segunda-feira, 31 de outubro de 2011

D de Drummond. Dia D

Uma sugestão para hoje:

http://diadrummond.ims.uol.com.br/
Espalhe-se a ideia, tão simples quanto ambiciosa: transformar o dia 31 de outubro, data de nascimento de Carlos Drummond de Andrade, num dia de grande comemoração do Poeta e da sua poesia.

Ouçamos o poema "No meio do caminho" em várias línguas:
http://www.youtube.com/watch?v=sO6TySzyygE&feature=player_embedded#!

No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra.

Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
no meio do caminho tinha uma pedra.

in Carlos Drummond de Andrade, 60 Anos de Poesia, Antologia organizada e apresentada por Arnaldo Saraiva, Edições «O Jornal», Março de 1985

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

MUSEU HERGÉ NA BÉLGICA


A Bélgica pode congratular-se por ser o país natal de dois grandes artistas do século XX: Hergé, criador do famoso personagem de banda desenhada Tintim, e René Magritte, o subversivo pintor surrealista. Ambos criaram imagens icónicas que são reconhecidas em todo o mundo, e ambos têm, desde o passado dia 2 de Junho, museus próprios no seu país, dedicados às suas respectivas obras e contribuições para a evolução da arte do século XX. Os museus traçam as fortes inovações e ideias que distinguiram o trabalho dos dois artistas, e revelam as suas perspectivas contrastantes.

Situado na cidade belga de Louvain-La-Neuve, o Museu Hergé é uma admirável obra de arquitectura, projectada pelo atelier Christian de Portzamparc, vencedor do Pritzker Prize. Em betão, aço e vidro, o edifício lembra um grande navio, uma imagem que deliberadamente faz eco às várias proezas marítimas de Tintim. Implantado numa floresta, faz ligação à cidade através de uma ponte para peões. Largas e salientes janelas permitem a entrada de luz natural na área da recepção, a qual dá acesso a quatro amplos espaços expositivos, também ligados entre si através de pontes. Além das áreas de exposição, o museu inclui ainda um espaço para projecções de vídeo, uma cafetaria, lojas e ateliers.

O nome verdadeiro de Hergé era Georges Remi. O seu pseudónimo provém da pronúncia francesa das suas iniciais invertidas, R.G. Hergé tinha apenas 21 anos quando criou o famoso Tintim, cuja inspiração veio do seu irmão Paul. “As Aventuras de Tintim” tiveram a sua estreia em Janeiro de 1929, no jornal infantil Le Petit Vingtième e o seu sucesso foi imediato. Hergé escreveu-as e ilustrou-as até à sua morte, em 1983.

Conhecido como o Walt Disney Europeu, Hergé criou diversos personagens além de Tintim, tais como Jo, Zette, Jocko, Quick e Flupke, cujas histórias estão também em exibição no novo museu. Os seus álbuns são de uma precisão incrível, com todos os detalhes minuciosamente cuidados, e são lidos em mais de 40 línguas por todo o mundo. O seu estilo influenciou a criação de outros personagens de banda desenhada, como Asterix, Lucky Luke, Blake & Mortimer, entre muitos outros.
Fonte - http://dailymodalisboa.blogspot.com/2009/07/museu-herge-na-belgica.html
Para uma vista:
http://www.museeherge.com/


As Aventuras de Tintin: O Segredo do Licorn

A adaptação das aventuras de Tintin de Spielberg teve a antestreia nacional em Guimarães. Chega hoje a 117 ecrãs de todo o país.

Título original:
The Adventures of Tintin: The Secret of the Unicorn
De:
Steven Spielberg
Com:
Jamie Bell, Andy Serkis, Daniel Craig, Nick Frost, Simon Pegg
Género:
Animação, Comédia, Aventura
Classificação:
M/6
Outros dados:
Nova Zelândia/EUA, 2011, Cores, 102 min.
Links:
Site Oficial

Depois de, numa feira de antiguidades, encontrar uma réplica de um velho barco designado de "Licorne", o destemido Tintin (Jamie Bell) é arrastado para uma grande aventura em busca de algo inesperado. Ao investigar aquela miniatura, descobre o mapa de um tesouro muito antigo, frustrando os planos de Ivan Ivanovich Sakharine (Daniel Craig), um salteador que está convencido de que o jovem se terá aliado ao velho pirata Rackham. Com a ajuda de Milou, o seu fiel amigo de quatro patas, do capitão Haddock (Andy Serkis, o Gollum da trilogia "O Senhor dos Anéis"), um lobo-do-mar de péssimo feitio, e da dupla Dupond e Dupont (Simon Pegg e Nick Frost), dois polícias desastrados mas cheios de boas intenções, o repórter vai atravessar desertos e tempestades, na busca de um navio afundado, comandado por um antepassado de Haddock, que contém um valioso tesouro e uma terrível maldição.
Com realização de Steven Spielberg e produção de Peter Jackson e Kathleen Kennedy, o filme baseia-se na mais carismática personagem criada, em 1929, por Hergé (1907-1983), centrando a sua trama em três histórias independentes: "O Caranguejo das Tenazes de Ouro", "O Segredo do Licorne" e "O Tesouro de Rackham, o Terrível". Em versão animada, recorre às técnicas "performance capture" em 3D, que permite que os gestos e as emoções dos actores sejam reproduzidos nas suas personagens digitais. PÚBLICO

