quinta-feira, 29 de janeiro de 2009
No passado 29 de Janeiro de 1945, 1ª edição do jornal "A BOLA" custava 1 escudo
A II Guerra Mundial estava perto do fim e três homens tiveram uma ideia à mesa de uma café de Lisboa: fundar um jornal desportivo. Ribeiro dos Reis (tenente-coronel), Vicente Melo (empresário) e Cândido de Oliveira (antigo empregado dos Correios) criaram o jornal A Bola, cuja primeira edição saiu para as bancas a 29 de Janeiro de 1945, há exactamente 64 anos. Custava um escudo e foi mais um legado deixado ao país por Cândido de Oliveira, o mais conhecido dos três fundadores. Seleccionador nacional de futebol em várias ocasiões (1926-29, 1935-45 e 1952), Cândido de Oliveira lançou-se definitivamente no jornalismo quando regressou do Tarrafal, onde esteve preso por ter sido agente secreto ao serviço dos britânicos. O agente Pax, sobre quem o advogado José António Barreiros reuniu documentação, já tinha sido jornalista em outros títulos como o Vitória, Football, Gazeta Desportiva e Sports, mas o seu nome fica ligado ao jornal A Bola. Este jornal desportivo começou com duas edições semanais (às segundas e sextas e depois às segundas e quintas). Ao longo dos anos, foi aumentando a sua presença nas bancas: passou a trissemanário em 1950 (saindo também aos sábados) e em Março 1989 optou por uma quarta edição semanal, publicada ao domingo. O formato actual, de publicação diária, foi assumido em Fevereiro de 1995, altura em que trocou o formato broadsheet pelo tablóide.
H.D.S. - P2, 29/1/09
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jornalismo
terça-feira, 27 de janeiro de 2009
A História passou por aqui......
Na galeria do edifício sede da Assembleia Municipal (antiga Capitania de Aveiro):
exposição “Dos artefactos à escrita”.
Comissários: Eng.º Paulo Morgado e Dra. Sónia Filipe.
No Museu da Cidade :
exposição “BI Aveiro (959 – 2009)”.
Comissárias: Professora Doutora Maria Helena da Cruz Coelho e Professora Doutora Maria José Azevedo Santos.
exposição “Dos artefactos à escrita”.
Comissários: Eng.º Paulo Morgado e Dra. Sónia Filipe.
No Museu da Cidade :
exposição “BI Aveiro (959 – 2009)”.
Comissárias: Professora Doutora Maria Helena da Cruz Coelho e Professora Doutora Maria José Azevedo Santos.
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segunda-feira, 26 de janeiro de 2009
Há 1050 anos: primeira referência escrita a AVEIRO
"No documento de doação testamentária efectuada pela condessa Mumadona Dias ao mosteiro de Guimarães, em 26 de Janeiro de 959, consta a referência a "Suis terras in Alauario et Salinas", sendo esta a mais antiga forma que se conhece do topónimo Aveiro.
No século XIII, Aveiro foi elevada à categoria de vila, desenvolvendo-se a povoação à volta da igreja principal, consagrada a S. Miguel e situada onde é, hoje, a Praça da República, vindo esse templo a ser demolido em 1835.
Mais tarde, D. João I, a conselho de seu filho, Infante D. Pedro, que, na altura, era donatário de Aveiro, mandou rodeá-la de muralhas que, já no século XIX, foram demolidas, sendo parte das pedras utilizada na construçào dos molhes da barra nova.
Em 1434, D. Duarte concedeu à vila privilégio de realizar uma feira franca anual que chegou aos nossos dias e é conhecida por Feira de Março.
Em 1472, a filha de Afonso V, Infanta D. Joana, entrou no Convento de Jesus, onde viria a falecer, em 12 de Maio de 1490, efeméride recordada actualmente, no feriado municipal. A estada da filha do Rei teve importantes repercussões para Aveiro, chamando a atenção para a vila e favorecendo o seu desenvolvimento.
O primeiro foral conhecido de Aveiro é manuelino e data de 4 de Agosto de 1515, constando do Livro de Leituras Novas de Forais da Estremadura.
A magnífica situação geográfica propiciou, desde muito cedo, a fixação da população, sendo a salinagem, as pescas e o comércio marítimo factores determinantes de desenvolvimento.
Em finais do século XVI, princípios do XVII, a instabilidade da vital comunicação entre a Ria e o mar levou ao fecho do canal, impedindo a utilização do porto e criando condições de insalubridade, provocadas pela estagnação das águas da laguna, causas estas que provocaram uma grande diminuição do número de habitantes - muitos dos quais emigraram, criando póvoas piscatórias ao longo da costa portuguesa - e, consequentemente, estiveram na base de uma grande crise económica e social. Foi, porém e curiosamente, nesta fase de recessão que se construiu, em plena dominação filípina, um dos mais notáveis templos aveirenses: a igreja da Misericórdia.
