O céu 'strela o azul e tem grandeza.
Este, que teve a fama e à glória tem,
Imperador da língua portuguesa,
Foi-nos um céu também.
No imenso espaço seu de meditar,
Constelado de forma e de visão,
Surge, prenúncio claro do luar,
El-Rei D. Sebastião.
Mas não, não é luar: é luz do etéreo.
É um dia, e, no céu amplo de desejo,
A madrugada irreal do Quinto Império
Doira as margens do Tejo.
(Fernando Pessoa. "Mensagem") ____________________________________________________________________
Completam-se hoje 400 anos sobre a data em que nasceu um dos maiores prosadores lusófonos de sempre.
Chamou-se António Vieira, foi padre jesuíta, orador, um combatente feroz por causas que nem sempre venceu: funções de estratega político e diplomáticas, difíceis e frequentemente falhadas, luta intransigente em favor dos mais desprotegidos, cristãos-novos, judeus, índios e escravos; contra a Inquisição, que o perseguiu e teve preso. Simultaneamente atento ao seu tempo e profeta de um 5ºImpério, angariou amigos e inimigos.
Viajante incansável, nasceu em Lisboa há 400 anos e morreu em Salvador da Bahia em de Junho de 1697.
Ver mais em
http://www.anovieirino.com/
http://www.publico.clix.pt/ (caderno P2)
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