quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013
quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013
É BURRO!
COSTUMES DO ALENTEJO - O
Aguadeiro
Bilhete-postal ilustrado do inicio do
séc. XX
(Edição de
Alberto Malva - Lisboa)Quando um estudante tem mau aproveitamento escolar, diz-se:
- É
burro!
Quando um
automobilista faz uma manobra perigosa, comenta-se:
- É
burro!
Quando num jogo
decisivo, o árbitro não vê uma grande penalidade, da assistência
grita-se:
- É
burro!
Quando o medico
falha o diagnóstico e o doente morre, reputa-se:
- É
burro!
Quando um
sindicalista se deixa levar nas negociações, diz-se com desdém:
- É
burro!
Quando o 1º
ministro falha as politicas, clamam os do contra:
- É
burro!
Entre nós quando
se chama burro a alguém é para o ofender, pois o termo reúne em si a múltipla
carga negativa de: pouco inteligente, estúpido, teimoso, ignorante e pouco
criativo. Etimologicamente a palavra “burro”, provem do latim “burrus”,
que quer dizer vermelho. Acredita-se que foi daí que surgiu a crença de que
burros são pouco inteligentes, pois antigamente, os dicionários tinham capas
vermelhas, dando a ideia de que os burros eram sedentos de saber.
Desde os tempos
imemoriais, que nas comunidades rurais, os burros são utilizados como auxiliar
das tarefas agrícolas e como animais de carga. Porém, o abandono das actividades
agrícolas tradicionais, fez com que este animal doméstico se encontre à beira da
extinção. Contra isso lutam associações regionalistas, um pouco por todo o país,
o que naturalmente é merecedor de todo o nosso apoio e simpatia.
Como etnógrafos
constatamos a abundante presença do burro na literatura oral: lendas, contos
populares, cancioneiro, adivinhas e provérbios, o que só por si testemunha a
importância do burro nas antigas comunidades rurais. Na impossibilidade, de
abordar aqui todos aqueles domínios, cingir-nos-emos aos provérbios, que como é
sabido, são um repositório de sabedoria popular. Eis o conjunto de provérbios
portugueses sobre burros que nos foi possível coligir:
- A burro morto
cevada ao rabo.
- A burro que
muito anda, nunca falta quem no tanja.
- A burro velho,
capim novo.
- A burro velho,
pouco verde.
- À falta de um
grito, morre um burro no atoleiro.
- A ferramenta é
que ajuda, não é o pisco em cima da burra
- A gente não
deve de ficar adiante do boi, nem atrás do burro, nem perto da mulher: nunca dá
certo
- A gente, queira
ou não queira, tem de ir de burro à feira.
- A julgar morreu
um burro.
- A pensar morreu
um burro.
- Albarda-se o
burro à vontade do dono.
- Andar de cavalo
para burro.
- Antes bom burro
que ruim cavalo.
- Antes burro
vivo que doutor morto.
- Antes burro
vivo que letrado morto.
- Às vezes não se
respeita o burro, mas a argola a que ele está amarrado.
- Burro com fome,
cardos come.
- Burro grande,
cavalo de pau.
- Burro que geme,
carga não teme.
- Burro velho não
aprende línguas.
- Burro velho não
toma andadura e se toma pouco dura.
- Burro velho não
toma andadura.
- Burro velho,
albarda nova.
- Burro velho,
mais vale matá-lo que ensiná-lo.
- Burro velho,
não aprende línguas.
- Com a morte do
asno não perde o lobo.
- Criado que faz
o seu dever, orelhas de burro deve ter.
- Depois do burro
morto, cevada ao rabo.
- Em Janeiro todo
o burro é sendeiro.
- Em Maio deixa a
mosca o boi e toma o asno.
- Filho de burro
não pode ser cavalo.
- Jumento e filho
de padre são poços de manha.
- Jumento, padre
com manha, são poços de artimanha.
- Mais vale burro
vivo do que sábio morto.
- Mulo ou mula,
asno ou burra, rocim nunca.
- Não é mel para
a boca do asno.
- Não é por
grandes orelhas que o burro vai à feira.
- O boi conhece o
dono e o jumento a manjedoura.
- O burro
acredita em tudo o que lhe dizem.
- O burro adiante
para que não se espante.
- O burro do meu
vizinho só sabe o que lhe ensino.
- O burro não é
tão burro como se pensa.