Em 1759, D. José I elevou Aveiro a cidade, poucos meses depois de ter condenado, ao cadafalso, o seu último duque, título criado, em 1547, por D. João III.
Em 1774, a pedido de D. José, o papa Clemente XIV instituiu uma nova diocese, com sede em Aveiro.
No século XIX, destaca-se a activa participação de aveirenses nas Lutas Liberais e a personalidade de José Estêvão Coelho de Magalhães, parlamentar que desempenhou um papel determinante no que respeita à fixação da actual barra e no desenvolvimento dos transportes, muito especialmente, a passagem da linha de caminho de ferro Lisboa-Porto, obras estas de capital importância para o desenvolvimento da cidade, permitindo-lhe ocupar, hoje em dia lugar de topo no contexto económico nacional."
BIBLIOGRAFIA: DIAS, Diamantino, Revista AVEIRO, Câmara Municipal de Aveiro, pp. 8, 2ª Edição, Julho de 1997.
IN http://www.divasecontrabaixos.blogspot.com
No século XIII, Aveiro foi elevada à categoria de vila, desenvolvendo-se a povoação à volta da igreja principal, consagrada a S. Miguel e situada onde é, hoje, a Praça da República, vindo esse templo a ser demolido em 1835.
Mais tarde, D. João I, a conselho de seu filho, Infante D. Pedro, que, na altura, era donatário de Aveiro, mandou rodeá-la de muralhas que, já no século XIX, foram demolidas, sendo parte das pedras utilizada na construçào dos molhes da barra nova.
Em 1434, D. Duarte concedeu à vila privilégio de realizar uma feira franca anual que chegou aos nossos dias e é conhecida por Feira de Março.
Em 1472, a filha de Afonso V, Infanta D. Joana, entrou no Convento de Jesus, onde viria a falecer, em 12 de Maio de 1490, efeméride recordada actualmente, no feriado municipal. A estada da filha do Rei teve importantes repercussões para Aveiro, chamando a atenção para a vila e favorecendo o seu desenvolvimento.
O primeiro foral conhecido de Aveiro é manuelino e data de 4 de Agosto de 1515, constando do Livro de Leituras Novas de Forais da Estremadura.
A magnífica situação geográfica propiciou, desde muito cedo, a fixação da população, sendo a salinagem, as pescas e o comércio marítimo factores determinantes de desenvolvimento.
Em finais do século XVI, princípios do XVII, a instabilidade da vital comunicação entre a Ria e o mar levou ao fecho do canal, impedindo a utilização do porto e criando condições de insalubridade, provocadas pela estagnação das águas da laguna, causas estas que provocaram uma grande diminuição do número de habitantes - muitos dos quais emigraram, criando póvoas piscatórias ao longo da costa portuguesa - e, consequentemente, estiveram na base de uma grande crise económica e social. Foi, porém e curiosamente, nesta fase de recessão que se construiu, em plena dominação filípina, um dos mais notáveis templos aveirenses: a igreja da Misericórdia.
Em 1759, D. José I elevou Aveiro a cidade, poucos meses depois de ter condenado, ao cadafalso, o seu último duque, título criado, em 1547, por D. João III.
Em 1774, a pedido de D. José, o papa Clemente XIV instituiu uma nova diocese, com sede em Aveiro.
No século XIX, destaca-se a activa participação de aveirenses nas Lutas Liberais e a personalidade de José Estêvão Coelho de Magalhães, parlamentar que desempenhou um papel determinante no que respeita à fixação da actual barra e no desenvolvimento dos transportes, muito especialmente, a passagem da linha de caminho de ferro Lisboa-Porto, obras estas de capital importância para o desenvolvimento da cidade, permitindo-lhe ocupar, hoje em dia lugar de topo no contexto económico nacional."
BIBLIOGRAFIA: DIAS, Diamantino, Revista AVEIRO, Câmara Municipal de Aveiro, pp. 8, 2ª Edição, Julho de 1997.
IN http://www.divasecontrabaixos.blogspot.com
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Outra forma de ver a arte
Aprecie, por exemplo, um Velázquez ou um Rembrandt, num local único e especial, como o Museo do Prado.
