quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008
Pausa?
quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008
Dia 21 de Fevereiro: Dia Internacional da Língua Materna
A organização está plenamente ciente da importância crucial das línguas face aos muitos desafios que a humanidade terá de enfrentar nas próximas décadas.
As línguas são, de facto, essenciais para a identidade dos grupos e indivíduos e para a sua coexistência pacífica. Constituem factor estratégico de progresso em direcção ao desenvolvimento sustentável e a uma relação harmoniosa entre os contextos global e local.
São da maior importância para atingir os seis objectivos da Educação para Todos (EFA) e os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio (ODMs) acordados no âmbito das Nações Unidas em 2000.
Como factores de integração social, as línguas desempenham, efectivamente, um papel estratégico na erradicação da pobreza extrema e da fome (ODM 1); como suportes da literacia, aprendizagem e competências para a vida, são essenciais para alcançar a educação primária universal (ODM 2); o combate contra o HIV/SIDA, a malária e outras doenças (ODM 6) deve ser travado nas línguas das populações alvo para surtir efeito; e a salvaguarda do conhecimento e saber-fazer autóctones, tendo em vista assegurar a sustentabilidade ambiental (ODM 7), está intimamente ligado com as línguas locais e autóctones.
Além disso, a diversidade cultural relaciona-se intimamente com a diversidade linguística, como indicado na Declaração Universal sobre a Diversidade Cultural da UNESCO e plano de acção (2001), na Convenção para a Salvaguarda do Património Cultural Imaterial (2003) e na Convenção para a Protecção e a Promoção da Diversidade das Expressões Culturais (2005).
Todavia, no espaço de poucas gerações, mais de 50% das 7,000 línguas faladas no mundo podem desaparecer. Menos de um quarto dessas línguas são normalmente usadas na escola e no ciberespaço, e a maioria apenas é utilizada esporadicamente. Milhares de línguas – apesar de dominadas pelas populações, que as utilizam como meio diário de expressão – estão ausentes dos sistemas de educação, da comunicação social, das publicações e do domínio público em geral.
Temos de agir agora, urgentemente. Como? Encorajando e desenvolvendo políticas linguísticas the permitam a cada comunidade utilizar a sua primeira língua, ou língua materna, o mais ampla e frequentemente possível, incluindo na educação, dominando simultaneamente uma língua nacional ou regional e uma língua internacional. Encorajando também os detentores de uma língua dominante a falar outra língua nacional ou regional e uma ou duas línguas internacionais. Só se o multilinguismo for totalmente aceite poderão as línguas encontrar o seu lugar num mundo globalizado.
Por conseguinte, a UNESCO convida os governos, as organizações das Nações Unidas, a sociedade civil, as instituições educativas, as associações profissionais e todos os outros actores envolvidos a incrementarem as suas actividades para fomentar o respeito e promover e proteger todas as línguas, especialmente as línguas em perigo, em todos os contextos individuais e colectivos.
Seja através de iniciativas nas áreas da educação, ciberespaço ou ambiente letrado; seja através de projectos para salvaguardar as línguas em perigo ou para promover as línguas como um instrumento de integração social; ou para explorar a relação entre línguas e economia, línguas e conhecimento autóctone ou línguas e criação, é importante que a ideia de que “as línguas são importantes!” seja promovida por toda a parte. A data de 21 de Fevereiro de 2008, que corresponde ao nono Dia Internacional Língua Materna, terá um significado especial e proporcionará uma data limite especialmente apropriada para a apresentação de iniciativas destinadas a promover as línguas.
O nosso objectivo comum é assegurar que a importância da diversidade linguística e do multilinguismo nos sistemas educativo, administrativo e legal, expressões culturais e comunicação social, ciberespaço e comércio, seja reconhecida a nível nacional, regional e internacional.
O Ano Internacional das Línguas de 2008 constituirá uma oportunidade única para realizar progressos decisivos para alcançar estes objectivos.
Koïchiro Matsuura
05-11-2007
segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008
CIÊNCIA HOJE
Ler entrevista em http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=25157&op=all
quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008
Sessão de escrita criativa
Instante raro de contacto com a criação poética, os alunos sentiram a emoção criativa e descobriram que, afinal, todos tinham um pouco de poeta.
quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008
No passado 13 de Fevereiro de 1965
HUMBERTO DELGADO É ASSASSINADO PERTO DE BADAJÓS
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S.C.A. - 13.02.2008 -´"Público", caderno P2
sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008
62 ESCRITORES, 11 PAÍSES
quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008
2008 - Ano Vieirino
«Arranca o estatuário uma pedra destas montanhas, tosca, bruta, dura, informe; e depois que desbastou o mais grosso, toma o maço e o cinzel na mão e começa a formar um homem: primeiro, membro a membro e, depois, feição por feição, até à mais miúda. Ondeia-lhe os cabelos, alisa-lhe a testa, rasga-lhe os olhos, afila-lhe o nariz, abre-lhe a boca, torneia-lhe o pescoço, estende-lhe os braços, espalma-lhe as mãos, divide-lhe os dedos, lança-lhe os vestidos. Aqui desprega, ali arruga, acolá recama. E fica um homem perfeito, e talvez um santo que se pode pôr no altar. »
Padre António Vieira, pregando em defesa dos índios brasileiros - in "Sermão do Espírito Santo"
quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008
2008, ANO VIEIRIANO
O céu 'strela o azul e tem grandeza.
Este, que teve a fama e à glória tem,
Imperador da língua portuguesa,
Foi-nos um céu também.
No imenso espaço seu de meditar,
Constelado de forma e de visão,
Surge, prenúncio claro do luar,
El-Rei D. Sebastião.
Mas não, não é luar: é luz do etéreo.
É um dia, e, no céu amplo de desejo,
A madrugada irreal do Quinto Império
Doira as margens do Tejo.
(Fernando Pessoa. "Mensagem") ____________________________________________________________________
Completam-se hoje 400 anos sobre a data em que nasceu um dos maiores prosadores lusófonos de sempre.
Chamou-se António Vieira, foi padre jesuíta, orador, um combatente feroz por causas que nem sempre venceu: funções de estratega político e diplomáticas, difíceis e frequentemente falhadas, luta intransigente em favor dos mais desprotegidos, cristãos-novos, judeus, índios e escravos; contra a Inquisição, que o perseguiu e teve preso. Simultaneamente atento ao seu tempo e profeta de um 5ºImpério, angariou amigos e inimigos.
Viajante incansável, nasceu em Lisboa há 400 anos e morreu em Salvador da Bahia em de Junho de 1697.
Ver mais em
http://www.anovieirino.com/
http://www.publico.clix.pt/ (caderno P2)