segunda-feira, 26 de outubro de 2009

APRESENTAÇÃO DA CASA DAS CIÊNCIAS

Portal Gulbenkian para professores. Visite em


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APRESENTAÇÃO DA CASA DAS CIÊNCIAS

PORTO, 26 DE OUTUBRO DE 2009
FACULDADE DE CIÊNCIAS DA UNIVERSIDADE DO PORTO
DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA

Lat 41° 9'7.96"N
Long 8°38'17.43"W


http://www.casadasciencias.org/index.php?option=com_content&view=article&id=130&Itemid=74&menu=1

HOJE É O DIA DAS BIBLIOTECAS ESCOLARES EM PORTUGAL


Lembram-se do nosso post do dia 2?




Já repararam que desde o início do mês a nossa Biblioteca se vestiu com alguns adereços diferentes?
Aqui e ali, esperam-nos muitas surpresas - diversas em formatos, cores, tamanhos, cheiros, texturas, finalidades,... grandes, pequenas, coloridas, mais ou menos brilhantes, aos grupinhos, à unidade, à vista, meio escondidas,...
São dezenas de objectos tão díspares e inesperados quanto a nossa imaginação ditou - espalhados entre os livros, quer dizer, estrategicamente colocados nas estantes, a ilustrar as áreas do conhecimento e do saber, a reforçar visualmente a arrumação pela ordem da CDU.
Quando grande parte da escola está em obras, quem diria que no sossego da Biblioteca continuam a nascer coisas novas?

A razão?

Desde o ano passado que se comemora em Outubro o Mês Internacional das Bibliotecas Escolares por decisão da IASL (Dezembro de 2007).
Este ano as comemorações estão subordinadas ao tema "School Libraries: The Big Picture"
O dia 26 de Outubro será, por excelência, o dia das Bibliotecas Escolares em Portugal.


Mais informações no sítio RBE http://www.rbe.min-edu.pt/np4/616.html

e em IASL http://www.iasl-online.org/events/islm/index.htm

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Astérix, o irredutível gaulês, faz 50 anos

Lançado hoje, com uma tiragem de 2 milhões de exemplares, o novo livro "O Aniversário de Astérix e Obélix - O Livro de Ouro" contém desenhos de Uderzo e textos inéditos de Gosciny.
As comemorações não se esgotam nesta edição. No dia 29, a cidade de Paris será "invadida" por menires evocativas o herói gaulês e inaugurará uma exposição com 3 dezenas de originais da série; para o final do ano está prevista uma emissão filatélica dos correios franceses.
Em Portugal está marcada uma festa na embaixada de França, no próximo dia 29.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

O Porto e as obras do arquitecto José Marques da Silva (1869-1947)


O arquitecto dos edifícios-monumento

Por Sérgio C. Andrade, 18 de Outubro
http://jornal.publico.clix.pt/noticia/18-10-2009/o-arquitecto-dos-edificiosmonumento-18018663.htm


Teve tanta importância na configuração urbana do Porto no início do séc. XX como Nasoni no séc. XVIII. Viagem à arquitectura do autor da Estação de S. Bento, guiada por André Tavares



Se há um arquitecto que modelou a face do Porto no início do século passado, em particular a Baixa e as zonas de expansão da cidade após o rasgar da Avenida dos Aliados, ele é José Marques da Silva (1869-1947). Associamos a sua assinatura ao desenho da Estação de S. Bento e do Teatro São João, das sedes da seguradora A Nacional e do banco Pinto Leite, nos Aliados, dos edifícios dos Armazéns Nascimento e Conde de Vizela, entre as ruas de Santa Catarina e das Carmelitas. Mas menos conhecido é que lhe coube também projectar os liceus Alexandre Herculano e Rodrigues de Freitas, o bairro operárioO Comércio do Porto, na Constituição, e a Casa de Serralves ou, menos ainda, monumentos, igrejas e jazigos de famílias nos cemitérios da Lapa e de Agramonte.

O arquitecto e professor André Tavares compara a importância da obra de Marques da Silva no Porto nesta época com a que Nicolau Nasoni fez no período barroco. "Ele foi o protagonista da transformação da cidade, ao lado de Correia da Silva (1880-?), o arquitecto do Mercado do Bolhão e dos novos Paços do Concelho), e de Oliveira Ferreira (1884-1957), autor do edifício dos Fenianos do Porto e dos Paços do Concelho de Vila Nova de Gaia, por exemplo)", diz. E acrescenta que a intervenção de Marques da Silva na cidade vai bastante além das dezenas de obras que aqui projectou, prolongando-se também na arquitectura de muitos dos seus alunos na Escola de Belas-Artes (de que foi inclusivamente director em dois períodos, entre 1913-1929).