O Google Earth disponibiliza imagens em ultra-alta resolução de obras-primas expostas no Museu do Prado, vá lá,
http://www.google.pt/intl/pt/landing/prado/
O Google Earth disponibiliza imagens em ultra-alta resolução de obras-primas expostas no Museu do Prado, vá lá,
http://www.google.pt/intl/pt/landing/prado/
quinta-feira, 22 de janeiro de 2009
Congresso internacional de promoção da leitura começa hoje em Lisboa
Leiam tudo o que puderem e Os meus livros em criança ocupam duas páginas (4 e 5) do P2 de hoje
http://jornal.publico.clix.pt/
http://jornal.publico.clix.pt/
segunda-feira, 19 de janeiro de 2009
Edgar Allan Poe, bicentenário
Nasceu em 19 de Janeiro de 1809, em Boston, aquele que é ainda hoje considerado o grande mestre do fantástico. Já lhe chamaram gótico; autor de imensos artigos jornalísticos, contos e poemas, foi precursor da literatura de ficção científica e fantástica e do romance policial, sendo-lhe atribuído o advento do conto moderno na tradição norte-americana e inovações estilísticas como a deslocação da voz literária para o narrador. Fascinado pelo poema, Fernando Pessoa traduziu-lhe The Raven, O Corvo. Edgar Allan Poe e a sua vida cheia de bizarrias vão ser objecto de um filme com argumento e realização de Sylvester Stallone
domingo, 18 de janeiro de 2009
Nunca é demais lembrá-lo, apesar de ter morrido há exactamente 25 anos
Poeta Castrado, Não!
Serei tudo o que disserem
por inveja ou negação:
cabeçudo dromedário
fogueira de exibição
teorema corolário
poema de mão em mão
lãzudo publicitário
malabarista cabrão.
Serei tudo o que disserem:
Poeta castrado não!
Os que entendem como eu
as linhas com que me escrevo
reconhecem o que é meu
em tudo quanto lhes devo:
ternura como já disse
sempre que faço um poema;
saudade que se partisse
me alagaria de pena;
e também uma alegria
uma coragem serena
em renegada poesia
quando ela nos envenena.
Os que entendem como eu
a força que tem um verso
reconhecem o que é seu
quando lhes mostro o reverso:
De fome já não se fala
- é tão vulgar que nos cansa -
mas que dizer de uma bala
num esqueleto de criança?
Do frio não reza a história
- a morte é branda e letal -
mas que dizer da memória
de uma bomba de napalm?
E o resto que pode ser
o poema dia a dia?
- um bisturi a crescer
nas coxas de uma judia;
um filho que vai nascer
parido por asfixia?!
- Ah não me venham dizer
que é fonética a poesia !
Serei tudo o que disserem
por temor ou negação:
Demagogo mau profeta
falso médico ladrão
prostituta proxeneta
espoleta televisão.
Serei tudo o que disserem:
Poeta castrado, não!
in SANTOS, Ary dos. - "Resumo". Lisboa, 1973.
Serei tudo o que disserem
por inveja ou negação:
cabeçudo dromedário
fogueira de exibição
teorema corolário
poema de mão em mão
lãzudo publicitário
malabarista cabrão.
Serei tudo o que disserem:
Poeta castrado não!
Os que entendem como eu
as linhas com que me escrevo
reconhecem o que é meu
em tudo quanto lhes devo:
ternura como já disse
sempre que faço um poema;
saudade que se partisse
me alagaria de pena;
e também uma alegria
uma coragem serena
em renegada poesia
quando ela nos envenena.
Os que entendem como eu
a força que tem um verso
reconhecem o que é seu
quando lhes mostro o reverso:
De fome já não se fala
- é tão vulgar que nos cansa -
mas que dizer de uma bala
num esqueleto de criança?
Do frio não reza a história
- a morte é branda e letal -
mas que dizer da memória
de uma bomba de napalm?
E o resto que pode ser
o poema dia a dia?
- um bisturi a crescer
nas coxas de uma judia;
um filho que vai nascer
parido por asfixia?!
- Ah não me venham dizer
que é fonética a poesia !
Serei tudo o que disserem
por temor ou negação:
Demagogo mau profeta
falso médico ladrão
prostituta proxeneta
espoleta televisão.
Serei tudo o que disserem:
Poeta castrado, não!
in SANTOS, Ary dos. - "Resumo". Lisboa, 1973.
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literatura portuguesa
sábado, 17 de janeiro de 2009
Popeye celebra 80 anos - "eu sou o que sou"
Popeye é um marinheiro baixo e zarolho, que a banda desenhada transformou numa estrela
Há exactamente 80 anos, Elzie Crisler Segar desenhava pela primeira vez, numa vinheta, um marinheiro que, apesar de baixo, careca e pouco inteligente, viria a tornar-se famoso sob o nome de Popeye ("zarolho", daí a pala preta que ostenta).