sábado, 22 de outubro de 2011

Lizt nasceu há 200 anos

Pianista e compositor maior da época do Romantismo, Franz Liszt , em húngaro, Liszt Ferenc, nasceu em Doborján, no reino da Hungria a 22 de Outubro de 1811; morreu em Bayreuth a 31 de Julho de 1886.
Liszt foi famoso pela genialidade de sua obra, pela revolução que imprimiu no estilo musical da época e por ter elevado o virtuosismo pianístico a níveis nunca antes imaginados. Ainda hoje é considerado um dos maiores pianistas de todos os tempos, especialmente pelo contributo e o legado que deu ao desenvolvimento da técnica do instrumento em que foi exímio.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Hoje é o Dia Mundial da Alimentação

Sugestão de sítios a visitar e que nos ajudam a adotar um estilo de vida saudável:

- Associação Portuguesa de Nutricionistas
http://www.apn.org.pt/scid/webapn/

- PASSE -Programa Alimentação Saudável em Saúde Escolar
http://www.passe.com.pt/

sábado, 15 de outubro de 2011

Centenário do nascimento de Manuel da Fonseca

Nasceu há 100 anos, em Santiago do Cacém; vira a falecer em Lisboa em 1993.
Foi poeta, cronista, contista, romancista, vulto destacado do Neorrealismo.
Obra Poética (1984), Cerromaior (1943), O Fogo e as Cinzas (1951) e Seara de Vento (1958) são algumas das suas obras mais emblemáticas.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

OS PROFESSORES

Um ataque contra os professores é sempre um ataque contra nós próprios, contra o nosso futuro. Resistindo, os professores, pela sua prática, são os guardiões da esperança.

O mundo não nasceu connosco. Essa ligeira ilusão é mais um sinal da imperfeição que nos cobre os sentidos. Chegámos num dia que não recordamos, mas que celebramos anualmente; depois, pouco a pouco, a neblina foi-se desfazendo nos objectos até que, por fim, conseguimos reconhecer-nos ao espelho. Nessa idade, não sabíamos o suficiente para percebermos que não sabíamos nada. Foi então que chegaram os professores. Traziam todo o conhecimento do mundo que nos antecedeu. Lançaram-se na tarefa de nos actualizar com o presente da nossa espécie e da nossa civilização. Essa tarefa, sabemo-lo hoje, é infinita.

O material que é trabalhado pelos professores não pode ser quantificado. Não há números ou casas decimais com suficiente precisão para medi-lo. A falta de quantificação não é culpa dos assuntos inquantificáveis, é culpa do nosso desejo de quantificar tudo. Os professores não vendem o material que trabalham, oferecem-no. Nós, com o tempo, com os anos, com a distância entre nós e nós, somos levados a acreditar que aquilo que os professores nos deram nos pertenceu desde sempre. Mais do que acharmos que esse material é nosso, achamos que nós próprios somos esse material. Por ironia ou capricho, é nesse momento que o trabalho dos professores se efectiva. O trabalho dos professores é a generosidade.

Basta um esforço mínimo da memória, basta um plim pequenino de gratidão para nos apercebermos do quanto devemos aos professores. Devemos-lhes muito daquilo que somos, devemos-lhes muito de tudo. Há algo de definitivo e eterno nessa missão, nesse verbo que é transmitido de geração em geração, ensinado. Com as suas pastas de professores, os seus blazers, os seus Ford Fiesta com cadeirinha para os filhos no banco de trás, os professores de hoje são iguais de ontem. O acto que praticam é igual ao que foi exercido por outros professores, com outros penteados, que existiram há séculos ou há décadas. O conhecimento que enche as páginas dos manuais aumentou e mudou, mas a essência daquilo que os professores fazem mantém-se. Essência, essa palavra que os professores recordam ciclicamente, essa mesma palavra que tendemos a esquecer.

Um ataque contra os professores é sempre um ataque contra nós próprios, contra o nosso futuro. Resistindo, os professores, pela sua prática, são os guardiões da esperança. Vemo-los a dar forma e sentido à esperança de crianças e de jovens, aceitamos essa evidência, mas falhamos perceber que são também eles que mantêm viva a esperança de que todos necessitamos para existir, para respirar, para estarmos vivos. Ai da sociedade que perdeu a esperança. Quem não tem esperança não está vivo. Mesmo que ainda respire, já morreu.

