Tu não serás as cinzas que Pilar vai depositar sob a oliveira (…), serás os milhares de páginas que escreveste (…) De resto, nós queremos que este momento seja alegre, que sejas seiva desta cidade (...)
Quanto a nós, enquanto formos vivos, recordar-te-emos sempre. Não temos outra eternidade para te dar (Lídia Jorge , "Palavras para Ti".
Numa primeira intervenção, o professor e cantor lírico Jorge Vaz de Carvalho leu um texto de Saramago sobre a cidade de Lisboa, intitulado "Palavras para Uma Cidade".
No Campo das Cebolas, em frente ao Tejo e à Casa dos Bicos ( futura sede da Fundação José Saramago), Pilar del Río colocou as cinzas junto às raízes da oliveira vinda da terra natal do escritor, escolhida pelo presidente da junta de freguesia da Azinhaga do Ribatejo, por ser aquela onde ele imaginava que pudesse estar o lagarto verde que Saramago descreve no seu livro As Pequenas Memórias.
Juntamente com um livro de textos sobre o Prémio Nobel 1998, as cinzas foram cobertas por terra de Lanzarote, colocada pelo presidente da Câmara Municipal de Lisboa no canteiro onde se encontra plantada a árvore, junto a um banco de mármore e ladeada de duas placas de pedra embutidas no chão, lendo-se na primeira, do lado esquerdo, José Saramago 1922-2010 e na outra a última frase do romance * "Memorial do Convento"
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