Na vinheta, o devorador de espinafres mais conhecido do Mundo, em resposta à pergunta "é um marinheiro?", disparava esta curiosa resposta: "penso que sou um cowboy", mais tarde substituída pela carismática "eu sou o que sou". Mas as curiosidades não se ficavam por aqui, já que, ao contrário de quase todos os outros heróis dos quadradinhos, a sua estreia deu-se numa série avulsa, "The thimble theatre" (teatro em miniatura), uma tira diária de Imprensa, inicialmente publicada na vertical, que Segar assinava desde 19 de Dezembro de 1919. Nela, de forma teatral, quase sempre em tiras autoconclusivas, foi apontando alguns dos podres da sua América, baseando-se no quotidiano da família Oyl, em que predominavam o colérico Castor, a sua irmã Olive (Olívia Palito) e o seu noivo, Ham Gravy.
A partir de 1925, a série ganhou uma prancha dominical colorida, na qual Segar pode explanar o seu sentido de espectáculo e desenvolver narrativas longas, que combinavam cenários rurais e marítimos, a sede de aventura, a superstição, a magia e o medo do desconhecido.
É na sequência de uma delas que Popeye surge, conquistando, de imediato, os leitores - chegou a ser mais popular do que Mickey Mouse -, apesar da sua falta de atributos físicos, graças às tiradas inesperadas, à força sobre-humana (de início, sem qualquer relação com os espinafres, a sua imagem de marca nos desenhos animados), à resistência a murros, facadas e tiros e, ao mesmo tempo, ao seu carácter contraditório tão humano, igualmente capaz de se dedicar inteiramente a um bebé (Swee'pea, introduzido em 1933) como a acreditar que pode resolver tudo com os punhos (o que levou alguns a considerá-lo uma má influência para as crianças).
A sua popularidade levou Segar a alterar o título da sua criação para "The thimble theatre starring Popeye", logo em 1931. O sonhador e devorador de hambúrgueres, Wimpy; o pai, Poopedeck Pappy; o estranho animal Eugene the Jeep, a malévola Sea Hag (Bruxa do Mar), o brutamontes Brutus e tantos outros foram-se juntando numa notável galeria, que Segar animou, em narrativas cada vez mais surreais, até à sua morte, vítima de leucemia, em 1938. A série prosseguiu com diversos autores, com destaque para Bud Sagendorf, que lhe conferiu um carácter mais humorístico e próximo da versão animada e a assinou entre 1958 e 1994.
Muito antes, logo em 1933, os estúdios Max Fleischer juntavam Popeye e Betty Boop no breve tempo de um desenho animado, para, em seguida, desenvolverem uma série com o marinheiro, que, até hoje, já protagonizou mais de 750 animações, na qual foi cimentada a sua actual imagem de marca: a força dependente dos espinafres (que levou Cristal City, no Texas, a maior produtora deste vegetal, a erigir-lhe uma estátua em 1937, agradecendo-lhe o aumento de 33 % no seu consumo nos EUA), a paixão pela anoréxica Olive (cuja silhueta inspirou um perfume de Moschino), a sua rivalidade com Brutus e a sua afirmação como marinheiro ("I'm Popeye, the sailor man", cantava a música), tantas vezes negada na BD.
Nos anos 60, foi a estrela de uma série televisiva e, em 1980, chegou ao grande ecrã, numa película dirigida por Robert Altman, que teve como (único) mérito revelar Robin Williams, como Popeye, contracenando com Shelley "Olive" Duvall.
Desde o passado dia 1, Popeye passou ao domínio público na Europa, ou seja, qualquer um poderá utilizá-lo nos suportes que desejar, sem necessitar de qualquer autorização ou de pagar direitos. Isto acontece porque a lei europeia considera que os direitos de autor vencem 70 anos após a morte do criador. Nos EUA, é diferente, já que são considerados 95 anos após a data da criação, ou seja, a imagem de Popeye está protegida até 2024.
F. CLETO E PINA, Jornal de Notícias, 17/12/2009)
Há exactamente 80 anos, Elzie Crisler Segar desenhava pela primeira vez, numa vinheta, um marinheiro que, apesar de baixo, careca e pouco inteligente, viria a tornar-se famoso sob o nome de Popeye ("zarolho", daí a pala preta que ostenta).