André Tavares, autor do livro Os Fantasmas de Serralves(Dafne Editora, 2007), é o responsável pelos conteúdos do mapa que a Secção Regional do Norte da Ordem dos Arquitectos (OA/SRN), a Fundação Marques da Silva e a Câmara Municipal do Porto acabam de lançar dedicado a José Marques da Silva, que está a ser divulgado com um programa de visitas guiadas que começou ontem (ver caixa).

O roteiro identifica 24 edifícios dentro do perímetro da cidade, mas a relevância da arquitectura de Marques da Silva não se esgota no Porto. "Seria preciso acrescentar-lhe, entre outros, os principais projectos de Guimarães - o mercado municipal (actualmente em risco de demolição), o edifício da Sociedade Martins Sarmento e a Igreja da Penha - para termos uma ideia mais completa sobre a sua obra", diz André Tavares.

José Marques da Silva nasceu no Porto e diplomou-se na Academia das Belas-Artes, ente 1882-89. Neste ano, vai para Paris frequentar a École National des Beaux-Arts, onde é aluno do mestre Victor Laloux (1850-1937) e onde, em 1896, conquista o ambicionado DPLG (um arquitecto "diplômé par le gouvernement" pode exercer profissionalmente a profissão, sem ter de passar pelo crivo das ordens profissionais).

Tradição e racionalismo

Na capital francesa, Marques da Silva absorve "uma cultura académica que alia os valores da tradição clássica com o racionalismo e esquemas de compromisso funcional mais adaptados à mecânica da vida moderna", escreve André Tavares na apresentação do mapa. Tratou-se, afinal, do aperfeiçoamento da formação que levava da escola do Porto, que bebia já da mesma tradição francófona.

No regresso à cidade natal, Marques da Silva vai logo poder aplicar o seu projecto de fim de curso na construção da Estação de S. Bento, para acolher o comboio que então acabava de chegar ao Porto. Com o tempo e o seu trabalho continuado, torna-se num dos arquitectos mais influentes, tanto junto do poder municipal como dos empresários (na altura dizia-se "capitalistas") e famílias que a ele recorrem para o projecto das suas casas e edifícios-sede.

André Tavares assinala "o papel muito interveniente" que Marques da Silva desempenhou na discussão técnica do projecto para a Avenida dos Aliados entregue ao arquitecto e urbanista inglês Richard Barry Parker (1867-1947), ligado ao movimento Arts and Crafts, e com o qual a Câmara queria afirmar o Porto como "a" cidade de serviços da Região Norte. "É interessante ver, nessa altura, a associação da racionalidade de construção promovida pelo arquitecto inglês, desenhar a partir da ideia muito óbvia das três janelas em grandes fachadas de vidro sobre uma estrutura toda muito homogénea, como vemos na Rua do Almada, por exemplo, com a intervenção de Marques da Silva e a sua cultura francesa, o seu gosto mais decorativo, com fachadas monumentais de pedra muito trabalhadas e requintadas". Uma influência que iria fazer mais doutrina na configuração futura da Avenida dos Aliados, como depois se pôde ver com edifícios como o do jornal O Comércio do Porto, de Rogério de Azevedo.




As obras de José Marques da Silva

Estação de S. Bento, Praça de Almeida Garrett, 1896-1916

A Estação de S. Bento é a adaptação ao Porto do projecto de fim de curso que Marques da Silva desenhou na Escola de Belas-Artes de Paris, e que expôs depois na Câmara do Porto, logo que regressou. "Ele sabia que o comboio estava a chegar ao Porto e fez o seu projecto à medida das necessidades de uma estação para a cidade", diz André Tavares. No edifício, é visível a influência do mestre de Marques da Silva, Victor Laloux (autor do Quai d"Orsay, em Paris, uma estação ferroviária que é agora um museu). Mas "S. Bento é mais um edifício urbano do que apenas um salão para receber comboios e passageiros", nota Tavares, realçando a importância que a estação, pela sua monumentalidade, tem nesta zona da cidade.

