quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

A "alma musical" de Pessoa cantada em italiano



É uma velha paixão que traz de novo a Lisboa o cantor italiano Mariano Deidda. E essa paixão chama-se Fernando Pessoa. Desde que o descobriu, a partir de uma tradução de António Tabucchi para a Feltrinelli (Il Poeta è un Fingitore), que Deidda não parou de o cantar, sobretudo em Itália. Nascido na Sardenha, Deidda já gravou três discos a partir dessa obra poética que tanto o fascina: Deidda Interpreta Pessoa (2001), Nel Mio Spazio Interiore (2003) e L"Incapacità di pensare (2005), que completa a trilogia.
Mas a sua carreira musical começa antes, em 1992, com Canzoni per Ricominciare, seguindo-se mais tarde L"Era dei Replicanti (1998), onde homenageava o celebrado folk-singer inglês Nick Drake (1948-1974). Foi depois da sua passagem pela Expo "98 que deu início ao trabalho em torno da poesia de Fernando Pessoa, que ele considera "um homem extremamente projectado no futuro" e para lá do seu próprio tempo. Nesses discos, Mariano Deidda fez-se rodear de excelentes músicos, como o trompetista Enrico Rava, o acordeonista Gianni Coscia ou o contrabaixista Miroslav Vitous, três figuras de primeira linha do jazz europeu. O disco de estreia da trilogia de Pessoa contou ainda com a participação da cantora cabo-verdiana Celina Pereira, em Misteriosa Orchestra.
O mais recente disco de Deidda, Rosso Rembrandt, é dedicado à poesia da escritora italiana Grazia Deledda, como ele nascida na Sardenha (1871-1936) e distinguida com o Nobel da Literatura em 1926. Nele, Deidda volta a mesclar o universo dos cantautore com o do jazz, tendo agora como convidado o histórico trompetista Kenny Wheeler.
Mas é Fernando Pessoa que o traz a Portugal. O poeta onde ele vislumbrou um dia "uma mentalidade ultramoderna, perfeita na métrica." O poeta que "tinha uma alma musical" e do qual ele se tornou embaixador itinerante e apaixonado, na Itália e fora dela. Com Mariano Deidda (voz) estarão em palco Silvia Cucchi (piano), Luca Zanetti (acordeão), Saverio Miele (contrabaixo) e Diego Mascherpa (saxofone e clarinete).
31.01.2008, Nuno Pacheco - IN jornal "Público", P2,

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

E por falar em prémios... Mário Cláudio distinguido com Prémio Vergílio Ferreira




Mário Cláudio, escritor portuense, foi galardoado pela Universidade de Évora com o Prémio Literário Vergílio Ferreira 2008, galardão que visa dar projecção e visibilidade às obras de ficção ou ensaio do autore escolhido e inclui uma componente pecuniária de cinco mil euros.
A atribuição do prémio deste ano foi decidida por unanimidade pelo júri composto pelos professores universitários José Alberto Gomes Machado (Évora, presidente), José Carlos Seabra Pereira (Coimbra), Isabel Allegro de Magalhães (Universidade Nova de Lisboa) e Elisa Nunes Esteves (Évora) e pela jornalista e critica literária Clara Ferreira Alves.

(fonte: Diário Digital)

Prémio D.Dinis atribuído a Manuel Alegre



O Prémio D.Dinis 2008, um dos mais prestigiados galardões literários portugueses, foi atribuído ao poeta Manuel Alegre pelo livro Doze Naus.
O júri era constituído pelos poetas Vasco Graça Moura, Nuno Júdice e Fernando Pinto do Amaral.
Manuel Alegre vai publicar em Fevereiro uma antologia dos seus poemas sobre a guerra colonial, intitulada "Nambuangongo, Meu Amor".
Trata-se de um livro de cerca de 60 páginas, dividido em quatro partes: "Nambuangongo, Meu Amor", "Três Canções com Lágrimas e Sol para um Amigo que Morreu na Guerra", "Continuação de Alcácer Quibir" e "Explicação de Alcácer Quibir".
O autor, agora com 71 anos, participou na guerra colonial em Angola, no início da década de sessenta, e a seguir exilou-se na Argélia.
O seu primeiro livro de poesia, "Praça da Canção", saiu em 1965.
(fonte: Diário Digital)