Na vinheta, o devorador de espinafres mais conhecido do Mundo, em resposta à pergunta "é um marinheiro?", disparava esta curiosa resposta: "penso que sou um cowboy", mais tarde substituída pela carismática "eu sou o que sou". Mas as curiosidades não se ficavam por aqui, já que, ao contrário de quase todos os outros heróis dos quadradinhos, a sua estreia deu-se numa série avulsa, "The thimble theatre" (teatro em miniatura), uma tira diária de Imprensa, inicialmente publicada na vertical, que Segar assinava desde 19 de Dezembro de 1919. Nela, de forma teatral, quase sempre em tiras autoconclusivas, foi apontando alguns dos podres da sua América, baseando-se no quotidiano da família Oyl, em que predominavam o colérico Castor, a sua irmã Olive (Olívia Palito) e o seu noivo, Ham Gravy.
A partir de 1925, a série ganhou uma prancha dominical colorida, na qual Segar pode explanar o seu sentido de espectáculo e desenvolver narrativas longas, que combinavam cenários rurais e marítimos, a sede de aventura, a superstição, a magia e o medo do desconhecido.
É na sequência de uma delas que Popeye surge, conquistando, de imediato, os leitores - chegou a ser mais popular do que Mickey Mouse -, apesar da sua falta de atributos físicos, graças às tiradas inesperadas, à força sobre-humana (de início, sem qualquer relação com os espinafres, a sua imagem de marca nos desenhos animados), à resistência a murros, facadas e tiros e, ao mesmo tempo, ao seu carácter contraditório tão humano, igualmente capaz de se dedicar inteiramente a um bebé (Swee'pea, introduzido em 1933) como a acreditar que pode resolver tudo com os punhos (o que levou alguns a considerá-lo uma má influência para as crianças).
A sua popularidade levou Segar a alterar o título da sua criação para "The thimble theatre starring Popeye", logo em 1931. O sonhador e devorador de hambúrgueres, Wimpy; o pai, Poopedeck Pappy; o estranho animal Eugene the Jeep, a malévola Sea Hag (Bruxa do Mar), o brutamontes Brutus e tantos outros foram-se juntando numa notável galeria, que Segar animou, em narrativas cada vez mais surreais, até à sua morte, vítima de leucemia, em 1938. A série prosseguiu com diversos autores, com destaque para Bud Sagendorf, que lhe conferiu um carácter mais humorístico e próximo da versão animada e a assinou entre 1958 e 1994.
Muito antes, logo em 1933, os estúdios Max Fleischer juntavam Popeye e Betty Boop no breve tempo de um desenho animado, para, em seguida, desenvolverem uma série com o marinheiro, que, até hoje, já protagonizou mais de 750 animações, na qual foi cimentada a sua actual imagem de marca: a força dependente dos espinafres (que levou Cristal City, no Texas, a maior produtora deste vegetal, a erigir-lhe uma estátua em 1937, agradecendo-lhe o aumento de 33 % no seu consumo nos EUA), a paixão pela anoréxica Olive (cuja silhueta inspirou um perfume de Moschino), a sua rivalidade com Brutus e a sua afirmação como marinheiro ("I'm Popeye, the sailor man", cantava a música), tantas vezes negada na BD.
Nos anos 60, foi a estrela de uma série televisiva e, em 1980, chegou ao grande ecrã, numa película dirigida por Robert Altman, que teve como (único) mérito revelar Robin Williams, como Popeye, contracenando com Shelley "Olive" Duvall.
Desde o passado dia 1, Popeye passou ao domínio público na Europa, ou seja, qualquer um poderá utilizá-lo nos suportes que desejar, sem necessitar de qualquer autorização ou de pagar direitos. Isto acontece porque a lei europeia considera que os direitos de autor vencem 70 anos após a morte do criador. Nos EUA, é diferente, já que são considerados 95 anos após a data da criação, ou seja, a imagem de Popeye está protegida até 2024.
F. CLETO E PINA, Jornal de Notícias, 17/12/2009)
quinta-feira, 15 de janeiro de 2009
Literatura: Biblioteca Nacional adquire manuscritos autógrafos de Eça de Queirós
2009-01-15 17:09:40 - "Visão", Últimas notícias
Lisboa, 15 Jan (Lusa) - A Biblioteca Nacional (BNP) adquiriu vários manuscritos do escritor Eça de Queirós e cartas dirigidas ao jornalista e editor livreiro Henrique Marques, foi hoje anunciado.
Do autor de "Os Maias" a BNP adquiriu um fragmento autógrafo de "O Primo João de Brito", versão primitiva da obra "O Primo Basílio", e um outro de "A Relíquia".
Estas aquisições foram financiadas pela Associação dos Amigos da Biblioteca Nacional de Portugal, que conta com a Autoridade Nacional de Comunicações (ANACOM) como um dos seus principais associados, segundo nota da instituição.