- Palavra de
burro é coice.
- Quando o burro
é jeitoso, qualquer albarda lhe fica bem.
- Quando um burro
zurra, os outros abaixam as orelhas.
- Queira ou não
queira, o burro há-de ir à feira.
- Quem come carne
na véspera de Natal, ou é burro ou animal.
- Quem não pode,
aluga um burro.
- Quem o asno
gaba, tal filho lhe nasça.
- Quer queira
quer não queira, o asno há-de ir à feira.
- Todo o burro
come palha, é preciso é saber dar-lha.
- Todo o malandro
é um burro de sorte.
- Um burro
carregado de livros é um doutor.
- Um olho no
burro, outro no cigano.
- Zurros de burro
não chegam aos céus.
Tal como os
burros que foram objecto do presente “post”, também a literatura oral precisa de
ser preservada e divulgada, o que se faz transmitindo aos mais novos, as fontes
de sabedoria dos nossos ancestrais.
segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013
Álvaro Barreirinhas Cunhal (Coimbra, 10/nov/1913 - Lisboa, 13/junho/2005)
foi um político e escritor português, conhecido por ser um resistente ao Estado Novo, e ter dedicado a vida ao ideal comunista e ao seu partido: o Partido Comunista Português.
Neste ano de 2013, realizam-se as comemorações do centenário do nascimento de Álvaro Cunhal, através de centenas de iniciativas que percorrem a sua vida política, cultural e artística, bem como exposições em sua homenagem, relembrando a sua importância para a liberdade e a democracia conquistadas em Abril.
Neste ano de 2013, realizam-se as comemorações do centenário do nascimento de Álvaro Cunhal, através de centenas de iniciativas que percorrem a sua vida política, cultural e artística, bem como exposições em sua homenagem, relembrando a sua importância para a liberdade e a democracia conquistadas em Abril.
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ILSE LOSA (1913-2006)
Escritora portuguesa de origem alemã, nascida em Hanôver, de ascendência
judia, veio para Portugal em 1934, fugindo à perseguição nazi. É conhe-cida
principalmente pelos seus livros para crianças e pelo seu livro sobre as
memórias das perseguições aos judeus com o título "O Mundo em que vivi” (1943).
Recebeu, em 1991 o Grande Prémio de Livros para Crianças atribuído pela Fundação
Calouste Gulbenkian. Escreve regularmente desde 1949, sendo o seu livro "Um
Fidalgo de Pernas Curtas" muito conhecido, bem como "Contos de Eva Luna."
Divulgou autores portugueses na Alemanha. Trabalhou também para a televisão
criando séries infantis. Faleceu a 6 de Janeiro de 2006.
http://www.leme.pt/biografias/80mulheres/losa.html
http://www.leme.pt/biografias/80mulheres/losa.html
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literatura portuguesa
O pequeno livro do filósofo
Pensar sobre os grandes problemas da filosofia é uma arte reservada a poucos. Certo? Errado. Você é um filósofo em potência. Não acredita? Então experimente.
Pensar é uma actividade natural. Todos pensamos no dia-a-dia. Ser um filósofo é só uma questão de pensar de forma sistemática, clara e consequente. Não dói nada. É de graça. Ou quase.
O Pequeno Livro do Filósofo oferece sugestões práticas para pensadores intrépidos, tímidos ou pura e simplesmente indecisos.
E não julgue que para ser um filósofo é preciso assumir um ar grave e profundo. Na verdade, alguns dos pensamentos dos grandes filósofos não eram graves nem profundos e toda a gente acreditou neles à mesma só porque tinham fama de ser graves e profundos.
Por isso, descontraia-se. Pense. Com alegria. Vai ver que não se arrepende. E não faz mal se não resolver todos os problemas da filosofia. Até hoje, ninguém fez tal coisa.
Pensar é uma actividade natural. Todos pensamos no dia-a-dia. Ser um filósofo é só uma questão de pensar de forma sistemática, clara e consequente. Não dói nada. É de graça. Ou quase.
O Pequeno Livro do Filósofo oferece sugestões práticas para pensadores intrépidos, tímidos ou pura e simplesmente indecisos.
E não julgue que para ser um filósofo é preciso assumir um ar grave e profundo. Na verdade, alguns dos pensamentos dos grandes filósofos não eram graves nem profundos e toda a gente acreditou neles à mesma só porque tinham fama de ser graves e profundos.