domingo, 27 de janeiro de 2008

Dia Europeu da Protecção de Dados

«DADUS A CNPD - Comissão Nacional de Protecção de Dados - assinala o Dia Europeu da Protecção de Dados com a apresentação pública do Projecto DADUS , uma iniciativa pioneira a nível europeu, dirigida às escolas do 2º e 3º ciclos do ensino básico, com o objectivo de sensibilizar os jovens alunos para as questões de protecção de dados e da privacidade. »

Para saber mais:
ler
O que é o Projecto Dadus? -
ver «Índice das primeiras unidades temáticas: #1 - Dados pessoais: Noções básicas; #2 - A Internet e a recolha de dados pessoais; #3 - As redes sociais na Internet (social networking); #4 - Dados pessoais em inquéritos e estudos; #5 - A utilização do correio electrónico (e-mail); #6 - O universo dos telemóveis; #7 - Videovigilância e tratamento de dados pessoais; #8 - Conhecer e gerir as novas tecnologias » (Retirado do site oficial)

domingo, 20 de janeiro de 2008

Livraria Lello, a terceira mais bela do Mundo

Leonel de Castro
Livraria Lello é um dos maiores ex-líbris culturais do Porto

Divina. Chamou-lhe o jornal britânico "The Guardian" e a honraria agora atribuída à Livraria Lello, no Porto, na Rua das Carmelitas, mesmo diante da torre dos Clérigos, de Nasoni, traduz a nobreza de um edifício de linhas neogóticas forrado a livros e com muitas raridades bibliófilas à mistura. "O título suscita orgulho e responsabilidades", conta Antero Braga, o proprietário.

Por estes dias, a clarabóia ainda deixa entrar a luz única do Porto e ilumina a bonita escadaria central, mais as enormes estantes apinhadas de títulos. "Temos cerca de 90 mil obras expostas de autores nacionais e internacionais. Entre nós são publicados, mensalmente, 1300 títulos", traduz Antero Braga.

Satisfeito pelo facto de o "The Guardian" ter colocado a Livraria Lello em terceiro lugar, precedida da "Boekhandel", em Mastricht, na Holanda (1.º lugar) e da "El Ateneo", em Buenos Aires (Argentina), onde funcionou um teatro. "Já corri meio mundo, mas não conheço livraria construída de raiz e tão bonita como esta. É uma preciosidade", elogiou. (Nota minha: todos conhecem a história, verdadeira, do turista americano que queria à viva força comprar a escadaria central da livraria...)

Fundada há mais de um século (1906) e edificada sob o risco de Xavier Esteves, a Livraria Lello é um edifício de grande beleza arquitectónica e faz parte do património portuense. Visitado por milhares de visitantes, não há turista digno desse nome que não vá admirar este espaço de cultura. "Temos muitos títulos traduzidos em várias línguas, obras de José Saramago, Agustina, Eça de Queirós, Camilo. Não vendemos só livros. Por vezes, também somos conselheiros das pessoas. Privilegiamos muito o contacto com os clientes", referiu.
(Este texto, com cortes, foi retirado da edição 19/01/08 do Jornal de Notícias, com autoria de Manuel Vitorino)

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Utilizadora possessiva, açambarcadora,excessiva, maníaca?!

