipal de Aveiro dá a conhecer, até 15 de Outubro, a exposição documental “A República e a Imprensa”.
O lançamento do “Roteiro Republicano de Aveiro” da autoria de Flávio Sardo e António Neto Brandão será feito no próximo dia 14 de Outubro, pelas 18.30 horas, no Edifício da Antiga Capitania do Porto de Aveiro, que receberá, ainda, no dia 15 de Outubro, as Jornadas de História Local e Património Documental sobre o centenário da República”.
“A República” é, de resto, tema de um ciclo de palestras que o Museu da Cidade de Aveiro vai receber nos meses de Outubro a Dezembro.l
Programa “Aveiro nas Páginas da República”
n 11 - 17.30 horas - Feira à moda antiga e Exposição Documental no Teatro Aveirense e Escola Secundária Homem Cristo - o Povo concentra-se na Praça para saber informações sobre a Revolução;
n 11 horas – Arruada pelas Fanfarras;
n 14.55 horas – Cantar a “Marselhesa”;
n 15.30 horas - Hastear da Bandeira da República nos Paços do Concelho;
n 15.45 horas – Tocar a “A Portuguesa”;
n 16 horas - Discursos Históricos;
n 16.20 horas - Actuação das Bandas;
n 16.30 horas - Tomada de posse da Comissão Municipal Administrativa;
n 17.30 horas - Cantar da “Portuguesa”
Aveiro contribuiu com grandes valores
n A propósito da celebração dos 100 anos da República, Maria da Luz Nolasco lembrou que, durante este período, Portugal e o mundo viveram momentos de grandes convulsões, entre os quais a I Grande Guerra Mundial, que atirou as pessoas para as trincheiras e lutarem pela liberdade, sem esquecer a fome e a crise financeira dos tempos actuais.
A vereadora dos Assuntos Culturais da autarquia aveirense frisou o papel das mulheres na sociedade e no facto de apenas em 1931 uma portuguesa ter conseguido votar. “As mulheres ainda viviam sob algum preconceito e a sua evolução era muito aquém do desejável”, afirmou Maria da Luz, para quem a República foi importante “para uma mudança de mentalidades”, bem como para a “democratização da educação, com a abertura de escolas públicas”.
A autarca frisa o papel de Aveiro durante a república, com a contribuição de uma “plêiade de pessoas”, um conjunto “de valores da cultura, da arte da política”, de “gente eloquente” que são uma referência para os actuais agentes sociais e que reforçam o “despertar político muito aceso” que sempre existiu em Aveiro e que justificam, no seu entender, um centro de estudos políticos.
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1910 – o ano da República
EXPOSIÇÃO na Biblioteca Nacional, corredor do Auditório | Entrada livre | até 23 Outubro
http://www.bnportugal.pt/index.php?option=com_content&view=article&id=482:exposicao-1910-o-ano-da-republica&catid=144:2010&Itemid=523
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Breve Cronologia da República em Aveiro 1910
6 de Outubro - A implantação da República foi publicamente proclamada em Aveiro; arbitrariamente tomou posse da Câmara o Comité Revolucionário de Aveiro, formado por Alfredo de Lima e Castro, André João dos Reis, Eduardo de Pinho das Neves, Alberto Souto Ratola, José Marques de Almeida, António Fernandes Duarte Silva e Arnaldo Ribeiro, que esteve em exercício até ao dia 10.
8 de Outubro - Toma posse o primeiro governador civil republicano de Aveiro, Albano Coutinho, logo substituído em Dezembro por Henrique Weiss de Oliveira.
9 de Outubro - Efectuou-se o acto de posse da Comissão Municipal Administrativa do Concelho de Aveiro, após a implantação da República, na presença de muitas pessoas, tendo ficado como presidente André João dos Reis
21 de Outubro - Da Igreja de Jesus foi levado para a vizinha igreja paroquial de Nossa Senhora da Glória o Santíssimo Sacramento, sendo lacrados o templo e o mosteiro, encerrados por ordem do Governo da República. Assim terminou definitivamente o ciclo da vida conventual e formativa para que o secular Mosteiro de Jesus havia sido fundado em 16 de Maio de 1461.
25 de Outubro - Saíram do Convento do S. João Evangelista as últimas moradoras, aí recolhidas desde a morte da última religiosa carmelita
30 de Outubro - A Comissão da Freguesia da Vera Cruz, nomeada logo após o advento da República, deliberou demolir a capela de S. João Baptista, no Rossio
2011
11 de Fevereiro - Começou a publicar-se “A Liberdade”, semanário republicano dirigido por Alberto Souto, suspenso em 12 de Fevereiro de 1915
23 de Agosto - Um decreto assinado pelos ministros Afonso Costa e José Relvas determina o seguinte: “1.º – São cedidos à Câmara Municipal do Concelho de Aveiro os edifícios e suas dependências dos extintos conventos de Jesus e das Carmelitas nessa cidade, a fim de neles instalar repartições públicas, escolas, tribunais e quartéis de polícia; 2.º – A parte do convento de Jesus, contígua ao claustro e à igreja, a qual já foi declarada monumento nacional, será destinada à instalação de um museu regional de arte antiga e moderna”.