Por isso, descontraia-se. Pense. Com alegria. Vai ver que não se arrepende. E não faz mal se não resolver todos os problemas da filosofia. Até hoje, ninguém fez tal coisa.
Desidério Murcho in http://dererummundi.blogspot.pt/
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conhecimento; filosofia
sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013
quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013
quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013
segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013
Para o dossier organizado por Sara Figueiredo Costa contou-se com a colaboração de quatro figuras do panorama musical que, acompanhados de fotografias cedidas pelo Museu da Música Portuguesa, traçam um percurso pelos caminhos trilhados por Giacometti.
Mas a Blimunda está atenta ao futuro, e o futuro passa, segundo algumas opiniões, pelo digital. Acompanhou-se a primeira edição do Congresso ABC da Edição Digital, organizado pela Nave Especial, que junta a editora Pato Lógico à Biodroid, e publicam-se duas entrevistas a André Letria e Gemma Lluch realizadas por Andreia Brites.
A Saramaguiana, ponto de encontro mensal para os leitores de José Saramago, traz um texto de Augusto Rodrigues, Professor da Universidade de Brasília, lido no Congresso Sinfo Saramago, que teve lugar em Lisboa e que terá continuação nos próximos meses.
Boa leitura.
Fundação José Saramago
http://josesaramago.org/383111.html
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Documentário: "Forest in a Bottle"
Espectacular documentário sobre a vida selvagem dos montados de sobreiros em Portugal. Defenda um dos ecossistemas mais ricos da Europa preferindo rolhas de cortiça.…sítios de interesse para a Botânica:
Evolução
Evolution is often considered a complex and controversial topic but it's actually a very simple concept to understand. Watch this short animation to see how ...
sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013
quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013
quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013
Documentos para a História da Resistência
Hoje, passam 48 anos sobre a data da morte do General Humberto Delgado,
assassinado pela PIDE a 13 de Fevereiro de 1965, em Vila Nueva del
Fresno (Espanha)
Em 13 Fevereiro de 1975 a revista Vida Mundial publicava um texto que se mantivera inédito até então.
É um texto divulgado em Março de 1959 escrito em defesa do General
Delgado, enviado ao então Ministro da Presidência e assinado por
intelectuais ligados à oposição ao regime. Entre eles, encontram-se os
nomes de António Sérgio, Jaime Cortesão, Aquilino Ribeiro, Cal Brandão,
Mário Soares, Raul Rego
Em 13 Fevereiro de 1975 a revista Vida Mundial publicava um texto que se mantivera inédito até então.
É um texto divulgado em Março de 1959 escrito em defesa do General Delgado, enviado ao então Ministro da Presidência e assinado por intelectuais ligados à oposição ao regime. Entre eles, encontram-se os nomes de António Sérgio, Jaime Cortesão, Aquilino Ribeiro, Cal Brandão, Mário Soares, Raul Rego
Centro de Documentação 25 de Abril
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história de Portugal
sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013
quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013
Redes sociais
http://poramaresoslivros.blogspot.pt/2013/02/redes-sociais-podemos-ou-nao-confiar_6.html
10 situações comuns que podem configurar comportamentos de risco no uso da internet e das redes sociais:
10 situações comuns que podem configurar comportamentos de risco no uso da internet e das redes sociais:
- a publicação de informação pessoal em sites públicos, incluindo fotografias;
- o envio de informação pessoal a alguém que não se conhece;
- a abordagem de assuntos de sexo com alguém que não se conhece pessoalmente;
- o acesso a sites pornográficos (frequentemente commalware);
- a transferência de ficheiros através do mecanismo P2P (e.g. BitTorrent);
- a utilização de nicknames com conotações sexuais;
- a partilha de “amigos” desconhecidos através das redes sociais;
- a realização de comentários ofensivos (ou difamatórios) sobre racismo e violência;
- a realização de plágio e a violação de direitos de autor;
- a abertura de anexos desconhecidos de mensagens consideradas “autênticas”.
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sociedade,
tecnologia
quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013
O Meu Pessoa
é a página de facebook dedicada ao Poeta Fernando Pessoa, organizada por Ricardo Belo de Morais.
O endereço: https://www.facebook.com/omeupessoa
O endereço: https://www.facebook.com/omeupessoa
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literatura portuguesa
Pessoa - Astrólogo,
uma exposição de Paulo Cardoso para ver na Casa Fernando Pessoa até final de março.