Bairro O Comércio do Porto, R. Constituição/Serpa Pinto, 1899

Para quem conhece as obras mais monumentais de Marques da Silva, não deixa de ser surpreendente ver que ele também abordou o problema da habitação, e também desenhou bairros operários. Um exemplo, que ainda sobrevive mantendo a estrutura original essencial, é o conjunto de pequenas casas implantadas em três ruas na zona da Constituição, numa iniciativa do jornal O Comércio do Porto. A tipologia base é a de quatro habitações geminadas num só volume de quatro frentes, com dois pisos, e rodeado por pequenos jardins, que conseguem "o máximo aproveitamento do espaço e a máxima contenção de custos". O plano original incluiu 14 fogos, que foram construídos entre 1899 e 1904.

Teatro de São João, Praça da Batalha, 1909

É, depois de S. Bento, o outro edifício-monumento com que Marques da Silva marcou a Baixa. O arquitecto aproveitou as fundações e parte dos escombros do anterior teatro, que ardera em 1908. "Nota-se bem a ideia de usar uma "peça de arquitectura" para organizar a irregularidade urbana da Praça da Batalha. O teatro dá-lhe coerência", diz André Tavares. E chama a atenção para os elementos decorativos da fachada e para a solução das portas e das janelas do primeiro piso, com amplos arcos em vidro a emoldurar as janelas instaladas dentro deles. No interior, segue o desenho clássico do teatro à italiana, com a organização dos espaços - os átrios, as escadas e o salão nobre - à francesa, seguindo o modelo da Ópera de Paris.

Casa-atelier, Praça do Marquês de Pombal, 1909

Construída num terreno ao lado da casa do seu sogro José Lopes Martins, a casa de Marques da Silva mistura criteriosamente as funções de residência e de atelier, tendo o cuidado de, ao mesmo tempo, as separar e fazer comunicar. A fachada para o Marquês mostra "o entusiasmo decorativo", bebido na estética do românico, com que o arquitecto sempre pontuava as obras. A sala de estar denota o mesmo cuidado decorativo, tanto na projecção da sua bow window como nas formas do fogão de sala ou na escada. O arquitecto fez também intervenções importantes na casa do sogro. Actualmente, ambas as propriedades pertencem à Fundação Instituto Marques da Silva, estando a ser objecto de restauro.

Escola Alexandre Herculano, Avenida de Camilo, 1914-1931

Tanto esta escola como a Rodrigues de Freitas (1918-1932) são obras com que Marques da Silva se envolveu no plano de expansão da cidade e de gestão do crescimento urbano. Qualquer delas tem uma relação estreita com o lugar: a Avenida Camilo, no caso da Alexandre Herculano; a Praça Pedro Nunes, na segunda. Trata-se de dois liceus da República, que respondem ao ideário de instrução do povo, e, arquitectonicamente, seguem "a lógica funcional pragmática" que estava em voga na Europa, diz André Tavares. São edifícios com grande amplitude espacial na disposição ortogonal dos diferentes volumes funcionais. E estão ambos marcados por uma decoração reduzida ao elementar, mas muito eficaz.

Seguros A Nacional, Avenida dos Aliados, 1919

A Avenida dos Aliados, aberta na segunda década do século após a demolição da antiga câmara, é demarcada a sul por dois edifícios monumentais encimados por duas torres-escultura. São ambos de Marques da Silva, que assim deixou também a sua assinatura na "sala de visitas" da cidade. O do lado esquerdo é a sede de uma seguradora, e é marcado por uma pujante docoração Beaux-Arts. São dois edifícios que aproveitam as virtualidades da nova tecnologia construtiva do betão armado que permitia apostar nesta filigrana decorativa. O interior também é muito cuidado, e este contém ainda um hall-galeria comercial (cafetaria, barbearia...) que fazia o espaço urbano entrar pelo edifício dentro. É "a arquitectura como obra total", diz André Tavares.

Jazigo de José Lopes Martins, Cemitério da Lapa, 1921

A arquitectura religiosa e funerária foi também cultivada por Marques da Silva, que desenhou as igrejas de S. Torcato e da Penha, em Guimarães. Paralelamente, sempre se interessou pela arquitectura funerária. Em Paris visitou certamente os cemitérios, e em particular o de Père Lachaise, de onde, diz o especialista na sua obra, António Cardoso, trouxe a inspiração "para capelas de inumação ostentatória e gosto românico". Uma dessas capelas é a estrutura central do jazigo que fez para o seu sogro, na Lapa, e que se completa com uma sepultura do outro lado do passeio, criando um território onde cabem ainda dois bancos de pedra. "É trazer a lógica urbana da cidade dos vivos para a cidade dos mortos", diz Tavares.