5 de Outubro - Dirigido por Alberto Fonseca, publicou-se um jornal denominado “Cinco de Outubro”, que teve por lema “Justiça, Liberdade, Igualdade e Fraternidade”.
Fontes:
Rangel de Quadros, “Aveiro – Apontamentos Avulsos”; Arquivo Municipal de Aveiro; Diário do Governo; Governo Civil de Aveiro
http://www.diarioaveiro.pt/
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segunda-feira, 4 de outubro de 2010
Centenário da Implantação da República
NOTÍCIAS DA ÉPOCA
Reportagens e fotos da Revolução Republicana na Revista «Ilustração Portuguesa»
Edição de 10 de Outubro de 1910
http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/IlustracaoPort/1910/N242/N242_master/N242.pdf
Edição de 17 de Outubro de 1910
http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/IlustracaoPort/1910/N243/N243_master/N243.pdf
Reportagem e fotos da Revolução Republicana na Revista «Ocidente»
http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/Ocidente/1910/N1144_1145/N1144_1145_master/N1144_1145.pdf
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O busto da República - Ilda Pulga
Da Agência Lusa, 26 de Janeiro de 2010, retivemos o seguinte:
"O orgulho está patente na forma como um dos descendentes de Ilda Pulga, a “musa” que serviu de modelo para o primeiro busto da República, descreve a sua familiar, que supõe ter sido “uma mulher atrevida” para a época.
“Deverá ter sido uma mulher lindíssima, para o escultor a ir buscar para ser o seu modelo para o busto, o que me leva a pensar também que terá sido uma pessoa muito atrevida” para a época, afirma à agência Lusa Joaquim Pulga.Apesar de não ter conhecido Ilda Pulga, que faleceu em 1993, com 101 anos, o sobrinho bisneto da mulher que posou e inspirou o escultor que concebeu o busto da República encara esse facto como “um afago para o ego”. “Uma pessoa que, aos 18 ou 19 anos, serve de modelo a um escultor para busto da República deve ter evoluído de uma forma diferente do comum dos mortais”, presume, considerando que a sua familiar “terá sido uma mulher com uma vida cultural muito intensa”.
O interesse de Joaquim Pulga pelo assunto “nasceu” em 1993, depois de ler num jornal a notícia da morte da Ilda Pulga. Na altura, desconfiou, porque, segundo diz, “Pulgas em Portugal só há uma família”, que é a sua. “Ao ver no jornal Ilda Pulga, natural de Arraiolos, fui procurar, mas foi muito difícil, porque tinha de entrar nos arquivos da igreja”, conta, lembrando que “só a partir da implantação da República é que os assentos começaram a ser feitos no registo civil”.Joaquim Pulga ficou então a saber que “a senhora foi para Lisboa muito jovem, com os seus 10 a 13 anos”, e que “as fomes daquela altura”, no Alentejo, que “eram muito grandes”, terão motivado a sua mudança para a capital. “Deve ter ido para Lisboa à procura de uma vida melhor".
Busto fica inalterado:
O busto da República foi aprovado oficialmente em 1911 mas a Comissão para as comemorações do centenário desvaloriza qualquer intenção em alterar a escultura, como ocorreu em França. Após a libertação de Paris, em 1944, durante a II Guerra Mundial, a Associação dos Autarcas Franceses decidiu mudar periodicamente o busto de "Mariana", adoptando como modelos artistas de cinema e da música francesas contemporâneas, sendo a manequim e actriz Laetitia Casta o modelo actual da escultura.
Em Portugal, a escultura não sofreu alterações e passado um século da Revolução de 5 de Outubro de 1910 a Comissão para as Comemorações do Centenário não prevê a modernização do símbolo. Também António Arnaut, antigo grão mestre do GOL, considera que alterar o busto da República seria deturpar os símbolos originais da República Portuguesa. "Os símbolos são representações perpétuas da ideia. Mudar o busto seria um absurdo. Uma profanação", disse António Arnaut à Lusa.Foi criada uma bandeira, um hino e um busto. Símbolos que não podem ser alterados sob pena de alterar os valores da República: Liberdade, Igualdade e Fraternidade, herdados da Maçonaria".
A estátua ainda actual é da autoria do escultor Simões de Almeida e está exposta no Museu das Belas Artes. em Lisboa.
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sábado, 2 de outubro de 2010
Centenário da morte de Mark Twain
O centenário da morte de Mark Twain é assinalado em Portugal com mais dois eventos relevantes.
A 8 de Outubro há um colóquio internacional na Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento http://www.flad.pt/?no=3000001576:08102010
Entre 1 e 31 de Outubro, na Biblioteca Nacional, estará patente a exposição «Twain em Portugal» http://www.bnportugal.pt/
A 8 de Outubro há um colóquio internacional na Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento http://www.flad.pt/?no=3000001576:08102010
Entre 1 e 31 de Outubro, na Biblioteca Nacional, estará patente a exposição «Twain em Portugal» http://www.bnportugal.pt/
Etiquetas:
comemorações,
literatura
sexta-feira, 1 de outubro de 2010
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