De outro âmbito, a BNP adquiriu também "quase cinco centenas de cartas dirigidas a Henrique Marques", jornalista, editor livreiro, tradutor e camilianista.
O director da BNP disse à Lusa que Henrique Marques foi uma "figura relevante do Portugal literário na transição do século XIX para o século XX".
O jornalista colaborou em revistas como Ribaltas e Gambiarras, Nova Alvorada, Branco e Negro e na revista de ex-libris portugueses do Conde de Castro e Sola.
Como editor, salienta-se a sua actividade na Empreza de História de Portugal, que editou "Os Lusíadas" com prefácio de Sousa Viterbo, e na edição das obras completas de Almeida Garrett, Feliciano de Castilho e Rebelo da Silva.
"As cartas adquiridas versam o jornalismo, a crítica, o ensaio, o teatro e a actividade editorial, escritas, entre outros por Cristóvão Aires, Alfredo de Mesquita, Carvalho Monteiro, Joaquim Ferreira Moutinho, Maximiano Lemos, Mendes dos Remédios, Silva Graça, Júlio Brandão e Jorge de Faria, alguns dos quais já representados nos espólios da BNP", disse à Lusa fonte da instituição.
NL. (Liteartura: Biblioteca nacional adquire manuscritos autógrafos de Eça de Queirós
2009-01-15 17:09:40
Lisboa, 15 Jan (Lusa) - A Biblioteca Nacional (BNP) adquiriu vários manuscritos do escritor Eça de Queirós e cartas dirigidas ao jornalista e editor livreiro Henrique Marques, foi hoje anunciado.
Do autor de "Os Maias" a BNP adquiriu um fragmento autógrafo de "O Primo João de Brito", versão primitiva da obra "O Primo Basílio", e um outro de "A Relíquia".
Estas aquisições foram financiadas pela Associação dos Amigos da Biblioteca Nacional de Portugal, que conta com a Autoridade Nacional de Comunicações (ANACOM) como um dos seus principais associados, segundo nota da instituição.
De outro âmbito, a BNP adquiriu também "quase cinco centenas de cartas dirigidas a Henrique Marques", jornalista, editor livreiro, tradutor e camilianista.
O director da BNP disse à Lusa que Henrique Marques foi uma "figura relevante do Portugal literário na transição do século XIX para o século XX".
O jornalista colaborou em revistas como Ribaltas e Gambiarras, Nova Alvorada, Branco e Negro e na revista de ex-libris portugueses do Conde de Castro e Sola.
Como editor, salienta-se a sua actividade na Empreza de História de Portugal, que editou "Os Lusíadas" com prefácio de Sousa Viterbo, e na edição das obras completas de Almeida Garrett, Feliciano de Castilho e Rebelo da Silva.
"As cartas adquiridas versam o jornalismo, a crítica, o ensaio, o teatro e a actividade editorial, escritas, entre outros por Cristóvão Aires, Alfredo de Mesquita, Carvalho Monteiro, Joaquim Ferreira Moutinho, Maximiano Lemos, Mendes dos Remédios, Silva Graça, Júlio Brandão e Jorge de Faria, alguns dos quais já representados nos espólios da BNP", disse à Lusa fonte da instituição.
NL. Liteartura: Biblioteca nacional adquire manuscritos autógrafos de Eça de Queirós
2009-01-15 17:09:40
Lisboa, 15 Jan (Lusa) - A Biblioteca Nacional (BNP) adquiriu vários manuscritos do escritor Eça de Queirós e cartas dirigidas ao jornalista e editor livreiro Henrique Marques, foi hoje anunciado.
Do autor de "Os Maias" a BNP adquiriu um fragmento autógrafo de "O Primo João de Brito", versão primitiva da obra "O Primo Basílio", e um outro de "A Relíquia".
Estas aquisições foram financiadas pela Associação dos Amigos da Biblioteca Nacional de Portugal, que conta com a Autoridade Nacional de Comunicações (ANACOM) como um dos seus principais associados, segundo nota da instituição.
De outro âmbito, a BNP adquiriu também "quase cinco centenas de cartas dirigidas a Henrique Marques", jornalista, editor livreiro, tradutor e camilianista.
O director da BNP disse à Lusa que Henrique Marques foi uma "figura relevante do Portugal literário na transição do século XIX para o século XX".
O jornalista colaborou em revistas como Ribaltas e Gambiarras, Nova Alvorada, Branco e Negro e na revista de ex-libris portugueses do Conde de Castro e Sola.
Como editor, salienta-se a sua actividade na Empreza de História de Portugal, que editou "Os Lusíadas" com prefácio de Sousa Viterbo, e na edição das obras completas de Almeida Garrett, Feliciano de Castilho e Rebelo da Silva.