Casa de Serralves, Rua de Serralves, 1925-1943

É uma das últimas obras a que Marques da Silva tem o nome ligado, já que só no início dos anos 40 é que foi terminada a Casa de Serralves, para a qual o arquitecto fizera, a pedido do proprietário, o Conde de Vizela, um primeiro projecto de ampliação da velha moradia da família. Sabe-se agora que Serralves resultou da contribuição de múltiplos arquitectos e decoradores franceses, de Jacques Émile Ruhlmann a Charles Siclis, Jacques Gréber e Alfred Porteneuve. Mas Marques da Silva, que era uma espécie de "arquitecto de família", acompanhou a obra até ao fim, sendo, de algum modo, o responsável pela síntese coerente com ar de "modernismo temperado", diz André Tavares.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

RAUL SOLNADO

Raul Augusto Almeida Solnado (Lisboa, 19 de Outubro de 1929 — Lisboa, 8 de Agosto de 2009) foi um grande humorista, apresentador de televisão e actor português.
Aqui lhe prestamos merecida homenagem no dia em que faria 80 anos.

domingo, 18 de outubro de 2009

50 ANOS de "TELEJORNAL"

O "Telejornal", em emissões diárias e regulares, faz hoje meio século!
Os cinquenta anos do principal noticiário televisivo da estação pública portuguesa servem de pretexto para a inauguração do Museu do Telejornal, nas instalações da RTP, em Lisboa.
A RTP vai ter Portas Abertas a partir de 25 de Outubro para oferecer aos seus visitantes uma experiência única!
No âmbito das comemorações do 50º Aniversário do Telejornal, a RTP vai proporcionar uma visita às suas instalações, com diversos pontos de atracção.

O que pode visitar? http://ww1.rtp.pt/icmblogs/rtp/novidades/?k=RTP-Portas-Abertas-50-Anos-Telejornal.rtp&post=15491

- Estúdios de Informação: Aqui poderá conhecer os bastidores do Telejornal que diariamente chega à sua casa. Este é o maior e melhor equipado estúdio da Europa, funciona como open space, o que permite que aconteçam vários programas ao mesmo tempo.

- Colecção Museológica: Recentemente inaugurada a Colecção Museológica RTP, permitir-lhe-á desfrutar de um fantástica visita no tempo onde poderá apreciar as mais belas peças da história da RTP, segundo uma lógica cronológica, mostrando equipamentos de gravação, recepção e transmissão.

- Documentário: Preparámos para si um pequeno filme sobre a história do Telejornal e da RTP. Uma viagem feita de recordações, histórias e emoções.

- Primeiro Carro Exteriores RTP: Chegou em 1957 a Lisboa, magnífico, recheado da sofisticada tecnologia da época e constituindo um verdadeiro estúdio móvel, foi o primeiro veículo deste género em Portugal.

- Carro Exteriores Digital: Este veículo permite efectuar a cobertura de grandes eventos em território nacional e internacional. Esta unidade móvel permite albergar até 30 canais de câmara de Alta-Definição, sendo um dos maiores e mais avançados Carros de Exteriores existentes na Europa e no Mundo.


Local:
Sede da RTP
Avenida Marechal Gomes da Costa, 37
1849-030 LISBOA
Entrada gratuita

Na mesma semana a delegação da RTP Porto comemora, igualmente, 50 anos.

PRÉMIO JOSÉ SARAMAGO 2009 - JOÃO TORDO É O VENCEDOR

João Tordo, um jovem escritor de 34 anos, venceu o Prémio José Saramago 2009, que a partir do próximo ano será atribuído também em Espanha, de forma bianual.
Trata-se de umgalardão instituído pela Fundação Círculo de Leitores com o apoio do Instituto Português do Livro e das Bibliotecas.

As edições anteriores do prémio contemplaram Paulo José Miranda (1999 - "Natureza Morta"), José Luís Peixoto (2001 - "Nenhum Olhar"), Adriana Lisboa (2003 - "Sinfonia em Branco"), Gonçalo M. Tavares (2005 - "Jerusalém") e Valter Hugo Mãe (2007 - "O remorso de Baltasar Serapião").