Envergonhem-se aqueles que dizem ter perdido a esperança. Envergonhem-se aqueles que dizem que não vale a pena lutar. Quando as dificuldades são maiores é quando o esforço para ultrapassá-las deve ser mais intenso. Sabemos que estamos aqui, o sangue atravessa-nos o corpo. Nascemos num dia em que quase nos pareceu ter nascido o mundo inteiro. Temos a graça de uma voz, podemos usá-la para exprimir todo o entendimento do que significa estar aqui, nesta posição. Em anos de aulas teóricas, aulas práticas, no laboratório, no ginásio, em visitas de estudo, sumários escritos no quadro no início da aula, os professores ensinaram-nos que existe vida para lá das certezas rígidas, opacas, que nos queiram apresentar. Se desligarmos a televisão por um instante, chegaremos facilmente à conclusão que, como nas aulas de matemática ou de filosofia, não há problemas que disponham de uma única solução. Da mesma maneira, não há fatalidades que não possam ser questionadas. É ao fazê-lo que se pensa e se encontra soluções.

Recusar a educação é recusar o desenvolvimento.

Se nos conseguirem convencer a desistir de deixar um mundo melhor do que aquele que encontrámos, o erro não será tanto daqueles que forem capazes de nos roubar uma aspiração tão fundamental, o erro primeiro será nosso por termos deixado que nos roubem a capacidade de sonhar, a ambição, metade da humanidade que recebemos dos nossos pais e dos nossos avós. Mas espero que não, acredito que não, não esquecemos a lição que aprendemos e que continuamos a aprender todos os dias com os professores. Tenho esperança.

José Luís Peixoto, revista Visão de 13 de Outubro de 2011

domingo, 9 de outubro de 2011

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Prémio Nobel da Paz

Três mulheres foram laureadas com o Prémio Nobel da Paz de 2011 - a presidente da Libéria, Ellen Johnson Sirleaf, a militante Leymah Gbowee, também liberiana, e a jornalista e ativista iemenita Tawakkul Karman.

Segundo o Comité norueguês do Nobel, elas foram premiadas pela "luta não violenta pela segurança das mulheres e pelos seus direitos a participar dos processos de paz". A democracia e a paz duradoura no mundo não são viáveis a não ser que as mulheres tenham os mesmos direitos, defendeu o Comité, lembrando que o Conselho de Segurança da ONU aprovou em 2000 uma resolução nessa mesma linha.

Desde 1901, apenas doze mulheres receberam o Nobel da Paz. Estas três mulheres agora premiadas seguem-se à queniana Wangari Maathai - falecida há algumas semanas; esta foi laureada em 2004, por contribuir para o desenvolvimento sustentável, a democracia e a paz.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Tomas Tranströmer – Nobel da Literatura 2011



Tomas Tranströmer escreve sobre a morte, a história, a memória e é conhecido pelas suas metáforas. É um poeta que tem uma produção pequena, "não é prolixo", disse no final do anúncio o secretário da Academia, o historiador Peter Englund, embora esteja traduzido em várias línguas. Em Portugal, Tranströmer tem poemas publicados em duas antologias, uma delas chama-se "Vinte e um poetas suecos" (Vega ,1987).

Tomas Tranströmer, 80 anos, psicólogo de formação, sofreu um AVC em 1990. Por isso perdeu as faculdades motoras e não consegue falar. Peter Englund disse à televisão sueca que falou com o laureado e ele se mostrou surpreendido pelo prémio. "Ele estava a escutar música", acrescentou o secretário da Academia. O Prémio Nobel da Literatura 2011 vive numa ilha e depois de ter ficado doente publicou três obras.

Desde 1973 que Tomas Tranströmer, que é o poeta sueco mais traduzido no mundo e recebeu o Prémio Literário do Conselho Nórdico em 1990, era candidato ao Nobel. Há 40 anos que um autor sueco não recebia este prémio.
http://www.publico.pt/Cultura/tomas-transtromer-e-o-premio-nobel-da-literatura--1515270


INSEGURANÇA NACIONAL

O subsecretário se inclina para frente e desenha um X
e as suas orelhas gotejantes balançam como espadas de Dâmocles.

Como uma borboleta sarapintada é invisível contra o chão
e então que o demónio se funde com o jornal aberto.

Um capacete usado por ninguém tomou o poder.
A mãe-tartaruga foge voando debaixo de água.

TOMAS TRANSTRÖMER
tradução inédita de Pedro Calouste

domingo, 2 de outubro de 2011

JOGO DA REFORMA ORTOGRÁFICA

Testa os teus conhecimentos:

http://fmu.br/game/home.asp


Reforma Ortográfica (Brasil) / Acordo Ortográfico (Portugal)

NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO


http://www.priberam.pt/docs/NovaOrtografia.pdf