"As cartas adquiridas versam o jornalismo, a crítica, o ensaio, o teatro e a actividade editorial, escritas, entre outros por Cristóvão Aires, Alfredo de Mesquita, Carvalho Monteiro, Joaquim Ferreira Moutinho, Maximiano Lemos, Mendes dos Remédios, Silva Graça, Júlio Brandão e Jorge de Faria, alguns dos quais já representados nos espólios da BNP", disse à Lusa fonte da instituição.
NL.
http://aeiou.visao.pt/Pages/Lusa.aspx?News=200901159208501
Lisboa, 15 Jan (Lusa) - A Biblioteca Nacional (BNP) adquiriu vários manuscritos do escritor Eça de Queirós e cartas dirigidas ao jornalista e editor livreiro Henrique Marques, foi hoje anunciado.
Do autor de "Os Maias" a BNP adquiriu um fragmento autógrafo de "O Primo João de Brito", versão primitiva da obra "O Primo Basílio", e um outro de "A Relíquia".
Estas aquisições foram financiadas pela Associação dos Amigos da Biblioteca Nacional de Portugal, que conta com a Autoridade Nacional de Comunicações (ANACOM) como um dos seus principais associados, segundo nota da instituição.
De outro âmbito, a BNP adquiriu também "quase cinco centenas de cartas dirigidas a Henrique Marques", jornalista, editor livreiro, tradutor e camilianista.
O director da BNP disse à Lusa que Henrique Marques foi uma "figura relevante do Portugal literário na transição do século XIX para o século XX".
O jornalista colaborou em revistas como Ribaltas e Gambiarras, Nova Alvorada, Branco e Negro e na revista de ex-libris portugueses do Conde de Castro e Sola.
Como editor, salienta-se a sua actividade na Empreza de História de Portugal, que editou "Os Lusíadas" com prefácio de Sousa Viterbo, e na edição das obras completas de Almeida Garrett, Feliciano de Castilho e Rebelo da Silva.
"As cartas adquiridas versam o jornalismo, a crítica, o ensaio, o teatro e a actividade editorial, escritas, entre outros por Cristóvão Aires, Alfredo de Mesquita, Carvalho Monteiro, Joaquim Ferreira Moutinho, Maximiano Lemos, Mendes dos Remédios, Silva Graça, Júlio Brandão e Jorge de Faria, alguns dos quais já representados nos espólios da BNP", disse à Lusa fonte da instituição.
NL. (Liteartura: Biblioteca nacional adquire manuscritos autógrafos de Eça de Queirós
2009-01-15 17:09:40
Lisboa, 15 Jan (Lusa) - A Biblioteca Nacional (BNP) adquiriu vários manuscritos do escritor Eça de Queirós e cartas dirigidas ao jornalista e editor livreiro Henrique Marques, foi hoje anunciado.
Do autor de "Os Maias" a BNP adquiriu um fragmento autógrafo de "O Primo João de Brito", versão primitiva da obra "O Primo Basílio", e um outro de "A Relíquia".
Estas aquisições foram financiadas pela Associação dos Amigos da Biblioteca Nacional de Portugal, que conta com a Autoridade Nacional de Comunicações (ANACOM) como um dos seus principais associados, segundo nota da instituição.
De outro âmbito, a BNP adquiriu também "quase cinco centenas de cartas dirigidas a Henrique Marques", jornalista, editor livreiro, tradutor e camilianista.
O director da BNP disse à Lusa que Henrique Marques foi uma "figura relevante do Portugal literário na transição do século XIX para o século XX".
O jornalista colaborou em revistas como Ribaltas e Gambiarras, Nova Alvorada, Branco e Negro e na revista de ex-libris portugueses do Conde de Castro e Sola.
Como editor, salienta-se a sua actividade na Empreza de História de Portugal, que editou "Os Lusíadas" com prefácio de Sousa Viterbo, e na edição das obras completas de Almeida Garrett, Feliciano de Castilho e Rebelo da Silva.
"As cartas adquiridas versam o jornalismo, a crítica, o ensaio, o teatro e a actividade editorial, escritas, entre outros por Cristóvão Aires, Alfredo de Mesquita, Carvalho Monteiro, Joaquim Ferreira Moutinho, Maximiano Lemos, Mendes dos Remédios, Silva Graça, Júlio Brandão e Jorge de Faria, alguns dos quais já representados nos espólios da BNP", disse à Lusa fonte da instituição.