A visitar: o blogue da Casa Fernando Pessoa no endereço
http://mundopessoa.blogs.sapo.pt/
A visitar: o blogue da Casa Fernando Pessoa no endereço
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terça-feira, 5 de fevereiro de 2013
Richard Zenith, o vencedor do Prémio Pessoa 2012
Tem 56 anos, nasceu em Washington mas vive em Portugal há 25 anos, os últimos cinco já com dupla nacionalidade. Richard Zenith, hoje distinguido com o Prémio Pessoa 2012, tinha sido premiado anteriormente pelo Penn Club, pela Gulbenkian ou pela Academy of American Poets pelos seus trabalhos de tradução de autores como Luís de Camões, Sophia de Mello Breyner ou António Lobo Antunes. E, claro, de Fernando Pessoa de quem Zenith é dos maiores divulgadores. Este ano Richard Zenith foi um dos curadores da exposição Fernando Pessoa, Plural como o Universo, que decorreu entre Fevereiro e Maio na Fundação Calouste Gulbenkian. A mostra, que passou antes pelo Rio de Janeiro e São Paulo, foi um marco na divulgação da vida e obra do autor do Livro do Desassosego.
Iniciativa conjunta do Expresso e da Caixa Geral de Depósitos, o prémio tem o valor de 60 mil euros e visa destacar personalidades da Cultura, Artes ou Ciência cuja obra, num determinado ano, tenha obtido destaque no panorama nacional. O júri foi este ano constituído por Francisco Pinto Balsemão (presidente) e Faria de Oliveira (vice-presidente). É ainda composto por Clara Ferreira Alves, Maria de Sousa, Mário Soares, Miguel Veiga, António Barreto, Rui Baião, Rui Vieira Nery, Diogo Lucena, João Lobo Antunes e José Luis Porfírio. Viriato Soromenho Marques integrou, pela primeira vez, o elenco de jurados. (fonte: Expresso)
IN
http://mundopessoa.blogs.sapo.pt/?skip=20
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segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013
Palavra do ano 2012
Entroikado foi o vocábulo mais votado no concurso para a escolha da «palavra do ano» e que se pode considerar, com toda a propriedade, um neologismo austero.
De acordo com a definição do Departamento de Dicionários da Porto Editora, entroikado é um adjectivo com dois significados:
1) obrigado a viver sob as condições impostas pela troika (equipe constituída por responsáveis da Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional e que negociou as condições de resgate financeiro em Portugal); 2) em sentido coloquial, que está numa situação difícil; tramado, lixado.
A palavra "desemprego" ficou em segundo lugar.
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Primeiras bibliotecas sem livros físicos
A cidade de Bexar Country, no Texas (EUA) vai ter a primeira biblioteca sem livros físicos, revela hoje o Diário Digital. Designada BiblioTech, deverá abrir as suas portas no verão e contará com salas de estudos e de reunião e um espaço interativo para crianças. O empréstimo domiciliário é assegurado mediante o empréstimo de e-readers com uma coleção de ebooks durante duas semanas.
Na semana passada, o Digital Shift noticiou o caso de uma biblioteca escolar do Minnesota (EUA) que decidiu livrar-se quase na totalidade dos seus livros físicos, mas que mesmo assim se mantém (reforça) como espaço vital de aprendizagem dos alunos.
Ambos os exemplos são reveladores da progressiva tendência de migração dos suportes físicos para os digitais, apesar de no contexto atual, em Portugal, as bibliotecas híbridas estejam mais adequadas às necessidades dos utilizadores.
http://lerebooks.wordpress.com/2013/01/14/primeiras-bibliotecas-sem-livros-fisicos/
Na semana passada, o Digital Shift noticiou o caso de uma biblioteca escolar do Minnesota (EUA) que decidiu livrar-se quase na totalidade dos seus livros físicos, mas que mesmo assim se mantém (reforça) como espaço vital de aprendizagem dos alunos.
Ambos os exemplos são reveladores da progressiva tendência de migração dos suportes físicos para os digitais, apesar de no contexto atual, em Portugal, as bibliotecas híbridas estejam mais adequadas às necessidades dos utilizadores.
http://lerebooks.wordpress.com/2013/01/14/primeiras-bibliotecas-sem-livros-fisicos/
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