‘As Três Vidas’, romance do filho do cantor Fernando Tordo e de Isabel Branco, foi elogiado por Saramago, que criticou a "americanização" da língua portuguesa, apelando à defesa do nosso idioma. "Gostei do livro. Temos de defender e cultivar a nossa língua. A escrita tem de ser composta por 70% de linguagem, da mesma forma que o nosso corpo é composto por 70% de água", disse o Nobel da Literatura, no Museu Municipal de Penafiel, cidade que acolhe o Festival Escritaria, este ano dedicado a Saramago.

O jovem, que concorda plenamente com a receita de Saramago, explicou que a partir de agora sente mais responsabilidade enquanto escritor. "É um prémio que tem mais a ver com o futuro do que com o passado. Tem a ver com o que falta fazer. Saramago é um prémio ao qual temos de fazer jus", disse o premiado.

‘As Três Tidas’ é um romance que passa durante trinta anos, no Alentejo, em Lisboa e Nova Iorque. Leva o leitor a desvendar os mistérios que rodeiam a vida de um velho senhor, dono de um casarão de província.
nas palavras do autor, "(...) é um livro que pode ser lido por todos, desde os 17 aos 77 anos, que tem a ver com o mistério, a aventura, o policial, com momentos de tensão e também momentos de introspecção".


Algumas declarações do júri
IN http://www.josesaramago.org/noticias/noticiasDetalle.php?i=280

Das declarações do júri:

"O autor tem verdadeiras qualidades de ficcionista, sendo especialmente hábil na montagem das sequências narrativas e na caracterização de algumas personagens."

Vasco Graça Moura

"Trava-se, ao longo da narrativa, o contínuo questionamento de uma moral à qual o narrador estivera familiarmente cingido. E tece um discurso dolorido em que ele, perpétua primeira pessoa, ao mergulhar em uma série de acertos malignos, imerge em um desespero irrenunciável."

Nelida Piñón

"Romance assumidamente influenciado pela atmosfera melvilleana de Moby Dick, veicula uma poética fundamental na intertextualidade, espécie de jogo que o autor estabelece com o leitor, com a sua memória cultural e literária."

Maria Nazaré Gomes dos Santos

"Em cada mínomo ponto da estratégia narrativa se reflecte o essencial da complexa estruturação do romance (em abismo). Viver em cima de Três Vidas experimentam as personagens Camila, MP eos secretários, mas também cada um dos múltiplos participantes, como Ustinov ou o Dr. Watson."

Maria de Santa Cruz

"Este é, pois, um romance que cumpre as regras, relacionando os espaços e os tempos com o claro domínio da história que nunca se fecha de forma definitiva permitindo ao leitor uma infinidade de leituras."

Ana Paula Tavares

"Este é, por isso, um romance com a indesmentível força da clássica narrativa fechada, embora expansivamente aberta à representação multifacetada da experiência humana."

Manuel Frias Martins

"Temos escritor."

Pilar del Río




Biografia de João Tordo:

Escritor e jornalista português nascido em 1975, em Lisboa. Formou-se em Filosofia na Universidade Nova de Lisboa e, de seguida, optou por estudar jornalismo em Londres, Inglaterra. João Tordo viveu na capital inglesa durante três anos, entre 1999 e 2002, e durante este período escreveu artigos para publicações como o semanário O Independente e as revistas Ícon e Notícias Magazine, assim como para a BBC World Service. Entretanto, começou a produzir textos literários e em 2001 foi o vencedor do prémio de Jovens Criadores do Instituto Português da Juventude. Em 2002, após deixar Londres, João Tordo mudou-se para os Estados Unidos da América e em Nova Iorque participou em workshops de Escrita Criativa do City College. Regressou então a Lisboa para trabalhar como jornalista freelancer, nomeadamente para as revistas Sábado e Elle e para o semanário Expressoe o JL. Em finais de 2004 lançou o seu romance de estreia, "O Livro dos Homens Sem Luz", uma história de mistério cuja acção decorre em Londres e que é inspirada em autores como Edgar Allan Poe e nos ambientes dos contos góticos. "Hotel Memória" é outro romance seu, publicado em 2007.


quinta-feira, 15 de outubro de 2009

PRÉMIOS LITERÁRIOS


O romance "Myra", de Maria Velho da Costa (edição da Assírio & Alvim), foi o escolhido pelo júri do PEN clube para o Prémio de Ficção.