NL. Liteartura: Biblioteca nacional adquire manuscritos autógrafos de Eça de Queirós
2009-01-15 17:09:40
Lisboa, 15 Jan (Lusa) - A Biblioteca Nacional (BNP) adquiriu vários manuscritos do escritor Eça de Queirós e cartas dirigidas ao jornalista e editor livreiro Henrique Marques, foi hoje anunciado.
Do autor de "Os Maias" a BNP adquiriu um fragmento autógrafo de "O Primo João de Brito", versão primitiva da obra "O Primo Basílio", e um outro de "A Relíquia".
Estas aquisições foram financiadas pela Associação dos Amigos da Biblioteca Nacional de Portugal, que conta com a Autoridade Nacional de Comunicações (ANACOM) como um dos seus principais associados, segundo nota da instituição.
De outro âmbito, a BNP adquiriu também "quase cinco centenas de cartas dirigidas a Henrique Marques", jornalista, editor livreiro, tradutor e camilianista.
O director da BNP disse à Lusa que Henrique Marques foi uma "figura relevante do Portugal literário na transição do século XIX para o século XX".
O jornalista colaborou em revistas como Ribaltas e Gambiarras, Nova Alvorada, Branco e Negro e na revista de ex-libris portugueses do Conde de Castro e Sola.
Como editor, salienta-se a sua actividade na Empreza de História de Portugal, que editou "Os Lusíadas" com prefácio de Sousa Viterbo, e na edição das obras completas de Almeida Garrett, Feliciano de Castilho e Rebelo da Silva.
"As cartas adquiridas versam o jornalismo, a crítica, o ensaio, o teatro e a actividade editorial, escritas, entre outros por Cristóvão Aires, Alfredo de Mesquita, Carvalho Monteiro, Joaquim Ferreira Moutinho, Maximiano Lemos, Mendes dos Remédios, Silva Graça, Júlio Brandão e Jorge de Faria, alguns dos quais já representados nos espólios da BNP", disse à Lusa fonte da instituição.
NL.
http://aeiou.visao.pt/Pages/Lusa.aspx?News=200901159208501
Etiquetas:
literatura portuguesa
quinta-feira, 8 de janeiro de 2009
S. Gonçalinho - temos festa em Aveiro!
Começam hoje as festas do padroeiro do bairro beira-mar; ganhando força no sábado, dia de S. Gonçalo, terminarão apenas na segunda-feira. Serão cinco dias de cumprimento de uma tradição com mais de 200 anos.
Quantas toneladas de cavacas vão voar do alto da torre da capela?
Quantas toneladas de cavacas vão voar do alto da torre da capela?
quarta-feira, 7 de janeiro de 2009
Concurso Nacional de Leitura
Já apurámos , a nível de escola, os concorrentes que nos vão representar na fase distrital. São eles:
- do 3º ciclo do ensino básico, Ana Plácido Henriques de Oliveira (8º B), Margarida Figueiredo (8º B) e Fabiana Marques Ribeiro (8º A);
- do ensino secundário, Teresa Queirós Amaral (12º C), Sofia Isabel Almeida C. M. do Vale (12º A) e Renata Coutinho de A. Cambra (12º K).
Estão de parabéns estas seis alunas e todos aqueles que realizaram as provas no passado dia 17 de Dezembro. Não houve empates, mas algumas pontuações obtidas foram muito próximas, como se pode verificar pelas pautas afixadas. Claro que auguramos bons resultados nas próximas etapas!
O Júri e a Coordenação da B. E. agradecem aos participantes e aos professores que, de algum modo, se envolveram nesta iniciativa que nos foi proposta pelo P.N.L..
- do 3º ciclo do ensino básico, Ana Plácido Henriques de Oliveira (8º B), Margarida Figueiredo (8º B) e Fabiana Marques Ribeiro (8º A);
- do ensino secundário, Teresa Queirós Amaral (12º C), Sofia Isabel Almeida C. M. do Vale (12º A) e Renata Coutinho de A. Cambra (12º K).
Estão de parabéns estas seis alunas e todos aqueles que realizaram as provas no passado dia 17 de Dezembro. Não houve empates, mas algumas pontuações obtidas foram muito próximas, como se pode verificar pelas pautas afixadas. Claro que auguramos bons resultados nas próximas etapas!
O Júri e a Coordenação da B. E. agradecem aos participantes e aos professores que, de algum modo, se envolveram nesta iniciativa que nos foi proposta pelo P.N.L..
segunda-feira, 5 de janeiro de 2009
Receita de ano novo
Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;
novo
até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?)
Não precisa
fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar arrependido
pelas besteiras consumidas
nem parvamente acreditar
que por decreto de esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.
Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.
Carlos Drummond de Andrade
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