Tinha em sua casa mais de 1.000 documentos (livros, jogos, música e DVDs) da biblioteca pública!
O caso ocorreu em Akron, no Ohio. Segundo a polícia local, a senhora alegou ter 34 filhos afirmando que todos adoravam DVDs, jogos e livros; na verdade, Tammie Ware, a prevaricadora, tem apenas 4 filhos. Dados da Biblioteca Publica de Akron revelam também que o valor dos materiais que a senhora levou “emprestados” ultrapassa os 15.000 dólares (montante superior ao orçamento de algumas bibliotecas públicas subsarianas como Uagadugu, Cartum, N’Djamena e Lisboa). A multa a que está sujeita é superior a 1.000 dólares. Segundo o porta-voz da polícia local, o tenente Rick Edwards, foi necessária uma carrinha “pick up” para recolher e transportar todo o material de volta para a biblioteca. Os materiais regressaram em bom estado. A senhora Ware obteve 34 cartões da biblioteca (a partir de nove moradas diferentes) em nome dos seus filhos e, dessa forma, ia acumulando os materiais em casa desde 2000. Carla Davis, a bibliotecária porta-voz, lamenta que a senhora não tenha conseguido entender o princípio básico da “partilha de recursos” que a maioria dos utilizadores entende perfeitamente: o princípio do empréstimo e a correspondente DEVOLUÇÃO.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Faria hoje 100 anos! Lauro Corado(1908-1977), aveirense, convém lembrar!


BIOGRAFIA
Lauro da Silva Corado - Professor e artista plástico, nasceu em Aveiro em 1908 (10 de Janeiro) e morreu em Lisboa a 1 de Setembro de 1977. Estudou na sua cidade natal (Escola Industrial de Fernando Caldeira) e depois na Escola Superior de Belas Artes do Porto onde concluiu o Curso Superior de Pintura. Foi discípulo de António Carneiro e de Joaquim Lopes. Fez concurso de provas públicas para professor de Pintura da Escola Superior de Belas Artes, tendo ficado aprovado em «mérito absoluto» (1933). Nesse ano partiu para Itália, França e Espanha como bolseiro do Instituto para a Alta Cultura, regressando em 1945 a Espanha patrocinado pelo mesmo Instituto. Como professor começa a leccionar na Escola Industrial e Comercial Infante D. Henrique (Porto), e, a partir de 1941, na Escola Industrial e Comercial Dr. Azevedo Neves (Viseu). Em 1942 transfere-se para a Escola António Arroio. Em 1949 faz Exame de Estado para professor efectivo do Ensino Técnico, instalando-se no ano seguinte em Portalegre, onde lecciona até 1958 na Escola Industrial e Comercial local. Aí conviveu com José Régio, colaborou em A Rabeca e expôs diversas vezes: 1955, Escola da Corredoura; 1958, Salão Nobre do Governo Civil.De regresso a Lisboa, em 1958, é colocado na Escola Técnica Elementar Nuno Gonçalves e depois na Escola de Artes Decorativas António Arroio, onde se encontrava à data da sua morte. A sua primeira exposição individual efectuou-se na Associação Comercial de Aveiro, a que se seguiu uma segunda no Salão Silva Porto (Porto). Concorreu a inúmeras exposições individuais e colectivas no país e no estrangeiro, obtendo 1.ª e 2ª medalhas da S.N.B.A. de Lisboa, os 1.º e 2.º prémios e Medalha de Ouro da Câmara Municipal de Lisboa, o prémio José Malhoa e o 1.º prémio da Exposição Antoniana do Estoril. Encontra-se representado em museus e colecções particulares de Portalegre, Espanha, Brasil, Canadá, EUA e Alemanha.



terça-feira, 8 de janeiro de 2008

A vida e a obra do escritor Eça de Queirós



Eis o tema de um ciclo de conferências internacionais que vai decorrer, em 2008, em diversos países europeus, nos EUA e no Brasil.
Liderado por Marie-Helene Piwnik, da Universidade de Sorbonne, em Paris, este ciclo resulta de um protocolo assinado entre a Fundação Eça de Queirós e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.
A primeira conferência será proferida, em Janeiro, na Universidade de Barcelona, Espanha, por Elena Losada Soler, estando prevista para Fevereiro uma outra de Marie-Helene Piwnik, na Universidade de Sorbonne.
Confirmada está já também uma conferência de Lucette Petit, em Outubro, no Centro Cultural de Paris da Fundação Calouste Gulbenkian.

(fonte: Diário Digital e