O Prémio Fernando Namora, atribuído pelo Estoril Sol, teve como vencedor o escritor Mário de Carvalho, com o romance "A Sala Magenta" (Caminho).

João Paulo Borges Coelho foi o vencedor da segunda edição do Prémio Leya 2009, com o romance "Os Olhos de Hertzog".

terça-feira, 13 de outubro de 2009

A CIDADE DEPOIS...

É um título de um livro de Pedro Paixão, escrito após o 11 de Setembro e constituído por 13 textos e um poema de Walt Whitman. Adequando-se a leitura pelos alunos do ensino secundário, o livro é recomendado pelo ME para o 10º ano. Uma vez que a obra se encontra esgotada, o autor passou a disponibilizá-la, via web, gratuitamente. Aqui:


http://www.pedropaixao.net/ACidadeDepois/PedroPaixao-ACidadeDepois.pdf.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Festival "A Língua Toda" - em Aveiro, de 16 a 19 de Outubro.



A Associação Oficinas Sem Mestre (OSM) une-se à Editora Alma Azul para celebrar, de 16 a 19 de Outubro em Aveiro, no festival comemorativo A LÍNGUA TODA, os 10 anos de existência da editora dedicados à literatura, à celebração dos seus autores e seus públicos, contribuindo para a facilitação do acesso de uns às palavras pensantes de outros.

Eu quero ler. E tu? Este é o lema-convite da Alma Azul que deu o mote para o programa poético criado pela OSM.
Haverá diálogos improvisados ao vivo entre palavra dita e música (16 Outubro, 22h30, no Performas), conversas e debate sobre a Identidade Cultural Portuguesa, partindo de Eça de Queiroz e Eduardo Lourenço (17 de Outubro, 18h, na Binibag-guesthouse), projecção de filmes sobre Alberto Pimenta e Antero de Quental, com a presença dos seus realizadores (17 de Outubro, com Edgar Pêra e 19 de Outubro, com José Medeiros, às 22h na sala estúdio do Teatro Aveirense); um Workshop de Escrita Criativa com crianças (18 Outubro, 11h30, na Binibag-GuestHouse) e uma Oficina de Leitura da obra de Fernando Pessoa (18 de Outubro, 18h Mercado Negro) a que se segue uma tertúlia com a psicóloga Joana Amaral Dias e Elsa Ligeiro (Alma Azul), seguida de um jantar para alimentar a continuação das conversas.
Ao longo do fim-de-semana haverá também festas com DJ´s no Lobbie bar (17 Outubro, 24h) e Mercado Negro (18 Outubro, 22h) e poemas para todos, disponíveis na Pizzarte, Clandestino, Lobbie bar, Performas e Mercado Negro.

A Associação Oficinas Sem Mestre, sediada em Aveiro, é uma associação sem fins lucrativos que promove a reflexão pluridisciplinar sobre temas da Saúde Mental, actuando pela criação de actividades e eventos que contribuam para o desenvolvimento de sinergias na comunidade.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Prémio Nobel da Literatura 2009.



«Há roseiras em volta do monumento aos combatentes. Transformaram-se num matagal. Tão emaranhadas que asfixiam as ervas.Dão rosas brancas, pequenas e amarrotadas como papel. Rumoreja. Começa a amanhecer. Em breve será dia.
Todas as manhãs, no seu caminho solitário em direcção à azenha, Windisch regista o dia que começa.»
(In “O Homem é um Grande Faisão sobre a Terra”).

Escritora alemã, Herta Müller, oriunda de uma minoria suábia na Roménia, nasceu em 1953 na aldeia de Nitzkydorf, que hoje já se declarou em festa; estudou alemão e literatura romena na sua terra natal e trabalhou depois como tradutora numa fábrica de Timisoara; foi perseguida antes de ser demitida das suas funções, em 1979, por se ter recusado a colaborar com a polícia política de Nicolae Ceaucescu. Vive em Berlim desde 1987.

Segundo a Academia Sueca, a autora tem "uma escrita com a densidade da poesia e a franqueza da prosa, onde se retrata o universo dos desapossados".
Müller está publicada em Portugal com “O Homem é um Grande Faisão sobre a Terra”, editado pela Cotovia, e “A Terra das Ameixas Verdes”, editado pela Difel.

