O GOSTO
Gosto do risco que correm os que acreditam na construção de coisas belas. Gosto do tempo que dedicam à procura da subtileza e da melodia das palavras simples, palavras que estão na boca de todos, mas que, quando reveladas pelas suas, parecem afetar-nos mais gravemente. Gosto do gosto luso pelas palavras, suas histórias sobre o amor, a perda e a saudade. Gosto de verbos redondos; gosto de formas, estilos. Sotaques, erros, hesitações. Gosto da certeza frágil e da certeza exata.
Kalaf Angelo, “Estórias de Amor para Meninos de Cor”, p. 36-37
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