"Quem ganhou não fui eu, foram os livros, e não a minha pessoa, e julgo que é a melhor forma de lidar com a situação" - garantiu Herta Müller ao falar num conferência de imprensa sobre a distinção que hoje lhe foi atribuída.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Semana Nobel

Os vencedores do Nobel de Química de 2009 foram revelados nesta quarta-feira. Venkatraman Ramakrishnan, Thomas A. Steitz e Ada E. Yonath ganharam o prémio por pesquisas sobre a estrutura e a função do ribossoma.


Na terça-feira, dividiram o Nobel da Física, o chinês Charles Kuen Kao, que pesquisa a transmissão da luz através de fibras para fins de comunicação óptica, o canadiano Willard Sterling Boyle, e o americano George Elwood Smith, inventores de um circuito semicondutor para imagens .


Já o Nobel da Medicina, divulgado na última segunda-feira, foi para Elizabeth H. Blackburn, Carol W. Greider e Jack W. Szostak, pela descoberta dos mecanismos de protecção dos cromossomas por meio dos telómeros.


O Nobel da Paz será atribuído nesta sexta-feira, em Oslo, na Noruega.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

OUTUBRO - Mês das Bibliotecas Escolares


Já repararam que desde o início do mês a nossa Biblioteca se vestiu com alguns adereços diferentes?
Aqui e ali, esperam-nos muitas surpresas - diversas em formatos, cores, tamanhos, cheiros, texturas, finalidades,... grandes, pequenas, coloridas, mais ou menos brilhantes, aos grupinhos, à unidade, à vista, meio escondidas,...
São dezenas de objectos tão díspares e inesperados quanto a nossa imaginação ditou - espalhados entre os livros, quer dizer, estrategicamente colocados nas estantes, a ilustrar as áreas do conhecimento e do saber, a reforçar visualmente a arrumação pela ordem da CDU.
Quando grande parte da escola está em obras, quem diria que no sossego da Biblioteca continuam a nascer encantos e curiosidades que se oferecem à descoberta de novas leituras?

A razão?

Desde o ano passado que se comemora em Outubro o Mês Internacional das Bibliotecas Escolares por decisão da IASL (Dezembro de 2007).
Este ano as comemorações estão subordinadas ao tema "School Libraries: The Big Picture"
O dia 26 de Outubro será, por excelência, o dia das Bibliotecas Escolares em Portugal.


Mais informações no sítio RBE http://www.rbe.min-edu.pt/np4/616.html

e em IASL http://www.iasl-online.org/events/islm/index.htm

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

«Ler - Para Quê? Ler - Porquê?»



“O livro deve ser um instrumento de mudança de velocidade. Deve mudar a velocidade do leitor, travá-la ou aumentá-la. Vou ler um livro: vou mudar de velocidade. Ou não: não estou contente, nem com a minha velocidade, nem com a velocidade do mundo, vou pois ler um livro.”
(Gonçalo M. Tavares, “Ípsilon”, jornal “Público”, 18/Abril/2008)

Afirma-se com frequência que os jovens não gostam de ler, substituindo um livro por um programa de televisão, por exemplo.
Ao depararmo-nos com este grave problema, nós, os leitores, temos obrigação de dizer aos não-leitores o porquê de se ler e para quê ler um livro.
Em primeiro lugar, um livro não é apenas um pequeno ou grande maço de folhas escritas com histórias inúteis e cansativas; um livro é um passaporte para um mundo de fantasia onde se vive o real e o irreal, onde se percebe o inexplicável. E o melhor é que cada livro é um passaporte para um mundo de fantasia diferente.
Só por isso, um livro já deve ser lido, para despertar em cada uma das viagens o sentido aventureiro de cada leitor, a procura de universos e realidades diferentes do nosso quotidiano, o conhecer de novos sentimentos e mesmo a compreensão de muitos outros que nunca tínhamos entendido.
Mais razões? Sim mais ainda… Para quê ler? Para brincar com as palavras, para sorrir com cada episódio, para sonhar com o desconhecido, para conhecer o passado e descobrir o futuro, para misturar todas as sensações…
E porquê? Porquê ler? Porque temos necessidade de experimentar sentimentos e sensações, de sentir a felicidade e a dor, de sorrir e chorar e, principalmente, temos necessidade de correr em busca do desconhecido de cada viagem que nos é proporcionada por cada leitura.


Teresa Nunes, nº13, 11ºH
Escola Secundária José Estêvão, 17 de Setembro de 2009